ANGOLA : López assume luta pelo título
Técnico quer o apoio da comunicação social para o êxito da campanha
Fotografia: José Soares
Fotografia: José Soares
Conquistar
a 30.ª edição do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, na
Tunísia, de 19 a 30 de Agosto, e, consequentemente, assegurar o passe de
acesso aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, constituiu
objectivo primordial do cinco nacional que vai em busca do seu décimo
segundo anel continental, de acordo com o novo seleccionador nacional de
basquetebol em seniores masculinos, o espanhol Ramón López Suárez, ou,
simplesmente, Moncho López.
Em entrevista exclusiva ao Jornal dos Desportos, o técnico, que recentemente rubricou com a direcção da FAB, encabeçada por Paulo Alexandre Madeira, um contrato válido por sete meses, mostrou-se confiante no cumprimento do objectivo traçado pelo órgão reitor da modalidade para campanha Tunísia 2015.
O substituto de Paulo Macedo não escondeu a sua satisfação por ter sido convidado a dirigir a Selecção Nacional da "bola ao cesto" que este ano vai à Tunísia com o único propósito de revalidar o ceptro africano. "Treinar a Selecção Nacional de Angola enche-me de orgulho, porque estamos a falar de uma das melhores equipas do mundo a nível de selecções nacionais, que representa um basquetebol, o angolano, pelo qual sinto uma profunda admiração e respeito", disse o ex-seleccionador de Portugal que agora abraça um novo desafio em Angola.
As características técnicas individuais e colectivas dos jogadores angolanos aliada a sua espectacularidade motivaram o técnico espanhol em aceitar treinar a Selecção Nacional que procura a sua sétima presença em Jogos Olímpicos, depois de Barcelona1992, Atlanta1996, Sidney2000, Atenas2004, Pequim2008 e Londres2012.
"Os atletas angolanos, contra os quais tive o privilegio de jogar, a nível de clube e selecções nos últimos anos, apresentam umas características técnicas e emocionais muito interessantes para construir equipas competitivas, e que apresentem em campo um basquetebol espectacular desde o ponto de vista do observador.
Eu, que tenho uma grande ambição por aprender, estou certo que vou desfrutar ao máximo desta experiencia, com a responsabilidade de dar o meu melhor para ser digno de representar a Angola. A possibilidade de atingir o título continental, e garantir a presença de Angola nos Jogos Olímpicos de 2016 é também um factor de motivação que, de certeza, vamos partilhar com todo grupo de trabalho, dirigentes, equipa técnica e atletas".
Apesar de nunca ter trabalhado em Angola nem em África, o novo seleccionador nacional dos hendecacampeões africanos confessa ter um conhecimento ainda que não muito profundo do basquetebol angolano, pelo que, não encontrará dificuldades em se adaptar. "Sim, tenho.
Como técnico da Federação Espanhola fui adversário das selecções angolanas, em diferentes ocasiões, e como treinador do FC Porto também tive a possibilidade de jogar contra o actual núcleo duro de jogadores angolanos nos seus diferentes clubes. Alem disso, a minha responsabilidade como treinador me obriga a acompanhar diferentes campeonatos, e na medida do possível vou tendo todas as referências possíveis do campeonato angolano, tendo também acompanhado as últimas edições do Afrobasket.
Posso dizer também que desde o momento em que tive conhecimento que a Federação Angolana de Basquetebol tinha interesse em contar com os meus serviços, visionei muitos jogos da Selecção Nacional de Angola, entre eles as duas finais dos Afrobasket 2011 e 2013, além de todos os jogos do último Campeonato do Mundo, realizado em Espanha".
Indagado sobre o que o elenco de Paulo Alexandre Madeira pediu para a "operação Tunísia", foi pragmático: "Aquilo que tem de ser exigido ao treinador que comande a equipa técnica da Selecção Angolana, vencer o Campeonato Africano das Nações, Afrobasket." Convidado a mencionar as principais características dos jogadores angolanos, Moncho López mostrou-se algo reservado. " Acho que há característica “individuais” muito difíceis de enumerar numa só resposta, estou a pensar nas potencialidades que os melhores jogadores angolanos têm, e não quero dar nomes para não cometer o erro de deixar alguém sem referir.
Do ponto de vista colectivo, a versatilidade dos homens interiores, a eficácia desde a linha dos três pontos dos jogadores de perímetro, como também a habilidade de construir vantagens de um contra um são sinais de identidade muito próprios. Vejo também no basquetebol angolano equipas que, quando conseguem mostrar bons índices físicos, conseguem fazer uma defesa individual muito consistente."
