ANGOLA : Raul Duarte nega contactos com a FAB
Criada há três anos, a formação do Grupo Desportivo e Recreativo do Libolo é hoje, com certeza, a segunda força do basquetebol angolano, superado apenas pelo 1º de Agosto. Depois de ter atingido as meias-finais da 25ª edição da Taça de Angola, isto em 2009, o representante da vila de Calulo, dirigido pelo técnico angolano Raul Duarte, arrebatou as edições número 26 e 27 da segunda maior competição da “bola ao cesto” e apresta-se a atacar a “Final Four”, onde procura alcançar o inédito, ou seja, conquistar a 33ª edição do BAI Basket.
Em entrevista ao Jornal dos Desportos, Raul Duarte confessou que o segredo das performances da sua formação, que culminou com a conquista pelo segundo ano consecutivo da Taça de Angola, tem sido o árduo trabalho e a perseverança da equipa técnica, jogadores e direcção do clube, que não se tem poupado a esforços para proporcionar as melhores condições de trabalho. “Temos trabalhado muito para conseguir, ao longo destes três anos, impor-nos perante as outras equipas, que têm à sua disposição outros meios de trabalho, têm um historial muito grande, carregam sócios e adeptos em grande número. Somos uma equipa que está a tentar enraizar-se no mosaico desportivo nacional”.
O timoneiro da formação libolense disse que vai continuar a trabalhar para manter a senda de conquistas de títulos e, dessa forma, atrair cada vez mais patrocinadores e adeptos. Ao contrário da época passada, em que derrotaram, na final, o poderoso 1º de Agosto, Raul Duarte considerou que a sua equipa teve mais graus de dificuldades este ano. “No ano passado, ganhamos a Taça numa final bastante disputada, tal como aconteceu este ano. Este ano, como vocês tiveram a oportunidade de presenciar, o grau de dificuldade foi imenso, porque na meia-final calhou-nos o campeão nacional e africano em título, perdemos no primeiro jogo por nove pontos, mas, no jogo de resposta, mostramos que somos uma equipa altamente competitiva e na minha opinião realizamos talvez o melhor jogo da época. E na final, conseguimos superar ao terceiro jogo o Petro de Luanda”, disse o técnico libolense.
Questionado sobre a “Final Four”, última etapa do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, que arranca já esta sexta-feira, Raul Duarte reconheceu que serão três semanas bastante desgastantes, com três jogos por semana, mas, assegurou que tudo vão fazer para conquistar o título nacional. “São três semanas e meia que sabemos que vão ser desgastantes porque vamos jogar três vezes por semana. O Libolo vai lutar no sentido de conquistar o seu primeiro Campeonato Nacional”, asseverou o técnico. A formação defronta na sexta-feira, no Pavilhão Principal da Cidadela, o Atlético Petróleos de Luanda, e no sábado, mede forças com o 1º de Agosto.
Recuperação de Cipriano
deixa satisfeita equipa técnica
Depois de ter contraído uma lesão nas costas, aquando da realização em Lisboa, da segunda edição da Supertaça Compal, o extremo base Olímpio Cipriano recupera de forma satisfatória da mazela, o que deixa satisfeita a equipa técnica liderada por Raul Duarte.
Cipriano, que durante a fase de grupos jogou de forma limitada, tem sido submetido a vários exames e tratamentos, o que tem resultado na sua melhoria. “O Olímpio Cipriano está limitado de certa forma. Mas, está melhor e creio que vai continuar a melhorar porque o que o médico disse que sou o tempo é que vai definir a recuperação efectiva”. Assim, Raul Duarte pode contar com os préstimos do internacional angolano a 90 por cento. Entretanto, Leonel Paulo, poste, é outro atleta que está sob os cuidados do departamento médico do clube calulense. MC
Técnico nega
contactos com a FAB
O técnico principal do Recreativo do Libolo afirmou de forma categórica que o futuro seleccionador nacional dos decacampeões africanos da “bola ao cesto” será um estrangeiro, ao contrário do que se tem propalado nos círculos da modalidade, de que a FAB vai apostar num técnico nacional. Raul Duarte fez esta afirmação quando questionado sobre o facto do seu nome aparecer nos meios de comunicação social como um dos possíveis sucessores do português Luís Magalhães. “Não vou entrar em especulações. Se estiver lembrado, o meu nome é cogitado há milhares de anos, se calhar, antes de eu ter nascido já estava a ser cogitado o meu nome.
Então, não vou entrar em cogitações. A única coisa que eu acredito muito seriamente é que o próximo treinador da Selecção Nacional não será um técnico nacional e sim um estrangeiro”, asseverou Raul Duarte. O técnico disse, por outro lado, que a direcção da Federação Angolana de Basquetebol nunca o contactou para assumir o comando técnico dos decacampeões africanos. Questionado se estaria disposto a assumir o cargo de seleccionador nacional disse: “Não, porque a aposta da FAB passa por um técnico estrangeiro”.
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