MOÇAMBIQUE: Ferroviário da Beira campeão

À saída do Pavilhão do Maxaquene, na noite verdadeiramente inolvidável de sábado, a certeza comummente conjugada era esta: o Ferroviário era de facto um campeão justo. Um campeão insolente que se fez `dream team´, para concretizar o velho sonho de pela primeira vez se sagrar campeão nacional de basquetebol de seniores masculinos.

Numa temporada em que os títulos da bola-ao-cesto caíram nas hostes `locomotivas´ como as cerejas: ao Torneio de Abertura seguiu-se a Taça Maputo, ao Campeonato da Cidade seguiu-se a Taça Moçambique, para agora se atingir o clímax.

Obra! Uma grande obra! Uma obra que na espectacular e soberba final sempre se deixou vincar, a despeito de se reconhecer que, a espaços, as adversidades quase deitavam abaixo o prenunciado de forma unânime.

A vitória por 68-58, frente ao Maxaquene que em nenum momento virou a cara á luta, era o corolário nao somente da supremacia exercida pela formação de Francisco `Chico´ da Conceição ao longo da prova como também de uma época cem por cento em cheio.

No epílogo de seis partidas em que mantiveram a invencibilidade, os `locomotivas´, desde cedo, mostraram que efectivamente eram o time em melhores condições de arrebatar o título. Na sua caminhada, somente diante dos `tricolores´, tanto na primeira fase como na final, e da Académica, nas meias-finais, sentiram a sua autoridade e grandeza um tanto ou quanto posta em causa, porém, nunca suficiente para desvirtuar os seus ideias.

O Ferroviário acaba sendo um campeão da certeza, da regularidade e acima de tudo do orgulho de ter sabido, na sua constelação de estrelas, construir uma equipa cheia de ambição e de atitude...