CONSTATAÇÃO
Técnico espanhol minimiza factor tempo
Apesar de falhar o primeiro compromisso da Selecção Nacional que 21 a 28 do mês em curso, só indo disputar em Bulawayo, Zimbabwe, o torneio de apuramento aos Jogos Africanos do Congo Brazaville, o seleccionador nacional afirmou que vai ter tempo suficiente para preparar um grupo coesa, visando a campanha Tunísia 2015.
De acordo com o seleccionador nacional é importante que se criem as melhores condições desde os jogos de controlo com selecções renomadas para que o cinco nacional possa aparecer em grande na final do Campeonato Africano das Nações."Sim. Se antecipadamente conseguimos fazer um bom planeamento de estágio, e agendar jogos de controlo suficientes, com adversários que permitam testar as nossas capacidades, de certeza que chegamos ao campeonato próximos no nosso nível óptimo de jogo; depois, a própria competição deve permitir à equipa crescer até atingir o momento alto da competição compactos e coesos.
É evidente que o estado de forma em que os atletas se apresentem no estágio também tem grande influência na preparação, nesse aspecto confio muito no sentido da responsabilidade e profissionalismo de Morais, Costa, Cipriano, Mingas, Paulo, entre outros". Numa demonstração de humildade, o novo seleccionador afirmou que "não é fácil melhorar a uma das melhores equipas do mundo", quando questionado sobre o que pretende ver melhorado no combinado nacional.
"Mas é evidente que nos desportos colectivos, com um trabalho rigoroso podem-se elevar diferentes aspectos, maior bagagem táctica, automatismos colectivos mais velozes e consolidar os bons comportamentos táctico-individuais". A finalizar, Moncho López mostrou-se à vontade com eventuais constrangimentos que possam surgir ao longo da preparação.
"Tenho muita experiência como treinador-seleccionador, em diferentes campeonatos, com diferentes gerações, e também diferentes orçamentos e condições de trabalho, dificilmente alguma coisa me pode surpreender. Espero que as dificuldades sejam ultrapassadas com a ajuda de todos, e quando digo todos não estou a falar apenas dos técnicos, atletas e dirigentes, também a comunicação social e os adeptos podem ajudar muito criando sinergias positivas que alimentem a nossa confiança e motivação".
M.C
PREPARAÇÃO - Selecção em acção
A Selecção Nacional de basquetebol em seniores masculinos concentra-se hoje, a partir das 16h00, numa das salas de reuniões da federação angolana da modalidade, a fim de dar início aos trabalhos de preparação visando o torneio de apuramentos aos Jogos Africanos do Congo Brazzaville, a decorrer de 21 a 28 do mês em curso, em Bulawayo, Zimbabwe.
Para a "operação Bulawayo", a dupla técnica constituída por Emanuel Trovoada e Manuel da Silva "Gi" convocou doze atletas, com destaque para o extremo poste Leonel Paulo (Atlético Petróleos de Luanda), atleta que falhou a fase final da 17.ª edição do Campeonato do Mundo de Espanha, por ter contraído uma lesão na mão direita, para além da integração do jovem Pedro Bastos, também do Atlético Petróleos de Luanda, que faz a sua estreia na Selecção Nacional.A ainda a assinalar o regresso à Selecção Nacional do poste Felizardo Ambrósio "Miller", que tinha igualmente falhado o Campeonato do Mundo de Espanha por .lesão. Com o apuramento assegurado para a fase final do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, prova a decorrer de 19 a 30 de Agosto do ano em curso, na Tunísia, em virtude de ter sido campeã africana em 2013, o combinado nacional vai em busca do passe de acesso aos Jogos Africanos do Congo Brazzaville.
A Selecção Nacional vai disputar o torneio de Bulawayo inserido no Grupo I, ao lado das congéneres da África do Sul e do Zimbabwe, país anfitrião.
Moçambique, Botswana e Suazilândia, países que fazem parte da Zona VI, vão disputar o apuramento aos Jogos Africanos e ao Afrobasket inseridos no Grupo J.
