Africa Basquetebol

03 dezembro 2015

ANGOLA : Africano Fem.: Interclube relaxado permite surgimento de uma "estrela"

Luanda - O USIU do Quénia foi na noite de quarta-feira o protagonista no jogo com o anfitrião e campeão Interclube, atraindo a atenção da "meia dúzia" de espectadores presentes no Multiusos de Luanda, no encerramento oficial da fase de grupos da taça dos clubes campeões africanos em basquetebol feminino.

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Interclube-USIS

Foto: Henri Celso
Acção ofensiva do USIS no jogo com o Inter
Foto: Henri Celso
Num jogo em que não estava em causa o vencedor, tendo em conta o percurso dos contendores – o Inter venceu por 87-31 -, o foco dos escassos adeptos virou-se para o estoicismo das quenianas, particularmente a poste Liol Chan, cestinha da partida com 19 pontos.
Esta decisão do público foi tomada muito cedo, tão logo se constatou o desequilíbrio no marcador, pois tudo começou com 2-0; 5-1; 8-1; e nos primeiros quatro minutos já estava 10-1. O primeiro período terminou em 27-4.
O Interclube utilizou todo plantel disponível com tempo de jogo equilibrado tal eram as facilidades. O facto de o adversário ter marcado o quarto ponto aos cinco minutos (13-4) e só voltar a acertar no cesto aos três minutos do segundo período (29-6) comprova o “passeio” que tiveram as comandadas de Manuel Sousa “Necas”.
A jogadora mais utilizada do Interclube esteve em campo 21:58 e a menos jogou 10:58. Em termos pontuais quatro atletas terminaram com 11 pontos, ninguém ficou em branco.
Numa altura que o lançamento triplo tem muita influência, o Inter conseguiu 43 porcento (9 em 21) enquanto o USIU não acertou nenhuma das oito vezes que tentou para lá da linha dos 7, 75 m.
Outra evidência foi o “turnover” (perdas de bola), em que as angolanas tiveram 15 e as visitantes 35. Mas estas bateram-se bem nos ressaltos (27-22).
As polícias tinham o pensamento já nos quartos-de-final, ainda que sõ esta quinta-feira saberá após o INJS dos Camarões-Redi da RDC, de acerto ao calendário. Por isso, deram espaço para Liol Chan “brilhar”.
Com uma qualidade técnica acima da média, esta poste do USIU de 29 anos e 1, 77 m, facturou quase dois terços dos 31 pontos da equipa. Foi a terceira mais utilizada com 31:49, conseguiu 57,14 porcento de lançamentos de campo (8 em 14), fez 60 pc em lances livres (3 em 5).
Além de pontuar Liol Chan era a mais inconformada no processo defensivo; por isso cometeu cinco faltas e seis “turnovers”. De resto, os mais sonoros aplausos durante o jogo eram dedicados às suas acções.
Quando o treinador a retirou do campo no terceiro quarto, foi agraciada com uma prolongada salva de palmas facilmente audíveis num pavilhão “às moscas”. Foi de resto essa a sua “saída apoteótica”, embora tivesse retornado à quadro mais tarde.
Este comportamento dos espectadores indicou que são adeptos do basquetebol (espectáculo) antes de o serem de algum emblema.
Assim, como um “actor secundário”, mas em primeiro no grupo, o campeão africano encerrou a primeira etapa, caracterizada por um reduzir gradual do grau de dificuldade, em que se destaca a derrota com o Ferroviário de Maputo na segunda jornada e uma vitória “apertada” com o First Bank da Nigeria na terceira.
Ficha do jogo
INTERCLUBE (27+46+67+87) - Italy Lucas (9), Sequoia Holmes  (6), Nadir Manuel  (11), Felizarda Jorge (11), Nguendula Filipe (6) – CINCO INICIAL – Catarina Camufal (4), Merciana Fernandes (11)Rosemira Daniel (2), Ângela Cardoso (8), Ângela Golome (5), Elsa Eduardo (3), Breanna Salley (11)
Treinador: Manuel Sousa “Necas”
USIU (4+13+25+31) – Melissa Otteno (1), Georgia Otteno (0), Cynthia Irankunda (6), Lucy Akinyi (0), Liol Chan (19) – CINCO INICIAL – Clarice Odhiambo, Nkirote Nyagan (0), Lisa Myienga (0), Irene Ottieno (0), Hilda Luvandwa (-),Maureen Andália(5)
Treinador: Geroge Manyunga