ANGOLA : Petro de Luanda força finalíssima
O Petro de Luanda relançou a corrida à conquista da 27ª edição da Taça de Angola de basquetebol sénior masculino, mercê da vitória, ontem, à noite, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva, por 99-88, frente a similar do Clube Desportivo e Recreativo do Libolo, em partida pontuável para a segunda-mão da final. Os amantes do basquetebol têm razão de sobra para reservarem um lugar na bancada do pavilhão gimnodesportivo, palco da finalíssima, a ter lugar amanhã, a partir das 18 horas, pois está provado que ambas equipas estão talhadas para a senda dos grandes espectáculos, depois da efervescência das duas primeiras partidas da contenda.
A partida de ontem teve o mesmo condão que a da primeira-mão, sobretudo, na primeira parte, em que o Recreativo de Libilo entrou mais coeso no sector ofensivo diante do Petro de Luanda, que evidenciava pouco entrosamento, quer no capítulo da defesa quer no ataque. Mas, gradualmente, a equipa subiu de rendimento.
Os libolenses que traziam o champanhe nas suas provisões entraram para o primeiro quarto muito incisivos, ao desferirem fortes golpes ao adversário que só pensava em impedir que o troféu nacional mais cobiçado voltasse a ser erguido pelo equipa do Kwanza-Sul, considerada a “novata” em termos de competição, mas o facto de terem descurado da defesa revelou-se na maior debilidade bem explorada pelos pupilos de Alberto Babo.
Depois de saírem a perder nos dois primeiros quartos por 21-15 e 47-47, Alberto Babo revelou a sua veia de estratega ao não voltar a cometer os erros do jogo anterior e potenciou a equipa com a convergência entre a eficácia dos lançamentos a meia distância, defesa homem-a-homem e cobertura à zona. A estratégia surtiu efeito e estabeleceu o empate de 57-57 aos oito minutos para terminar o terceiro quarto, que saíram a vencer por 70-64.
No quarto derradeiro, era evidente o nervosismo dos pupilos do Raul Duarte, talvez porque não fazia parte dos planos voltar para casa sem saborear o champanhe, O Recreativo de Libolo jogou mais com o coração do que com a cabeça, factor que, em grande medida galvanizou a armada petrolífera bem servida pelo norte-americano, Roderik Nealy, cestinha da partida, com a fasquia de 38 pontos.
Ficha técnica
Pavilhão principal da Cidadela Desportiva, jogo da segunda-mão da final da Taça de Angola entre o Clube Desportivo e Recreativo do Libolo e o Atlético Petróleos de Luanda, muito público e arbitragem de Fernando Pacheco, António Bernardo e David Manuel. As equipas alinharam da seguinte maneira:
Recreativo de Libolo – Domingos Bonifácio(13), Olímpio Cipriano(22), Francisco Sousa(0), Maizer Alexandre(6), Abdel Moussa(2), Simão Santos(2), Leonel Paulo(4), Abel Gomes(0), Reggie Moore(19), Feliciano Camacho(0), Milton Barros(15), Edgar Chocolate(0).
Técnico – Raul Duarte
Petro de Luanda – Yuri Suingue(0), Bráulio Morais(18), Roderick Nealy(38), Roberto Fortes(9), Paulo Barros(2), Paulo Santana(15), Miguel Kiala(5), Cedrick Issom(0), Hélder Gonçalves(4), Wladmir Pontes(0), Hermenegildo Mbunga(8), Idelfonso Kiteculo(0)
Técnico – Alberto Babo
Declaracões dos técnicos
Raul Duarte, R. Libolo
“A minha equipa não soube manter a mesma filosofia de jogo da partida anterior e voltou-se para o ataque; esquecemos que não se ganham jogos com a marcação de pontos, mas que é necessário impedir que soframos na defesa”.
Alberto Babo, Petro de Luanda
“Temos uma equipa muito grande que é necessário rodarmos e hoje (ontem) conseguimos acertar. Estão de parabéns os meus atletas e vamos trabalhar para a final com o pensamento noutra vitória”.
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