Estão já apuradas para o Afrobasket as selecções de Angola, campeã africana em título, Tunísia, país anfitrião, Egipto, Uganda, Cabo Verde e Costa do Marfim. Convocados de Emanuel Trovoada e Manuel da Silva "Gi": Armando Costa, Hermenegildo Santos, Edmir Lucas, Edson Ndoniema, Reggie Moore, Felizardo Ambrósio, Eduardo Mingas, Valdelício Joaquim, Pedro Bastos, Roberto Fortes, Leonel Paulo e Miguel Kiala.
M.C
Em entrevista exclusiva ao Jornal dos Desportos, o técnico, que recentemente rubricou com a direcção da FAB, encabeçada por Paulo Alexandre Madeira, um contrato válido por sete meses, mostrou-se confiante no cumprimento do objectivo traçado pelo órgão reitor da modalidade para campanha Tunísia 2015.
O substituto de Paulo Macedo não escondeu a sua satisfação por ter sido convidado a dirigir a Selecção Nacional da "bola ao cesto" que este ano vai à Tunísia com o único propósito de revalidar o ceptro africano. "Treinar a Selecção Nacional de Angola enche-me de orgulho, porque estamos a falar de uma das melhores equipas do mundo a nível de selecções nacionais, que representa um basquetebol, o angolano, pelo qual sinto uma profunda admiração e respeito", disse o ex-seleccionador de Portugal que agora abraça um novo desafio em Angola.
As características técnicas individuais e colectivas dos jogadores angolanos aliada a sua espectacularidade motivaram o técnico espanhol em aceitar treinar a Selecção Nacional que procura a sua sétima presença em Jogos Olímpicos, depois de Barcelona1992, Atlanta1996, Sidney2000, Atenas2004, Pequim2008 e Londres2012.
"Os atletas angolanos, contra os quais tive o privilegio de jogar, a nível de clube e selecções nos últimos anos, apresentam umas características técnicas e emocionais muito interessantes para construir equipas competitivas, e que apresentem em campo um basquetebol espectacular desde o ponto de vista do observador.
Eu, que tenho uma grande ambição por aprender, estou certo que vou desfrutar ao máximo desta experiencia, com a responsabilidade de dar o meu melhor para ser digno de representar a Angola. A possibilidade de atingir o título continental, e garantir a presença de Angola nos Jogos Olímpicos de 2016 é também um factor de motivação que, de certeza, vamos partilhar com todo grupo de trabalho, dirigentes, equipa técnica e atletas".
Apesar de nunca ter trabalhado em Angola nem em África, o novo seleccionador nacional dos hendecacampeões africanos confessa ter um conhecimento ainda que não muito profundo do basquetebol angolano, pelo que, não encontrará dificuldades em se adaptar. "Sim, tenho.
Como técnico da Federação Espanhola fui adversário das selecções angolanas, em diferentes ocasiões, e como treinador do FC Porto também tive a possibilidade de jogar contra o actual núcleo duro de jogadores angolanos nos seus diferentes clubes. Alem disso, a minha responsabilidade como treinador me obriga a acompanhar diferentes campeonatos, e na medida do possível vou tendo todas as referências possíveis do campeonato angolano, tendo também acompanhado as últimas edições do Afrobasket.
Posso dizer também que desde o momento em que tive conhecimento que a Federação Angolana de Basquetebol tinha interesse em contar com os meus serviços, visionei muitos jogos da Selecção Nacional de Angola, entre eles as duas finais dos Afrobasket 2011 e 2013, além de todos os jogos do último Campeonato do Mundo, realizado em Espanha".
Indagado sobre o que o elenco de Paulo Alexandre Madeira pediu para a "operação Tunísia", foi pragmático: "Aquilo que tem de ser exigido ao treinador que comande a equipa técnica da Selecção Angolana, vencer o Campeonato Africano das Nações, Afrobasket." Convidado a mencionar as principais características dos jogadores angolanos, Moncho López mostrou-se algo reservado. " Acho que há característica “individuais” muito difíceis de enumerar numa só resposta, estou a pensar nas potencialidades que os melhores jogadores angolanos têm, e não quero dar nomes para não cometer o erro de deixar alguém sem referir.
Do ponto de vista colectivo, a versatilidade dos homens interiores, a eficácia desde a linha dos três pontos dos jogadores de perímetro, como também a habilidade de construir vantagens de um contra um são sinais de identidade muito próprios. Vejo também no basquetebol angolano equipas que, quando conseguem mostrar bons índices físicos, conseguem fazer uma defesa individual muito consistente."
