ANGOLA : Petrolíferos e Militares aquecem hoje a Cidadela
Miguel Lutonda pode desfalcar a equipa rubro e negra
Fotografia: Jornal dos Desportos
Fotografia: Jornal dos Desportos
A formação do 1º de Agosto procura hoje, a partir das 19h00, derrotar o Petro de Luanda, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva, em partida da terceira jornada da fase final do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, a fim de relançar a sua corrida ao título da época desportiva 2011/2012. Os militares, que, nesta fase da competição, já baquearam frente ao Recreativo do Libolo, actual líder da série A, com 14 pontos, estão proibidos de perder, sob pena de ficarem cada vez mais distanciados da conquista da coroa nacional.
Em situação difícil está o Petro de Luanda, actual campeão nacional em título, que na fase derradeira da competição já averbou duas derrotas, pelo que só o triunfo interessa aos comandados de Manuel da Silva “Gi”. Com as duas equipas a precisarem dos dois pontos, dado o desempenho da formação da vila de Calulo, que continua invicta nesta fase da prova, a partida de mais logo afigura-se difícil para os dois contendores. O internacional angolano Miguel Lutonta, atleta que nesta ponta final não tem sido opção do luso-guineense Mário Palma, pode não constar da lista dos eleitos para o prélio desta noite, em virtude de ter contraído uma lesão no joelho esquerdo.
Esta manhã, Mário Palma e os seus adjuntos vão traçar as últimas estratégias a fim de anularem as principais unidades da formação do Eixo-Viário. O défice nos lançamentos livres parece estar superado, dado o resultado da ronda anterior, em que a equipa do Rio Seco bateu de forma copiosa o ASA, por 103-64. Carlos Almeida, Joaquim Gomes “Kikas”, Reggie Moore, Armando Costa, Mário Correia, Felizardo Ambrósio e Domingos Bonifácio vão ser mais uma vez chamados a carregar o conjunto rubro-negro para mais uma vitória na fase final.
Manuel da Silva “Gi”, técnico que substituiu Alberto Babo no comando do Petro, tem à sua disposição todas as suas unidades. Moralizada com três vitórias consecutivas, a formação do Petro vê-se na obrigação de bater o 1º de Agosto, sob pena de dizer em definitivo adeus à revalidação do título nacional. A equipa petrolífera vai tentar tirar proveito do factor “casa”, para conquistar os dois pontos em disputa e manter intacto o sonho da reconquista do ceptro.
No seio da equipa petrolífera, o sentimento continua a ser de vitória, apesar de reconhecerem as potencialidades do seu adversário. Com 12 pontos à entrada da terceira jornada, os petrolíferos da capital querem assumir o segundo posto da fase final do “Nacional”. O Libolo continua na liderança da prova, agora com 14 pontos, seguido do 1º de Agosto, com 13. Petro está na terceira posição, com 12 pontos, ao passo que o Interclube ocupa o quarto posto com 10. ASA e Sporting de Cabinda têm sete pontos cada.
FRENTE AO SPORTING DE CABINDA
Libolo cumpre calendário
A equipa do Recreativo do Libolo, líder incontestável da fase final da 34ª edição do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, com 14 pontos, defronta hoje, a partir das 16h00, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva, o Sporting de Cabinda, num prélio em que Raul Duarte vai procurar poupar as suas principais unidades, tendo em vista o desafio da próxima terça-feira, diante do Petro de Luanda.
Raul Duarte vai por certo aproveitar o desafio desta tarde para dar maior tempo de jogo aos atletas que têm sido menos utilizados nesta etapa derradeira da prova, com principal realce para José Salvador, Mayzer Alexandre e Sydney Lima. Apesar de terem pela frente um adversário de longe inferior ao conjunto de Calulo, Raul Duarte afirmou, em declarações à comunicação social, que todas partidas nesta fase são para encarar com a maior determinação, para não serem surpreendidos.
