ANGOLA : Seleccionador nacional diz que vai repensar sua continuidade
O seleccionador angolano de basquetebol, Luís Magalhães, mostrou-se agastado com a falta de organização da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) e diz que vai reflectir sobre a sua continuidade no comando do “cinco” nacional.
Em declarações à imprensa, no final do jogo em que Angola perdeu com os Estados Unidos (66-121), a fonte explicou que há muitos incumprimentos por parte do órgão reitor da modalidade no país e que falta motivação para continuar, uma vez que o seu contrato expira em 2011, depois do Afrobasket.
“Precisamos de mais respeito, Angola participa em tantos mundiais, Jogos Olímpicos, mas a organização continua amadora. Não havia condições para melhorar o nono lugar, a selecção angolana foi a última a indicar o treinador e as possibilidades de se fazer bons jogos eram já reduzidas”, explicou, realçando que, ainda assim, aceitou o cargo por dívida com os jogadores que tinham muito gosto na sua continuidade.
Luís Magalhães, que orientou os campeões africanos no Afrobasket2009, na Líbia, disse ainda que a ausência de Armando Costa teve muita influência na prestação de Angola, por se tratar do melhor base do país. “O leque de opções já é diminuto e sem ele é ainda mais complicado. Não há ninguém para substitui-lo”, acrescentou.
A selecção nacional terminou segunda-feira a sua participação na 16ª edição do campeonato do mundo de basquetebol, perdendo com os EUA nos oitavos de final. Na primeira fase venceu dois jogos e perdeu três, tendo terminado na quarta posição do grupo A.
O treinador da selecção nacional de basquetebol, Luís Magalhães, afirmou segunda-feira, em Istambul (Turquia), que a federação precisa de uma organização de base para desenvolver a modalidade no país e manter a competitividade a nível internacional.
Ao fazer o balanço da participação da selecção no mundial, o técnico criticou o estado organizativo da instituição que rege o basquetebol no país e defendeu a realização periódica de cursos de formação para treinadores, assim como a necessidade de dar maior rodagem competitiva aos atletas com, entre outras acções, ciclo de torneios.
Sugeriu a criação de uma selecção B, com base nos atletas mais novos, e o estabelecimento de um “modelo” de jogo pensado por seleccionadores de todos os escalões, desde os sub-14 aos seniores, o qual outros pudessem seguir para manter os níveis de concentração e rotinas defensiva e atacante.
Conformado com a eliminação do mundial pelos norte-americanos, Luís Magalhães considerou que o desempenho da selecção esteve limitado a problemas de vária ordem vividos durante a preparação e lesões de jogadores influentes, como Olímpio Cipriano e Armando Costa, embora este último não tivesse chegado à prova.
“Quando as coisas são feitas em cima do joelho naturalmente não se faz como deve ser. É preciso treinar, ensinar a ler o jogo, saber fazer jogar os atletas e incutir neles a cultura táctica”, referiu, aludindo a existência de acentuada desorganização no seio da Federação Angolana de Basquetebol (FAB).
Para si, a FAB deve ter uma organização profissional em que nada falte, as coisas aconteçam a tempo e hora, para evitar erros do género na programação da selecção em compromissos futuros e permitir que o país esteja sempre representado ao mais alto nível.
Angola foi afastada segunda-feira do mundial da Turquia, após derrota diante dos EUA, por 66-121 e falha o objectivo de melhorar a nona posição de 2006, no Japão.
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