Tal como a Selecção Nacional de Basquetebol em seniores masculino que detém uma hegemonia a nível do Continente Africano que já dura há duas décadas, com um saldo de dez títulos africanos conquistados, a formação do 1º de Agosto, que domingo último arrebatou a 25ª edição da Taça dos Clubes Campeões Africanos da “bola ao cesto”, prova que decorreu de 10 a 19 do mês em curso, em Cotonou, capital do Benin, pelos vistos, está disposto a manter o domínio que já perdura há oito anos, somando já seis anéis continentais, em sete presenças numa final da maior competição a nível de clubes.
Apesar de ter conquistado de forma brilhante a edição número 25 da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores masculinos, cilindrando no desafio da final a equipa do Condor dos Camarões, por 73-41, o percurso do Clube Central das Forças Armadas Angolanas foi sofrível, fundamentalmente durante a primeira fase da prova, onde chegou a perder frente ao “atrevido” Condor, por 66-74. Aliás, a vitória militar no jogo da final serviu como ajuste de contas, e pela qualidade do basquetebol apresentado pelos hexa-campeões africanos na partida para a decisão do ceptro ficou provado que a derrota do representante angolano foi apenas um acidente de percurso.
Depois de ter se estreado com uma vitória na fase preliminar do Grupo B, diante do Royal Hoopers da Nigéria, a quem venceu por expressivos, 96-70, os militares viriam a consentir a primeira e única derrota, frente ao modesto Condor dos Camarões, isto na terceira jornada. Feridos no seu orgulho, os hexa-campeões africanos da “bola ao cesto”, viriam a recompor-se na terceira ronda quando bateram os vizinhos da República Democrática do Congo, no caso, o Mazembe, por 71-59. E no encerramento da fase preliminar, os militares derrotaram na última jornada o As Sale de Marrocos, por 85-73, ocupando deste modo o primeiro lugar do Grupo B, com sete pontos, fruto de três vitórias e uma derrota.
Nos quartos-de-final, já com uma qualidade de basquetebol acima da média, o 1º de Agosto vulgarizou o Manga Sport do Gabão, derrotando-o por expressivos 66-38. Com as suas principais unidades em destaque casos de Joaquim Gomes “kikas”, Felizardo Ambrósio, Miguel Pontes Lutonda, Carlos Almeida, Mário Correia e Felipe Abraão, os militares voltaram a passear toda a sua classe nas meias-finais, vencendo o Mazembe da República Democrática do Congo, por 79-67. E para a consagração do sexto anel continental da equipa rubro e negra, quis o destino que fosse o Condor dos Camarões, carrasco da formação do 1º de Agosto durante a fase preliminar.
Mais organizados quer a defender, quer a atacar, os hexa-campeões africanos vulgarizaram os camaroneses, que tiveram que se render à superioridade militar. A consagração da formação 1º de Agosto não sofre qualquer contestação porquanto foi a equipa que melhor basquetebol produziu ao “longo” da prova. Em sete jogos realizados, os militares conseguiram seis triunfos e averbaram apenas uma derrota. Os campeões africanos conquistaram as edições de 2002, 2004, 2007, 2008, 2009 e 2010. O português Luís Magalhães e o luso-guineense Mário Palma conquistaram cada dois títulos ao serviço da equipa militar, ao passo que o técnico angolano Jaime Covilhã arrebatou um troféu.
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