JOGOS DO SCSA: Moçambique passeia a sua classe no básquete
MOÇAMBIQUE
passeou a sua classe no basquetebol, sábado, na sua estreia nos Jogos
do SCSA, que decorrem desde sexta-feira em Bulawayo, Zimbabwe.
NO
primeiro jogo do dia, que marcou o arranque da modalidade neste evento,
Moçambique entrou frente ao Lesotho como favorito à vitória, mas nunca
ninguém imaginou que a diferença entre as duas selecções fosse abismal
como acabou acontecendo.
A
verdade é que as moçambicanas passearam a sua classe e humilharam as
suas adversárias, ao ponto de o resultado chegar aos 95-0, a 42 segundos
do intervalo, aliás do final do segundo período.
Mesmo
reconhecendo a superioridade das moçambicanas, que até ostentam o
título de medalha de bronze no último Campeonato Africano de sub-18
realizado no Cairo, Egipto, este ano, as meninas do Lesotho são
fraquíssimas.
Só
para ilustrar a fraqueza do Lesotho, basta dizer que Moçambique
terminou o primeiro período a vencer, por 45- 0, e foi ao intervalo,
final do segundo, com o resultado de 97-2, portanto a três pontos do chapa-100,
marca que viria a ser atingida nos primeiros segundos depois do início
do terceiro período, que terminou com o resultado muito mais gordo do
que se imaginava.
O
quarto período foi apenas para ensaiar alguns sistemas de jogo que
podiam ser necessários para os jogos subsequentes que se espera que
sejam decisivos, principalmente frente a Angola, com quem tudo indica,
mais uma vez, vamos ter que lutar com ela pela medalha mais importante
da competição, a de ouro, neste caso concreto.
Portanto,
os 186 pontos de diferença espelham, só em si, as facilidades que
Moçambique encontrou neste desafio. E se não chegou a chapa 200, é porque depois abrandou o ritmo.
Em
masculinos, a história repetiu-se, só que com protagonistas bem
diferentes. A Suazilândia foi mais aberta a encarrar o jogo, obrigando
Moçambique a pensar rapidamente, apesar de o resultado nunca ter estado
em causa.
Moçambique
entrou forte para este encontro. Não quis que a sua imagem de detentora
do troféu fosse beliscada e num abrir e fechar de olhos já levava boa
vantagem no marcador e chegou ao final do primeiro período já a vencer,
por 34-10. Mas havia muita coisa por mudar. Os nossos jogadores apesar
de serem muito possantes e altos em relação ao seu adversário pecavam
nos ressaltos, nalguns casos perdendo de forma infantil tanto na tabela
defensiva como na ofensiva. Também era necessário acertar nos
lançamentos, sobretudo para além dos 6,25 metros, onde a Suazilândia
arriscava e lavava a melhor.
Mas aos poucos, a rapaziada moçambicana foi acertando e passou a dar um verdadeiroshow,
com afundanços à mistura. E chegou ao intervalo já vencer, por 53-22,
depois de terminado o primeiro período em vantagem (34-10).
No
terceiro período, as coisas melhoraram ainda mais. Já se notava alguma
coesão na equipa, fruto da rodagem de alguns jogadores que inicialmente
estavam no banco.
Este período terminou com o resultado de 87-33. No último período, a ansiedade era quebrar a chapa-100. E não tardou que isso acontecesse, e foi a seis minutos do fim do jogo.
O
público ainda sonhou com a barreira dos 120 pontos, mas os últimos
minutos foram de falhanços incríveis para Moçambique, que mesmo assim, e
segundo o seu treinador, vai melhorar nas próximas partidas.
No
fundo, a estreia de Moçambique no basquetebol nos pareceu mais um
treino do que propriamente uma competição desta envergadura.
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