Africa Basquetebol

01 dezembro 2007

MOÇAMBIQUE : Campeonato nacional de basquetebol sénior feminino: Uma vitória do saber

A EQUIPA do ISPU fez jus a sua brilhante carreira que vinha exibindo no recém- terminado Campeonato Nacional de Basquetebol Sénior Feminino que culminou com uma vitória folgada sobre o seu mais directo perseguidor na prova, o Ferroviário de Maputo, pela marca de 51-83, com o resultado no segundo período a registar 24 pontos para as “locomotivas” sob comando de Carlos Aik e 39 para as “universitárias” de Alexandre Mata.

A EQUIPA do ISPU fez jus a sua brilhante carreira que vinha exibindo no recém- terminado Campeonato Nacional de Basquetebol Sénior Feminino que culminou com uma vitória folgada sobre o seu mais directo perseguidor na prova, o Ferroviário de Maputo, pela marca de 51-83, com o resultado no segundo período a registar 24 pontos para as “locomotivas” sob comando de Carlos Aik e 39 para as “universitárias” de Alexandre Mata.

Durante este período do jogo, foi notória a superioridade do ISPU, com Ana Branquinho a ser a grande municiadora das jogadas que encontrava em Ana Azinheira uma “pivot” que respondia com precisão às assistências das suas pares.

O Ferroviário, nesse período de tempo, não encontrava antídotos para contrariar a supremacia evidente das suas oponentes, chegando ao ponto de o treinador preterir a prestação, nalguns momentos, da sua jogadora mais valiosa, a talentosa Zinobia Machanguana.

No reinício para os dois últimos períodos esperava-se um Ferroviário mais destemido e determinado em alterar o curso dos acontecimentos, tendo em conta o historial dos jogos que opuseram estas duas equipas, em que as “locomotivas” levaram sempre a melhor.

Mas o “filme” de Nampula foi totalmente diferente, o ISPU superiorizou-se de forma categórica apresentando um basquetebol de primeira água, ante a desilusão do Ferroviário que no terceiro período conseguiu marcar apenas 14 pontos contra 24 do ISPU, numa altura em que, uma vez mais, Ana Branquinho foi a grande responsável para este fosso no marcador.

Rendendo-se às evidências dentro das quatro linhas, Carlos Aik ainda tentou forçar alguma resistência, mas a inspiração das jogadores de Alexandre Mata frustraram de imediato essa pretensão com o resultado final a fixar-se em 51-83, todo no quarto e último período o ISPU concretizado 20 pontos contra 14 do seu oponente.

O trio de arbitragem, que apitou esta partida, formado por Artur Bandeira, Guidione Matsinhe e Eurico da Silva, fez uma actuação de cinco estrelas.

Ferroviário(51) – Inocência (-), Onelia (-), Zinóbia (1), Ruth (12), Janete (4),
Tatiana (-), Carla Silva (11), Júlia Machalela (-), Regina Sabão (-), Deolinda Gimo (18) Nádia Zucule (1), Ondina Nhampossa (4).Treinador Carlos Aik

ISPU(83) – Eduarda Chongo(14), Tânia Wachene(8), Ana Branquinho(11), Ana Azinheira(20), Amélia Macamo(6), Vaneza Júnior(9), Aleia Rachide(8), Cecília Henrique(0), Nádia Rosário(0), Iracema Ndauane(7), Nalia Simão(0)Treinador Alexandre Mata

FALTOU-NOS QUALIDADE NO ATAQUE

Para o treinador do Ferroviário do Maputo, Carlos Aik, a vitória do ISPU é totalmente incontestável e merecida, pois se comportou a contento durante os 40 minutos da partida e a qualidade individual de que sua equipa tem não soube tirar proveito.

“Fizemos um mau jogo, com excepção de uns cinco minutos que fomos iguais ao nosso nível, mas não passamos daí, este para mim foi um jogo péssimo em relação ao que já realizámos em toda a nossa carreira. Vamos continuar a trabalhar, é certo de que desde que não conseguimos ganhar a Taça dos Campeões, o desânimo apoderou-se das nossas jogadoras, disse Aik.

VENCEMOS COM JOGO EXTERIOR
Tivemos o jogo exterior como a nossa grande arma para sairmos deste jogo com a vitória a sorrir para o nosso lado, tendo em conta que o nosso adversário defende-se bem no seu interior. Um outro aspecto que nos levou a vitória foi a velocidade que imprimimos durante toda a partida, foi assim que se expressou Alexandre Mata com alguma emoção estampada no seu rosto, tendo em conta que este título já lhe fugia a dois anos.

PREMIAÇÃO PARA OS MELHORES
Para além da premiação para os primeiros três classificados, ISPU, Ferroviário e Maxaquene, todas de Maputo com medalhas e troféus, este para os primeiros dois, a organização premiou igualmente três árbitros, nomeadamente Artur Bandeira, Guidione Matsinhe e Eurico da Silva considerados os melhores. Ana Branquinho do ISPU foi considerada a melhor jogadora da prova, enquanto Deolinda Gimo do Ferroviário do Maputo arrecadou os troféus de melhor marcadora e ressaltadora.

* LUÍS NORBERTO