O grémio do Kwanza-Sul procura o título inédito, depois de o ter falhado em duas ocasiões. Já o Sporting de Cabinda vai tentar contrariar ao máximo o favoritismo do Libolo. Ainda para a série A, o Interclube vai procurar reerguer-se frente ao ASA, depois de ter baqueado, na jornada anterior, diante do Libolo, por 87-80. O prélio está agendado para as 18h00, no Pavilhão 28 de Fevereiro. As emoções da série B, reservada às equipas que lutam do sétimo ao 12º posto, encerra hoje, às 16h00, com Vila Estoril a defrontar o Futebol Clube Vila Clotilde, no Pavilhão Anexo número dois. MC
BASQUETEBOL ZONAL VI DE SUB-18
Selecção trabalha em Maputo
A Selecção Nacional masculina de basquetebol de Sub-18 trabalha hoje em Maputo, capital de Moçambique, onde se encontra desde ontem à noite, para a disputa do torneio do Zonal VI, que tem início amanhã, às 16h00, no pavilhão do Desportivo de Maputo. A prova é qualificativa aos campeonatos africanos. Depois de uma viagem de quatro horas, a equipa aproveitou o período da manhã para descanso e tomam o primeiro contacto com o palco do evento à tarde, período em que o professor Elvínio Dias vai dirigir um treino táctico.
Apesar de ter ao seu dispor atletas com boa estrutura física e dotados de níveis técnicos satisfatórios, Elvínio Dias aposta no colectivismo e no recurso a uma defesa disciplinada para obter o passe para o “Africano”. Outro elemento importante é tirar o maior proveito dos sectores vulneráveis dos adversários. Com muita serenidade, Elvínio Dias disse ao Jornal dos Desportos que os jogos ganham-se na quadra e os resultados reflectem o trabalho de cada equipa.
Apesar de ter algumas informações sobre a selecção de Moçambique, adversário de abertura do torneio, amanhã, o técnico angolano assegura que ainda não se pode ter uma ideia concreta sobre o seu potencial. Apesar disso, a qualidade dos jogadores angolanos permite-lhe almejar a obtenção de uma das vagas para a maior prova do continente. O facto de os termómetros registarem temperaturas inferiores às de Luanda pode jogar em desfavor ao combinado nacional, mas as 24 horas que antecedem o primeiro jogo do torneio podem servir para adaptação da selecção nacional.
A equipa médica está atenta ao comportamento dos atletas para evitar constipações ou mesmo alguma gripe que possa influenciar pela negativa. “Tivemos tempo suficiente para nos prepararmos e os atletas estão decididos a fazer um bom torneio, motivo pelo qual julgamos que o apuramento vai ser concretizado”, disse Elvínio Dias.
Hélder Jeremias, em Maputo
CRÓNICA
Às margens do Índico pela “bola ao cesto”
Ao chegar à cidade de Maputo, foi fácil aperceber-me de que não estava num daqueles lugares onde somos obrigados a fazer um esforço redobrado para tornar o contacto com o nativo mais fluído, em função das enormes semelhanças entre o povo irmão do Índico e os angolanos, embora existam diferenças, é claro. Muito embora tenhamos chegado no período nocturno, acomodámo-nos sem grandes exercícios, pois a nossa presença chamou a atenção dos taxistas que estavam informados da chegada de uma aeronave vinda de Angola.
E, para nossa felicidade, com 500 meticais (moeda local), o Manuel fez questão de nos levar à baixa da cidade e dar dicas sobre os locais que poderíamos fazer de nosso aconchego nos dias que permanecermos na terra que viu nascer a antiga estrela do futebol mundial, Eusébio. Como levávamos uma referência dos nossos cambas aí da “banda”, fizemos questão de ir lá ter, mas preferimos optar por outras ofertas, até porque aqui, no país de Samora Machel, os serviços hoteleiros estão à altura dos nossos bolsos.
Como diria o meu companheiro de viagem Paulo Mulaza, “é só sair de Luanda que a saudade bate logo”, mas temos de confessar que, em determinados momentos, esqueço-me que estou fora da nossa terra, não só pela hospitalidade, mas, sobretudo, porque a nossa música invadiu as rádios locais. Em conversa com algumas pessoas, fica subjacente que, não obstante Angola ter cedido a titularidade do basquetebol continental no último Afrobasket, por sinal disputado cá perto, em Madagáscar, os moçambicanos ainda consideram o nosso país a maior referência da modalidade no continente “berço”. Por isso, fazemos votos que os Sub 18 saibam honrar esse estatuto, por representarem a renovação da geração de craques que levantaram bem alto o nome do nosso país durante 20 anos.
