Africa Basquetebol

16 junho 2008

ANGOLA : O seleccionador angolano de basquetebol sénior feminino, Raúl Duarte, considerou positiva a atitude demonstrada pela equipa no torneio pré-o

O seleccionador angolano de basquetebol sénior feminino, Raúl Duarte, considerou positiva a atitude demonstrada pela equipa no torneio pré-olímpico encerrado domingo em Madrid, a julgar pela diferença de potencial humano, tempo de prática, experiência internacional e competição interna de cada país que defrontou.

Em entrevista à Angop, a propósito da não qualificação aos Jogos olímpicos de Pequim-2008, o treinador minimizou o facto, explicando que o conjunto nacional se apresentou na prova com atletas novas sem rodagem competitiva a este nível, pelo que precisam ganhar experiência no continente africano e, posteriormente, em competições do género.

Argumentou que apesar dos resultados desfavoráveis a postura da equipa foi boa, excepto na partida com a Letónia (derrota por 26-84), em que o conjunto defendeu muito mal e apresentou grandes dificuldades ofensivas.

Raúl Duarte reconheceu a baixa produtividade do grupo neste encontro, por sinal o pior, a qual disse resultar, essencialmente, de uma análise feita pelo adversário.

“Em função do estudo que a Letónia fez sobre o nosso ataque e da sua envergadura, não tivemos o discernimento para ler bem o jogo, tomar decisões e transformar o pouco que criamos em pontos”, justificou.

Segundo o técnico, o torneio serviu para colher experiências que podem ser úteis ao melhoramento da prestação de Angola em África e da qualidade do basquetebol no país, se se tiver em conta a necessidade de a selecção marcar, nos próximos tempos, presença regular nos principais eventos a nível do mundo.

Acrescentou que a participação em competições como esta cria, faseadamente, condições para estabilizar a classificação entre as três melhores do continente e vencer campeonatos, para chegar a mundiais e jogos olímpicos.

“Esperamos que esta presença sirva para melhorias da qualidade das atletas, que estas jovens abram a mente e analisem que há muito trabalho por se fazer, consigam crescer e tenham capacidade de ultrapassar dificuldades”, augurou.

O técnico defendeu, por outro lado, ser altura de iniciar a preparação para o campeonato africano de 2009, a ter lugar no Mali, qualificativo ao próximo mundial da categoria.

A selecção angolana terminou, na noite de sábado, a sua participação no torneio de apuramento aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, após ter perdido diante da sua congénere do Brasil, por 58-75. A última vaga será preenchida esta noite quando se defrontarem Cuba e Brasil.

Em quatro jogos, Angola venceu um (59-58 diante da Argentina), averbou derrotas com a República Checa (54-86), Letónia (26-84) e Brasil (58-75), marcou 197 pontos e sofreu 303, nesta sua segunda tentativa “frustrada” de ir aos jogos olímpicos, depois de Singapura em 1988, para as olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul.

Representaram o país na prova de Madrid as aletas: Maria Afonso, Jaquelina Francisco, Domitila Ventura, Ângela Cardoso, Isabel Francisco, Barbara Guimarães, Irene Guerreiro, Sónia Guadalupe, Astrida Vicente, Judith Queta, Nadir Manuel e Nachissela Maurício.

O grupo regressa segunda-feira ao país.

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