Africa Basquetebol

21 abril 2015

ANGOLA : Cipriano e Morais fortalecem Libolo



Olímpio Cipriano e Carlos Morais podem ser decisivos na luta do título do BIC Basket na presente época
Fotografia: Eduardo Pedro
A integração de Olímpio Cipriano e Carlos Morais, ambos internacionais angolanos, no plantel do Recreativo do Libolo, deram maior consistência ao grémio de Calulo, que sábado último venceu com categoria a final da Taça de Angola em basquetebol sénior masculino, ao derrotar na final o 1º de Agosto, por 70-79.
Depois de cumprirem um longo período de recuperação, após intervenção cirúrgica a que foram submetidos, ambos ao joelho esquerdo, Carlos Morais e Olímpio Cipriano têm sido os principais responsáveis pela recuperação da formação do Recreativo do Libolo que sacudiu a crise de resultados que afectou o plantel, fundamentalmente, na fase regular da 37ª edição do Campeonato Nacional da "bola ao cesto", agora designado BIC Basket.
Sem Carlos Morais e Olímpio Cipriano a equipa do Recreativo do Libolo perdeu o seu pendor ofensivo, tendo perdido no início da presente época desportiva a Supertaça Wlademiro Romero a favor do Atlético Petróleos de Luanda.
A onda de lesões contribuiu igualmente para a péssima campanha realizada na fase regular da edição 37 do BIC Basket, onde não foi para além do terceiro lugar da prova, atrás do 1º de Agosto e Atlético Petróleos de Luanda.
Com o regresso dos internacionais angolanos, Norberto Alves, português ao serviço da formação do Recreativo do Libolo passou a ter mais opções, tendo a sua equipa melhorado o seu jogo ofensivo.
Sábado, na final da Taça de Angola, frente ao 1º de Agosto, partida disputada no Pavilhão Principal da Cidadela, Carlos Morais e Olímpio Cipriano, atletas que marcaram a sua estreia a nível da Selecção Nacional em 2005, no Campeonato Africano das Nações de Argel, Argélia, foram decisivos na conquista da aludida competiçãoAmbos contribuíram com 43 pontos. Olímpio Cipriano em 38 minutos e 18 segundos anotou 23 pontos, ao passo que o seu companheiro de equipa e da Selecção Nacional contribuiu com 20 pontos em 42 minutos e 53 segundos.Carlos Morais esteve melhor nos lançamentos a longa distância, conseguindo uma percentagem de 33, contra 25 por cento de Olímpio Cipriano.
Já nos lançamentos de dois pontos, Cipriano esteve em destaque com 67 por cento, contra 33 por cento de Carlos Morais.
A excelente actuação dos internacionais angolanos permitiu ao Recreativo do Libolo erguer pela terceira vez a Taça de Angola, depois de conquistar as edições de 2010 e 2011.
Apesar de não estar ainda em plena forma desportiva, Olímpio Cipriano e Carlos Morais constituem os principais esteios do técnico espanhol Moncho López, que este ano vai dirigir a Selecção Nacional no Campeonato Africano das Nações da Tunísia, prova a decorrer de 19 a 30 de Agosto próximo, competição selectiva aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Brasil, em 2016. 

Espectáculo  -  FAB investe na organização profissional

A Federação Angolana de Basquetebol está apostada em parcerias de profissionais por forma a tornar mais atractivo os jogos e defende a criação do hábito de pagar para estar presente nos eventos, disse à Angop em Luanda o seu Presidente, Paulo Madeira.
Em entrevista à Angop para fazer o rescaldo da final da Taça de Angola, disputada sábado no Pavilhão da Cidadela, o responsável da "bola ao cesto" nacional acredita que investindo numa organização profissional do espectáculo desportivo, mais facilmente se atraem os patrocinadores. 
"As empresas que patrocinam o desporto precisam de alguma forma de estar gratificadas. Estes patrocinadores só são atraídos se efectivamente do ponto de vista organizacional conseguimos fazer as coisas com organização, bem estruturadas", disse, justificando a parceria para a final da Taça com uma entidade especializada em realização de eventos.
Segundo Paulo Madeira, o objectivo foi atingido no jogo da final em que o Recreativo do Libolo venceu o 1º de Agosto por 79-70, quer do ponto de vistas competitivo, quer da organização, segurança e comodidade do público.
Mostrou-se satisfeito com a presença do público, tendo acorrido à Cidadela cerca de 4500 pessoas numa lotação de oito mil, e apelou que essa prática se generalize pois, referiu que ainda não há a cultura de pagar para se ver o espectáculo.
"Penso que é importante criarmos o hábito de pagar para estar presentes nos eventos. Não há esta cultura infelizmente. Deu para perceber que conseguimos ter 4500 pessoas pagantes, de acordo com o nosso controlo. É importante criar essa cultura. por isso a parceria com a Majoco acaba por resultar bem. Os eventos normalmente não tem apenas a componente espectáculo,. tem uma componente de produção e suporte ao espectáculo que é sempre necessário que seja feita com profissionalismo", explicou.
Justificou a opção da parceria, com a qual a FAB está satisfeita. "Escolhemos esta empresa porque que nos últimos tempos tem estado connosco, tem sido nossa parceira até nos momentos de dificuldades, quando não há recursos. Neste momento também estamos com dificuldades, mas a Majoco felizmente correspondeu."
Para Paulo Madeira, do ponto de vista da segurança, estabilidade, da gestão do próprio pavilhão, do público, a final decorreu "com normalidade".
"Isso é o que pretendemos. Que não haja tumultos, situações estranhas ao jogo e que as pessoas possam estar com as suas famílias e desfrutarem da magia que o basquetebol nacional já pode oferecer", disse o entrevistado da Angop.