Africa Basquetebol

12 novembro 2010

MOÇAMBIQUE : LIGA NACIONAL DE BASQUETEBOL VODACOM - Desportivo-Maxaquene: final que honra a história do básquete!


À TERCEIRA foi de vez! No terceiro ano da disputa da Liga Nacional de Basquetebol Vodacom, os dois maiores clubes do basquetebol moçambicano encontram-se na final, que se inicia hoje, no pavilhão do Maxaquene, a partir das 19.00 horas, à melhor de três.

Depois de em 2008 e 2009 as finais terem sido disputadas pelo Maxaquene e Ferroviário de Maputo e Maxaquene e Ferroviário da Beira, eis que, agora, em 2010, os amantes do basquetebol foram bafejados pela sorte: a melhor final possível!

Com respeito aos demais clubes moçambicanos, a verdade é que as raízes da história do nosso basquetebol estão alicerçadas no Maxaquene e Desportivo de Maputo.

São esses dois clubes que têm guardada a memória colectiva do melhor do nosso basquetebol; com os melhores resultados alguma vez registados dentro e fora do país; com os melhores atletas de sempre em Moçambique.

É por isso que aqui e agora, a escassas horas do início da disputa dos jogos das finais dos “play-off” da Liga Nacional de Basquetebol, entre o Maxaquene e o Desportivo de Maputo, decidimos honrar a história vitoriosa dos nossos maiores clubes da modalidade.

É que mais do que uma final que, objectivamente, vai decidir entre o Desportivo de Maputo e o Maxaquene o campeão nacional de 2010, este é um jogo com memória para muitos moçambicanos e obriga, aos jovens de hoje, a procurarem encontrar as melhores imagens do nosso basquetebol que não se repetem há mais de 20 anos.

É que, se na década de 1980, altura em que o Maxaquene e o Desportivo de Maputo protagonizaram tardes e noites eloquentes de bom basquetebol; altura em que se vincaram ser das maiores forças da modalidade no país; altura em que firmaram-se as maiores lendas no pós-independência, nessa altura, muitos dos actuais amantes da modalidade ainda não haviam nascido ou se, na melhor das hipóteses, eram tão novos que não viram esses dois clubes e eternos atletas a se digladiarem.


CLUBES

Maputo, Sexta-Feira, 12 de Novembro de 2010:: Notícias
Foram o Desportivo e o Maxaquene que criaram atletas imortais como Amade Mogne e o seu irmão Naimo Mogne, João Paulo Vaz, Nuno Narcy e o irmão Danilo Narcy, Belmiro Simango, Aníbal Manave, Ernesto Júnior, João Chirindza, os irmãos Moiane, Hélder Nhandamo e outros tantos de cuja lista não caberia nesta página.

E agora, por mais de 20 anos, tempo mínimo em que o Maxaquene e o Desportivo de Maputo não se encontram numa final para decidir o título de campeão nacional, foi muito o sofrimento de jovens que nunca antes tinham visto estas duas equipas a decidir o Campeonato Nacional e tentaram, em vão, criar uma ideia de como se joga um Desportivo-Maxaquene de decisão de um campeonato.

Este é também um jogo para matar saudades; para fazer voltar aos pavilhões aqueles adeptos do antigamente; aqueles adeptos que há mais de 20 anos não vão ao básquete porque há mais de duas décadas que os eternos vizinhos e rivais não se encontram numa final.

Este é um jogo para esses adeptos e para os novos que, pela primeira vez, vão ver um Desportivo-Maxaquene da decisão de um título nacional.

Agora, os tempos são outros, os jogadores são outros, mas a rivalidade continua a ser a mesma; continua a ser ensinada desde o minibásquete; os atletas continuam a ser ditos que pode-se perder um campeonato, mas não se perde um Maxaquene-Desportivo.

É esta rivalidade desportiva que tem 89 anos de existência que, a partir desta sexta-feira, começa a ser honrada no pavilhão dos tricolores na decisão da Liga Nacional de Basquetebol.

A partir de hoje, os jogadores de referência são os irmãos Pio Matos e Augusto Matos, Custódio Muchate, David Canivete Júnior e Sete Muianga, do lado do Desportivo; Nandinho, Nelinho, Samora Mucavele e os americanos Cameron Echols e Im Adam Jr.

Os tempos passaram, mas o Desportivo-Maxaquene está aí, com o mesmo prazer de há 20, 30, 40, 50, 60, 70, ou mesmo 80 anos, porque assente em uma rivalidade saudável, este jogo continua a ser a melhor expressão do nosso basquetebol.

Tudo o que se pede é que, com os dados lançados para uma grande final, com os melhores jogadores da actualidade no país divididos entre estes dois clubes, com dois treinadores tão talentosos quanto trabalhadores, a Liga de Basquetebol escale, também, para estes jogos, os melhores árbitros que o nosso país tem. E que não são poucos.

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