Em situação difícil está o Petro de Luanda, actual campeão nacional em título, que na fase derradeira da competição já averbou duas derrotas, pelo que só o triunfo interessa aos comandados de Manuel da Silva “Gi”. Com as duas equipas a precisarem dos dois pontos, dado o desempenho da formação da vila de Calulo, que continua invicta nesta fase da prova, a partida de mais logo afigura-se difícil para os dois contendores. O internacional angolano Miguel Lutonta, atleta que nesta ponta final não tem sido opção do luso-guineense Mário Palma, pode não constar da lista dos eleitos para o prélio desta noite, em virtude de ter contraído uma lesão no joelho esquerdo.
Esta manhã, Mário Palma e os seus adjuntos vão traçar as últimas estratégias a fim de anularem as principais unidades da formação do Eixo-Viário. O défice nos lançamentos livres parece estar superado, dado o resultado da ronda anterior, em que a equipa do Rio Seco bateu de forma copiosa o ASA, por 103-64. Carlos Almeida, Joaquim Gomes “Kikas”, Reggie Moore, Armando Costa, Mário Correia, Felizardo Ambrósio e Domingos Bonifácio vão ser mais uma vez chamados a carregar o conjunto rubro-negro para mais uma vitória na fase final.
Manuel da Silva “Gi”, técnico que substituiu Alberto Babo no comando do Petro, tem à sua disposição todas as suas unidades. Moralizada com três vitórias consecutivas, a formação do Petro vê-se na obrigação de bater o 1º de Agosto, sob pena de dizer em definitivo adeus à revalidação do título nacional. A equipa petrolífera vai tentar tirar proveito do factor “casa”, para conquistar os dois pontos em disputa e manter intacto o sonho da reconquista do ceptro.
No seio da equipa petrolífera, o sentimento continua a ser de vitória, apesar de reconhecerem as potencialidades do seu adversário. Com 12 pontos à entrada da terceira jornada, os petrolíferos da capital querem assumir o segundo posto da fase final do “Nacional”. O Libolo continua na liderança da prova, agora com 14 pontos, seguido do 1º de Agosto, com 13. Petro está na terceira posição, com 12 pontos, ao passo que o Interclube ocupa o quarto posto com 10. ASA e Sporting de Cabinda têm sete pontos cada.
FRENTE AO SPORTING DE CABINDA
Libolo cumpre calendário
A equipa do Recreativo do Libolo, líder incontestável da fase final da 34ª edição do Campeonato Nacional de Basquetebol em seniores masculinos, com 14 pontos, defronta hoje, a partir das 16h00, no pavilhão principal da Cidadela Desportiva, o Sporting de Cabinda, num prélio em que Raul Duarte vai procurar poupar as suas principais unidades, tendo em vista o desafio da próxima terça-feira, diante do Petro de Luanda.
Raul Duarte vai por certo aproveitar o desafio desta tarde para dar maior tempo de jogo aos atletas que têm sido menos utilizados nesta etapa derradeira da prova, com principal realce para José Salvador, Mayzer Alexandre e Sydney Lima. Apesar de terem pela frente um adversário de longe inferior ao conjunto de Calulo, Raul Duarte afirmou, em declarações à comunicação social, que todas partidas nesta fase são para encarar com a maior determinação, para não serem surpreendidos.
