Africa Basquetebol

01 janeiro 2008

ANGOLA : Angolanos conquistam nono título e conservam hegemonia de quase duas décadas

Apesar da renovação de que tem sido alvo nos últimos dois anos, a Selecção Nacional Sénior masculina de basquetebol vai melhorando cada vez mais os seus índices de produtividade, a julgar pelos feitos que tem alcançado quer a nível do continente africano quer a nível do mundial. Actualmente, Angola figura entre as nove melhores selecções do mundo.

O cinco nacional que desde os primeiros meses de 2006 começou a ser tecnicamente comandada pelo trio de técnicos angolanos composto por Alberto de Carvalho “Ginguba” (comandante principal), José Carlos Guimarães e Artur Casimiro Barros, ambos coadjuvantes, continua a somar êxitos atrás de êxitos.

E para não variar, o ano que ontem mesmo decidiu ficar para a história, Angola voltou a mostrar o seu “poderio bélico” no que ao basquetebol diz respeito, ao conquistar a XXIV edição do Campeonato Africano das Nações de Basquetebol em seniores masculinos, competição que foi realizada em cinco cidades do país, designadamente Cabinda, Ben­guela, Huambo, Huíla e Luanda.

Com o triunfo de 2007, os angolanos soma­ram o seu nono ceptro continental, feito jamais alcançado por qualquer selecção a nível do mundo, e mantém deste modo, a hegemonia de dezoito anos, que começou exactamente em 1989, quando Angola conquistou o seu primeiro título africano, em Luanda.

Desde então, o cinco nacional vem somando títulos atrás de títulos, façanha esta que foi interrompida apenas em 1997, no Senegal, quando a formação da casa chamou a si a conquista do Campeonato Africano das Nações da “bola ao cesto”.Entretanto, o trio de treinadores angolanos (Alberto de Carvalho “Ginguba”, José Carlos Guimarães e Artur Casimiro Barros) conquistou pela primeira vez o título de campeão africano de sénior como técnicos. “Ginguba” fez parte do corpo que em 1980 conquistou o primeiro e único título africano a nível dos juniores.

Por seu turno, José Carlos Guimarães fez parte da geração de ouro que ajudou a edificar o “castelo” que o cinco nacional ostenta hoje no continente berço da humanidade e não só.

Por outro lado, o processo de renovação da Selecção Nacional iniciado em 2005, com o luso-gunieense Mário Palma, que na altura liderava os destinos do combinado nacional, continua a ser seguida pelo actual corpo técnico.

O poste do Clube Central das Forças Arma­das Angolanas, 1º de Agosto, Felizardo Ambró­sio, 19 anos de idade, foi o único recruta chamado em 2007, tendo conquistado igualmente o seu primeiro troféu. Recorde-se que nos últimos dois anos foram integrados na Selecção Principal os atletas Olímpio Cipriano, Carlos Morais, Milton Barros, Emanuel Neto “Nelinho”, Luís Costa, Armando Costa e Eduardo Mingas.



Afrobasket “dá” a Angola quatro pavilhões de raiz

Para além da vitória no campo desportivo, o ano que ontem se despediu trouxe consigo outros ganhos para o país. Com a realização da XXIV edição do Campeonato Africano das Nações de Basquetebol em seniores masculinos, Angola ganhou quatro Pavilhões Multiusos nas províncias de Cabinda, Huambo, Benguela e Huíla que foram construídos pelo Governo Ango­lano.

Com a construção dos quatro Pavilhões Multi-usos e com a recuperação de alguns campos de apoio foram dados os primeiros passos para se aumentar cada vez mais a qualidade do basquetebol por um lado, por outro, melhorar-se a competição interna que durante largos anos circunscreveu-se a capital do país, Luanda.

Entretanto, a direcção da Federação Angolana de Basquetebol, liderada por Gustavo Vaz Dias da Conceição, inaugurou a sua nova sede, sita no Complexo Desportivo da Cidadela, em Luanda.



Números do Afrobasket são desconhecidos

Passados que foram quatro meses desde a realização da XXIV edição do Campeonato Africano das Nações de Basquetebol em seniores masculinos, prova que foi disputada em cinco cidades do país, designadamente Cabinda, Huambo, Huíla, Benguela e Luanda, os valores monetários que envolveram a referida competição continuam no segredo dos deuses.

Carlos Cunha, presidente de Mesa da Assembleia-Geral da Federação Angolana de Basquetebol, e que na altura foi indigitado pelo Ministério da Juventude e Desportos para presidir o Comité Organizador do Campeonato Africano, ao que tudo indica, não está interessado em apresentar às contas finais do Afrobasket 2007 à sociedade angolana.

Este comportamento, segundo apuramos, valeu-lhe o afastamento da estrutura que coordena os XVIII Campeonatos Africanos das Nações de Andebol, em ambos sexos, a decorrerem este mês no país.

Selecção sénior feminina ressurge na arena continental

Apesar de internamente as coisas irem de mal a pior, no que ao sector sénior feminino diz respeito, Angola conseguiu no ano que ontem terminou resultados positivos nas frentes internacionais em que participou. Com uma selecção liderada pelas experientes Maria Afonso “Manu”, Nacissela Maurício e Irene Guerreira, Angola voltou a pisar o pódio africano, ao conquistar a medalha de bronze nos IX Jogos Pan-africanos, disputado na cidade de Argel, Argélia.

Fruto do trabalho abnegado da equipa técnica liderada por Aníbal Moreira, clubes e obviamente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB) que nos últimos tempo tem apostado no ressurgimento da mística do básquete feminino, o cinco nacional viria a conquistar em Setembro de 2007 a medalha de bronze na XX edição do Campeonato Africano das Nações de Basquetebol da categoria, disputado em duas cidades do Senegal, Thies e Dackar, ao vencer nas classificativas do terceiro e quarto lugares, a sua congénere de Moçambique por 73-58.

Com este feito, a Selecção Nacional apurou-se para o torneio pré-olímpico mundial agendado para Junho do corrente ano, em data e país a ser indicado pelo organismo que tutela a modalidade no mundo, no caso, a Fiba-Mundo, competição que vai apurar os últimos cinco representantes para os Jogos Olímpicos de Pequim, China/08.