Africa Basquetebol

16 setembro 2013

ANGOLA : Morais procura lugar nos Toronto Raptors

                       
Carlos Morais busca performances para ser o primeiro angolano a jogar na NBA
Fotografia: Jornal dos Desportos
O extremo do Petro de Luanda, Carlos Morais, esclareceu no último sábado, na sua página da rede social Instagram, a sua participação nos treinos da equipa de basquetebol da liga norte-americana, NBA, Toronto Raptors. O jogador mais valioso (MVP) do Afrobasket’2013, decorrido em Abidjan, Costa de Marfim, escreveu que “ainda não é jogador oficial” dos Toronto Raptors.
Face à grande vontade dos angolanos em vê-lo integrar a elite de jogadores da NBA, Carlos Morais agradeceu a todos pelo apoio, pelas mensagens que recebe e carinho. O extremo angolano integra um grupo de 18 atletas que vão para o campo de treino e por esse motivo assinou um contrato que lhe dá acesso às instalações. Movido pelo sentimento de constar entre os eleitos, publicou no Instagram o passe de acesso às instalações.
Em função do rendimento que apresentar durante a fase de observação, Carlos Morais escreveu que caso for eleito para constar no grupo oficial, o contrato passa a vigorar como atleta dos Toronto Raptors. Até lá, “ainda não é jogador oficial”.
Carlos Morais é observado pelo Toronto Raptors há muito tempo e a sua escolha como MVP do último Afrobasket facilitou a integração na lista de 18 atletas que buscam um lugar na equipa. O extremo angolano encontra-se nos Estados Unidos há nove dias.
Carlos Morais nasceu em Luanda no dia 16 de Outubro de 1985. Começou a jogar basquetebol nos escalões juniores das Escolas do Atlético Petróleo de Luanda depois de ter sido apresentado pelo seu tio o árbitro de futebol Pedro dos Santos. Carlos Morais acordava tarde e incomodava a família. Para “cortar” o mal, a prática do desporto foi a saída encontrada.
Carlos Morais não comprometeu a família. Em 2012, foi eleito o jogador mais valioso (MVP) da Liga Africana de Clubes Campeões de basquetebol e no corrente ano atingiu o apogeu no continente.
As qualidades do extremo do Petro de Luanda têm impressões digitais do Recreativo do Libolo, onde jogou um ano, em 2010, ao lado de Olímpio Cipriano, sob as ordens do técnico Raul Duarte.
No campeonato do mundo realizado na Turquia, em 2010, Carlos Morais fez uma grande campanha, que lhe valeu o convite para estagiar durante três meses nos Estados Unidos, ao lado de outros jogadores eleitos.
Carlos Morais é um bom jogador, com grande poder de penetração e de lançamento de três pontos.

DO ESTÁGIO EM ESPANHA
Campeãs africanas regressam hoje

A Selecção Nacional de basquetebol sénior feminina chega às 2h00 de hoje ao país, vinda de Espanha, onde esteve a efectuar o estágio de preparação com vista à fase final do Campeonato Africano das Nações (Afrobasket), que Maputo vai acolher de 20 a 29 deste mês.
As detentoras do ouro africano, conquistado em 2011, na capital do Mali, Bamako, embarcam para o local da competição na próxima quarta-feira, devendo realizar apenas três sessões de treino em solo pátrio, durante as quais o técnico Aníbal Moreira vai aproveitar para limar algumas arestas e trabalhar a componente psicológica.
A secretária-geral da Federação Angolana de Basquetebol, Isabel Major, disse, em declarações ao Jornal dos Desportos, que a sua direcção está a analisar a questão do campo em que a equipa vai trabalhar, assim como a unidade hoteleira em que o conjunto vai permanecer até à ida para Maputo. A dirigente aventou a hipótese das campeãs africanas ficarem junto da família, depois de um mês de ausência.
Isabel Major acredita que dois dias de convívio com os familiares e as excelentes condições de trabalho que o elenco de Paulo Madeira colocou ao dispor possam dar maior alento às atletas que vão procurar manter o estatuto de campeã da bola ao cesto no continente.
A responsável, que no passado defendeu com galhardia as cores nacionais em vários palcos internacionais, garante a sua presença no palco da competição, entre várias figuras que vão emprestar o calor às campeãs.
Questionada sobre o balanço do estágio, Isabel Major fez uma avaliação “positiva” partindo dos resultados dos jogos de controlo. A dirigente adverte que só com a entrega do grupo, de jogo a jogo, é que se pode concretizar o objectivo de revalidar o título. Para o efeito, pediu o apoio de todos os angolanos, tal como sucedeu com a selecção masculina.
“Vamos continuar a trabalhar para que os angolanos tenham vários motivos de alegria no panorama desportivo. As bases estão criadas para que a equipa faça um trabalho à altura de revalidar o título, algo que só pode ser alcançado com o esforço de cada uma das integrantes”, disse.
Isabel Major alertou que as outras equipas também se prepararam para contrariar os intentos das angolanas. Por esse motivo, “é fundamental o apoio de todos os angolanos”.

Inserido no grupo B, junto das selecções  do Malí, Camarões, Nigéria, Cabo Verde e Quénia, o combinado nacional é constituído pelas atletas Aristide Vicente, Mereciana Fernandes, Finesa Eusébio, Nguendula Filipe, Catarina Camufal, Nachissela Maurício, Ana Gonçalves, Luísa Tomás, Whitney Miguel, Felizarda Jorge, Clarisse Mpaka, Felizarda Jorge, Sónia Guadalupe, Artemies Afonso e Nadir Manuel. HELDER JEREMIAS