O grémio do Kwanza-Sul procura o título inédito, depois de o ter falhado em duas ocasiões. Já o Sporting de Cabinda vai tentar contrariar ao máximo o favoritismo do Libolo. Ainda para a série A, o Interclube vai procurar reerguer-se frente ao ASA, depois de ter baqueado, na jornada anterior, diante do Libolo, por 87-80. O prélio está agendado para as 18h00, no Pavilhão 28 de Fevereiro. As emoções da série B, reservada às equipas que lutam do sétimo ao 12º posto, encerra hoje, às 16h00, com Vila Estoril a defrontar o Futebol Clube Vila Clotilde, no Pavilhão Anexo número dois. MC
BASQUETEBOL ZONAL VI DE SUB-18
Selecção trabalha em Maputo
A Selecção Nacional masculina de basquetebol de Sub-18 trabalha hoje em Maputo, capital de Moçambique, onde se encontra desde ontem à noite, para a disputa do torneio do Zonal VI, que tem início amanhã, às 16h00, no pavilhão do Desportivo de Maputo. A prova é qualificativa aos campeonatos africanos. Depois de uma viagem de quatro horas, a equipa aproveitou o período da manhã para descanso e tomam o primeiro contacto com o palco do evento à tarde, período em que o professor Elvínio Dias vai dirigir um treino táctico.
Apesar de ter ao seu dispor atletas com boa estrutura física e dotados de níveis técnicos satisfatórios, Elvínio Dias aposta no colectivismo e no recurso a uma defesa disciplinada para obter o passe para o “Africano”. Outro elemento importante é tirar o maior proveito dos sectores vulneráveis dos adversários. Com muita serenidade, Elvínio Dias disse ao Jornal dos Desportos que os jogos ganham-se na quadra e os resultados reflectem o trabalho de cada equipa.
Apesar de ter algumas informações sobre a selecção de Moçambique, adversário de abertura do torneio, amanhã, o técnico angolano assegura que ainda não se pode ter uma ideia concreta sobre o seu potencial. Apesar disso, a qualidade dos jogadores angolanos permite-lhe almejar a obtenção de uma das vagas para a maior prova do continente. O facto de os termómetros registarem temperaturas inferiores às de Luanda pode jogar em desfavor ao combinado nacional, mas as 24 horas que antecedem o primeiro jogo do torneio podem servir para adaptação da selecção nacional.
A equipa médica está atenta ao comportamento dos atletas para evitar constipações ou mesmo alguma gripe que possa influenciar pela negativa. “Tivemos tempo suficiente para nos prepararmos e os atletas estão decididos a fazer um bom torneio, motivo pelo qual julgamos que o apuramento vai ser concretizado”, disse Elvínio Dias.
Hélder Jeremias, em Maputo
CRÓNICA
Às margens do Índico pela “bola ao cesto”
Ao chegar à cidade de Maputo, foi fácil aperceber-me de que não estava num daqueles lugares onde somos obrigados a fazer um esforço redobrado para tornar o contacto com o nativo mais fluído, em função das enormes semelhanças entre o povo irmão do Índico e os angolanos, embora existam diferenças, é claro. Muito embora tenhamos chegado no período nocturno, acomodámo-nos sem grandes exercícios, pois a nossa presença chamou a atenção dos taxistas que estavam informados da chegada de uma aeronave vinda de Angola.
E, para nossa felicidade, com 500 meticais (moeda local), o Manuel fez questão de nos levar à baixa da cidade e dar dicas sobre os locais que poderíamos fazer de nosso aconchego nos dias que permanecermos na terra que viu nascer a antiga estrela do futebol mundial, Eusébio. Como levávamos uma referência dos nossos cambas aí da “banda”, fizemos questão de ir lá ter, mas preferimos optar por outras ofertas, até porque aqui, no país de Samora Machel, os serviços hoteleiros estão à altura dos nossos bolsos.
Como diria o meu companheiro de viagem Paulo Mulaza, “é só sair de Luanda que a saudade bate logo”, mas temos de confessar que, em determinados momentos, esqueço-me que estou fora da nossa terra, não só pela hospitalidade, mas, sobretudo, porque a nossa música invadiu as rádios locais. Em conversa com algumas pessoas, fica subjacente que, não obstante Angola ter cedido a titularidade do basquetebol continental no último Afrobasket, por sinal disputado cá perto, em Madagáscar, os moçambicanos ainda consideram o nosso país a maior referência da modalidade no continente “berço”. Por isso, fazemos votos que os Sub 18 saibam honrar esse estatuto, por representarem a renovação da geração de craques que levantaram bem alto o nome do nosso país durante 20 anos.
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