CONSTATAÇÃO
Técnico espanhol minimiza factor tempo
Apesar de falhar o primeiro compromisso da Selecção Nacional que 21 a 28 do mês em curso, só indo disputar em Bulawayo, Zimbabwe, o torneio de apuramento aos Jogos Africanos do Congo Brazaville, o seleccionador nacional afirmou que vai ter tempo suficiente para preparar um grupo coesa, visando a campanha Tunísia 2015.
De acordo com o seleccionador nacional é importante que se criem as melhores condições desde os jogos de controlo com selecções renomadas para que o cinco nacional possa aparecer em grande na final do Campeonato Africano das Nações."Sim. Se antecipadamente conseguimos fazer um bom planeamento de estágio, e agendar jogos de controlo suficientes, com adversários que permitam testar as nossas capacidades, de certeza que chegamos ao campeonato próximos no nosso nível óptimo de jogo; depois, a própria competição deve permitir à equipa crescer até atingir o momento alto da competição compactos e coesos.
É evidente que o estado de forma em que os atletas se apresentem no estágio também tem grande influência na preparação, nesse aspecto confio muito no sentido da responsabilidade e profissionalismo de Morais, Costa, Cipriano, Mingas, Paulo, entre outros". Numa demonstração de humildade, o novo seleccionador afirmou que "não é fácil melhorar a uma das melhores equipas do mundo", quando questionado sobre o que pretende ver melhorado no combinado nacional.
"Mas é evidente que nos desportos colectivos, com um trabalho rigoroso podem-se elevar diferentes aspectos, maior bagagem táctica, automatismos colectivos mais velozes e consolidar os bons comportamentos táctico-individuais". A finalizar, Moncho López mostrou-se à vontade com eventuais constrangimentos que possam surgir ao longo da preparação.
"Tenho muita experiência como treinador-seleccionador, em diferentes campeonatos, com diferentes gerações, e também diferentes orçamentos e condições de trabalho, dificilmente alguma coisa me pode surpreender. Espero que as dificuldades sejam ultrapassadas com a ajuda de todos, e quando digo todos não estou a falar apenas dos técnicos, atletas e dirigentes, também a comunicação social e os adeptos podem ajudar muito criando sinergias positivas que alimentem a nossa confiança e motivação".
M.C
PREPARAÇÃO - Selecção em acção
A Selecção Nacional de basquetebol em seniores masculinos concentra-se hoje, a partir das 16h00, numa das salas de reuniões da federação angolana da modalidade, a fim de dar início aos trabalhos de preparação visando o torneio de apuramentos aos Jogos Africanos do Congo Brazzaville, a decorrer de 21 a 28 do mês em curso, em Bulawayo, Zimbabwe.
Para a "operação Bulawayo", a dupla técnica constituída por Emanuel Trovoada e Manuel da Silva "Gi" convocou doze atletas, com destaque para o extremo poste Leonel Paulo (Atlético Petróleos de Luanda), atleta que falhou a fase final da 17.ª edição do Campeonato do Mundo de Espanha, por ter contraído uma lesão na mão direita, para além da integração do jovem Pedro Bastos, também do Atlético Petróleos de Luanda, que faz a sua estreia na Selecção Nacional.A ainda a assinalar o regresso à Selecção Nacional do poste Felizardo Ambrósio "Miller", que tinha igualmente falhado o Campeonato do Mundo de Espanha por .lesão. Com o apuramento assegurado para a fase final do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, prova a decorrer de 19 a 30 de Agosto do ano em curso, na Tunísia, em virtude de ter sido campeã africana em 2013, o combinado nacional vai em busca do passe de acesso aos Jogos Africanos do Congo Brazzaville.
A Selecção Nacional vai disputar o torneio de Bulawayo inserido no Grupo I, ao lado das congéneres da África do Sul e do Zimbabwe, país anfitrião.
Moçambique, Botswana e Suazilândia, países que fazem parte da Zona VI, vão disputar o apuramento aos Jogos Africanos e ao Afrobasket inseridos no Grupo J.
Estão já apuradas para o Afrobasket as selecções de Angola, campeã africana em título, Tunísia, país anfitrião, Egipto, Uganda, Cabo Verde e Costa do Marfim. Convocados de Emanuel Trovoada e Manuel da Silva "Gi": Armando Costa, Hermenegildo Santos, Edmir Lucas, Edson Ndoniema, Reggie Moore, Felizardo Ambrósio, Eduardo Mingas, Valdelício Joaquim, Pedro Bastos, Roberto Fortes, Leonel Paulo e Miguel Kiala.
M.C
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