MOÇAMBIQUE : Liga Nacional de Basquetebol: Raça e irreverência “alvi-negra
SERÁ o caso de apenas se tratar do começo ou então estamos em presença de um Desportivo a regressar efectivamente ao seu estatuto de “O Glorioso”? Enquanto não temos a devida resposta, porque a prova somente rodou duas jornadas, nenhum motivo nos inibe de destacar o seguinte: os “alvi-negros” tiveram uma entrada auspiciosa na Liga Nacional de Basquetebol Vodacom, com um time essencialmente jovem, raçudo, irreverente e que protagonizou a sublime façanha de derrotar, categoricamente, dois sérios candidatos ao título, na primeira oportunidade o Ferroviário, campeão nacional, e, na segunda, o seu vizinho e eterno rival Maxaquene. No Chiveve, os “locomotivas” locais também não quiseram deixar os seus créditos por mãos alheias, ganhando os dois encontros que disputaram.
Depois do triunfo diante do Ferroviário, sexta-feira, numa partida memorável e com uma ponta final imprópria para cardíacos, pela marca de 80-78, após ter estado a vencer por uma diferença de 23 pontos, o Desportivo foi, sábado, para a segunda jornada novamente com a disposição de dar “show”, fazendo alarde à irreverência dos seus jogadores, interessados em mostrar que a carreira titubeante nas competições anteriores, nomeadamente no campeonato da cidade, não é sua característica, mas apenas um defeito de percurso.
A presença de Pita Manhanga no meio daquela juventude tem sido extremamente profícua, pois a equipa tem no veterano jogador a estabilidade que precisa, sobretudo nos momentos em que os atletas se deslumbram. À semelhança do que havia acontecido contra o Ferroviário, o Desportivo voltou a ganhar vantagem sobre o adversário, mas depois viu-se sujeito a um grande sofrimento, principalmente no terceiro período, daí que a sua vitória (83-74) tenha sido um grande alívio, face à forte pressão nessa altura exercida pelos pupilos de Horácio Martins.
Samora Mucavele (18 pontos) e Ivan Macome (14) são os jogadores que contribuíram com mais pontos no Desportivo, enquanto Siade Cossa (19), Fernando Manjate (16) e Stélio Nuaila (11) fizeram pelos “tricolores”, que têm no seu plantel um americano (Vincent Hamilton) ainda não devidamente enquadrado.
O REI VAI NU?…
Ainda bem que o próprio técnico Carlos Alberto Niquice (Bitcho) reconhece que o campeão não está nada bem. Dois jogos, duas derrotas, será que realmente o rei vai nu? Bom, a ver vamos, mas, por enquanto, o Ferroviário ainda não teve motivos para sorrir e muito menos vincar a sua musculatura. A negra jornada dupla dos “locomotivas” começou na sexta-feira, para, no dia seguinte, ser completada por um Costa do Sol que no momento certo soube tirar partido de algum retraimento das unidades nucleares do adversário.
Equilibrado inicialmente, com o marcador em constante alternância, inclusive no resultado em cada período, os “canarinhos” tiveram no congolês Kipundu Gorlatse o esteio no jogo ofensivo, principalmente para fazer a diferença no marcador, enquanto as principais pedras do Ferroviário não encontravam argumentos sólidos para contrapor à subida em flecha do adversário no rectângulo de jogo.
O resultado de 77-63 acabou por se encaixar como uma luva na mão na formação de Milagre Macome, que, apesar da derrota na estreia, diante do Maxaquene, viu injectada a confiança para encarar a prova com mais segurança e determinação. Kipundu Gorlatse (28 pontos) esteve em grande destaque na contenda, a par dos seus colegas Paulino Feliciano e Nyakallo Nhupino (11 cada). Gerson Novela (14) e Octávio Magoliço (12) disfarçaram a palidez ofensiva dos “locomotivas”.
* ALEXANDRE ZANDAMELA
Depois do triunfo diante do Ferroviário, sexta-feira, numa partida memorável e com uma ponta final imprópria para cardíacos, pela marca de 80-78, após ter estado a vencer por uma diferença de 23 pontos, o Desportivo foi, sábado, para a segunda jornada novamente com a disposição de dar “show”, fazendo alarde à irreverência dos seus jogadores, interessados em mostrar que a carreira titubeante nas competições anteriores, nomeadamente no campeonato da cidade, não é sua característica, mas apenas um defeito de percurso.
A presença de Pita Manhanga no meio daquela juventude tem sido extremamente profícua, pois a equipa tem no veterano jogador a estabilidade que precisa, sobretudo nos momentos em que os atletas se deslumbram. À semelhança do que havia acontecido contra o Ferroviário, o Desportivo voltou a ganhar vantagem sobre o adversário, mas depois viu-se sujeito a um grande sofrimento, principalmente no terceiro período, daí que a sua vitória (83-74) tenha sido um grande alívio, face à forte pressão nessa altura exercida pelos pupilos de Horácio Martins.
Samora Mucavele (18 pontos) e Ivan Macome (14) são os jogadores que contribuíram com mais pontos no Desportivo, enquanto Siade Cossa (19), Fernando Manjate (16) e Stélio Nuaila (11) fizeram pelos “tricolores”, que têm no seu plantel um americano (Vincent Hamilton) ainda não devidamente enquadrado.
O REI VAI NU?…
Ainda bem que o próprio técnico Carlos Alberto Niquice (Bitcho) reconhece que o campeão não está nada bem. Dois jogos, duas derrotas, será que realmente o rei vai nu? Bom, a ver vamos, mas, por enquanto, o Ferroviário ainda não teve motivos para sorrir e muito menos vincar a sua musculatura. A negra jornada dupla dos “locomotivas” começou na sexta-feira, para, no dia seguinte, ser completada por um Costa do Sol que no momento certo soube tirar partido de algum retraimento das unidades nucleares do adversário.
Equilibrado inicialmente, com o marcador em constante alternância, inclusive no resultado em cada período, os “canarinhos” tiveram no congolês Kipundu Gorlatse o esteio no jogo ofensivo, principalmente para fazer a diferença no marcador, enquanto as principais pedras do Ferroviário não encontravam argumentos sólidos para contrapor à subida em flecha do adversário no rectângulo de jogo.
O resultado de 77-63 acabou por se encaixar como uma luva na mão na formação de Milagre Macome, que, apesar da derrota na estreia, diante do Maxaquene, viu injectada a confiança para encarar a prova com mais segurança e determinação. Kipundu Gorlatse (28 pontos) esteve em grande destaque na contenda, a par dos seus colegas Paulino Feliciano e Nyakallo Nhupino (11 cada). Gerson Novela (14) e Octávio Magoliço (12) disfarçaram a palidez ofensiva dos “locomotivas”.
* ALEXANDRE ZANDAMELA
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