MOÇAMBIQUE : Afrobásquete de Seniores Femininos Senegal-2007 : Selecção mantém viva perspectiva de medalha

APROXIMA-SE a passos largos o Campeonato Africano de Basquetebol de Seniores Femininos Senegal-2007, a decorrer entre os dias 21 e 30 de Setembro corrente. Figurando, por mérito próprio, como uma das potenciais candidatas ao título, a turma moçambicana, apesar de ter falhado nos seus objectivos nos Jogos Africanos de Argel, em que se quedou na quarta posição, mantém viva a sua perspectiva de chegar às medalhas, nomeadamente à de ouro, o que, a acontecer, se qualificaria para os Jogos Olímpicos de Beijing-2008.

Maputo, Sexta-Feira, 14 de Setembro de 2007:: Notícias

Tendo em conta a enorme responsabilidade que recai sobre ela, sobretudo porque as outras potências, casos do Senegal, Nigéria e Angola, também estão com os olhos na Olimpíada da capital chinesa, a Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) decidiu conceder à selecção um estágio de preparação, por um lado, para permitir uma melhor concentração das jogadoras e formarem uma equipa unida, e, por outro, dotá-las de algumas partidas de rodagem antes de entrarem na verdadeira competição. O estágio decorre sem sobressaltos, em Portugal, para onde o time seguiu no pretérito fim-de-semana.

Adstrito no Grupo “A”, com sede em Dacar, Moçambique é segunda cabeça-de-série, atrás do anfitrião Senegal. Os outros componentes do grupo são a Costa do Marfim, Tunísia, Madagáscar e Mali, este último país com uma formação que pode vir a ser uma grande revelação, dado o excelente trabalho que vem levando a cabo nos últimos anos, sendo disso exemplo o título de Sub-20 conquistado em Dezembro do ano passado, em Maputo.

No outro grupo, pontificam as selecções da Nigéria, campeã africana, e de Angola, que nos Jogos de Argel ocupou a terceira posição. RD Congo, Camarões, Egipto e Argélia completam a série.

SUPERAR O ACIDENTE

A selecção moçambicana, ora treinada por Nazir Salé e Simão Mataveia, que vêm trabalhando juntos em vários projectos de selecções jovens, tem a espinhosa missão de mostrar que Argel não passou de um mero acidente de percurso e o seu lugar continua entre os três primeiros do pódio. Para tanto, além da “leoas” senegalesas, claramente favoritas e com a vantagem de jogarem em casa, terá de superar as malianas, em crescendo, e conseguir uma vaga na segunda fase da competição. Daí para frente, entre os melhores, ver-se-á, até porque, nessa altura, a medalha já estará a cheirar.

Encontram-se no estágio em terras lusas 12 atletas, a saber: Nika Gemo, Ruth Muianga, Deolinda Gimo, Carla Silva, Anabela Cossa, Valerdina Manhonga, Aleia Rachide, Vaneza Júnior, Nádia Rodrigues, Ondina Nhampossa, Ana Branquindo e Iracema Ndauana. Também seguiram viagem o massagista Raul Cuna, o árbitro Artur Bandeira e o estatístico Gabriel Salimo.

Isentas do estágio, devido aos seus compromissos profissionais, estão Clarisse Machanguana e Deolinda Ngulela, que se deverão juntar às suas colegas somente em Dacar. Deolinda, recorde-se, integrou a selecção nos Jogos Africanos de Argel.

Segundo fez questão de realçar o presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, Ilídio Caifaz, na despedida da selecção – a 7 de Setembro, dia em que Vaneza Júnior completou mais um ano de vida –, para além do apoio do Ministério da Juventude e Desportos e do Comité Olímpico de Moçambique, a participação neste Afrobásquete é possível graças também ao patrocínio do NNS, um parceiro que decidiu abraçar os projectos da “bola-ao-cesto”.