ANGOLA : 1º de Agosto de Luís Magalhães
A humildade e o respeito pelo trabalho desenvolvido por outras pessoas, são características que assentam bem em qualquer ser humano.Isto decorre das recentes declarações à Rádio Cinco, de Luís Magalhães, treinador português da equipa principal de basquetebol do 1º de Agosto, depois da sua formação ter conquistado, em Sousse (Tunísia), a 21ª edição da Taça dos Clubes Campeões de África.Ao contrário de alguns técnicos expatriados, não só na modalidade de basquetebol, incluindo portugueses, que quando aportam o nosso país, imbuídos do sentimento de aqui não se sabe nada, e, por via disso pensam que vêm ensinar o a,b,c, etc, independentemente dos êxitos alcançados pelos seus antecessores e pelo desporto nacional, no contexto das nações, o “papa títulos’’, apelido por que também é conhecido, deu uma lição de civismo e de saber estar. Para o espanto dos menos atentos, atribuiu a conquista do 4º título continental pelo seu clube, ao trabalho precedente desenvolvido no 1º de Agosto e no Petro de Luanda (já venceu uma vez), e, em consequência, ao basquetebol nacional, pelos técnicos Mário Palma, Victorino Cunha e Wladimiro Romero, este que já não faz parte do convívio dos vivos.É sem dúvida um exemplo a seguir pelos que, quando se apercebem, mesmo beneficiando de condições condignas para desenvolverem o seu trabalho, que o desporto em Angola não constitui um “el dourado’’e se dão conta que não conseguem alcançar os objectivos, em função dos também alguns “chorudos’’ contratos, vêem fantasmas em tudo quanto é lado.Tentam escamotear o fracasso e as debilidades das suas equipas, preferencialmente com erros atribuídos às arbitragens, muitas vezes só vistos por eles. Na competição em referência, em que o Atlético Sport Aviação (ASA), obteve a medalha de bronze, em função do 3º lugar, evidenciou-se o facto de que, cada vez mais diminuta diferença pontual, que nos próximos campeonatos, de um tempo a esta parte, de periodicidade anual, as equipas angolanas terão mais dificuldades. Em função dos investimentos efectuados pelos governos dos respectivos países, quer em meios humanos como infra-estruturais, os responsáveis pelo basquetebol mais titulado em África, que já se devem ter apercebido de tal facto, devem arregimentar estratégias para que não sejam apanhados em contra-pé.Os exemplos da República Centro Africana, Costa do Marfim e Senegal, que na última metade da década de setenta e princípios da de oitenta, que digladiavam pela supremacia da modalidade em África, deve ser levado em linha de conta pelos responsáveis angolanos.Não se deve dormir à ‘’ sombra da bananeira’’ e sobre os louros alcançados pelo facto de Angola ser nove vezes campeã continental.
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