MOÇAMBIQUE : SUPERTAÇA COMPAL EM BASQUETEBOL - Esbanjar munições a caminho da guerra
SE os “tricolores” fossem militares, não somente teriam perdido a guerra como também – pior ainda – teriam sido todos mortos. É que, se estrategicamente estiveram bem na fase primária do seu confronto de despedida da Supertaça Compal em Basquetebol, sábado à noite, no Pavilhão da Cidadela, em Luanda, diante do CAB Madeira, a verdade, porém, manda dizer que no pico da guerra, na etapa fundamental e decisiva, já tinham esbanjado as munições, facto aproveitado pela formação portuguesa para triunfar folgadamente pela marca de 75-57.
Caracterizado por um equilíbrio que evidenciava o mesmo nível de prontidão combativa das tropas, o desafio teve um começo primoroso para o Maxaquene, mercê da sua boa defesa e de bem sucedidas rápidas saídas para o contra-ataque. Os “tricolores” pressionavam os madeirenses à volta dos 6,25 metros, não lhes oferecendo nem espaço nem tempo para os triplos. No ataque, a turma moçambicana tinha, essencialmente, Samora Mucavele e Custódio Muchate como seus artífices, com Michael Bonaparte também em noite de grande inspiração, para além da vitalidade que Abel Assane, Pedro Mourana, Armando Baptista e Ivan Cossa emprestavam ao jogo.
Terá sido nesta fase empolgante que o Maxaquene esbanjou os seus recursos e toda a sua capacidade atacante, pois, no começo do segundo período, viu o CAB uma outra disposição táctica e o técnico João Freitas a recorrer com insistência às suas unidades nucleares e aqueles que efectivamente desequilibram em todos os aspectos. Vai daí, a acção de Austin Kenon, Shawn Jackson, Fábio Lima e Jarvis Gunter veio ao de cima e começou a fazer se sentir com mais propriedade. Os madeirenses passaram à dianteira no marcador, iniciando assim uma reviravolta de certo modo facilitada pelo adversário, nessa altura a perder muitas bolas nos ressaltos defensivos – até parecia que os jogadores tinham de manteiga nas mãos, de tanto o esférico se lhes escapulir, inexplicavelmente.
Aliás, pode parecer incrível, mas é verdade: no segundo período, os “tricolores” apenas fizeram seis pontos. Pouco! Autenticamente insignificante para quem pretende ganhar uma partida, a menos que, subsequentemente, confiasse em poderes extraordinários, o que, conforme se viu, não foi o caso do Maxaquene, uma vez que a partir daí não mais conseguiu se superiorizar ao CAB.
É verdade que a turma moçambicana – que teve o seu jogador mais valioso, Fernando Manjate, no banco durante toda a contenda, por razões que o técnico Iňak Garcia assumem serem absolutamente suas – ainda encetou uma reacção que lhe possibilitou, por exemplo, reduzir de 13 para quatro pontos de diferença, no entanto, os portugueses, nessa altura menos pressionados e já com a pontaria mais afinada, acabaram “matando” o adversário a partir de triplos.
E, quanto mais a margem se dilatava, a capacidade de resposta do Maxaquene também reduzia drasticamente, sendo então visível o atirar da toalha ao chão, até porque as tentativas de minimizar o fosso, através de lançamentos dos 6,25 metros, resultavam infrutíferas. Sílvio Letela, o prodigioso triplista, esteve praticamente ausente neste capítulo, enquanto Samora e Custódio ainda tiveram algum sucesso, mesmo assim insuficiente para travar uma equipa madeirense entusiasmada e mais afoita em função do resultado favorável.
FICHA TÉCNICA
Pavilhão da Cidadela, em Luanda
Árbitros: Fernando Rocha, Fernando Pacheco e Francisco Clésio
MAXAQUENE (57) – Fernando Manjate (0), Manuel Uamusse (2), Samora Mucavele (16), Sílvio Letela (3), Celso Manave (0), Pedro Mourana (2), Ivan Costa (0), Custódio Muchate (12), Abel Assane (4), Sérgio Macuácua (0), Armando Baptista (5) e Michael Bonaparte (13)
Treinador: Iňak Garcia
CAB MADEIRA (75) – Austin Kenon (15), Shawn Jackson (14), Jaime Silva (3), Mário Fernandes (0), João Ferreirinho (10), Fábio Lima (20), Jorge Coelho (0), Bruno Cavalcante (0), Barry Shetzer (0), Jarvis Gunter (13), José Bettencourt (0) e José Correia (0)
Treinador: João Freitas
Marcha do marcador: 20-19, 26-32, 42-59, 57-75.
Petro vencedor
O PETRO Atlético de Luanda conquistou ontem à noite, no Pavilhão da Cidadela, em Luanda, a terceira edição da Supertaça Compal em Basquetebol. O triunfo dos “petrolíferos” aconteceu na sequência da sua vitória sobre o FC Porto por 64-51, na disputadíssima final da competição e que foi vivida com muito entusiasmo pelos milhares de fervorosos adeptos presentes na “catedral” da bola-ao-cesto angolana.
O Petro de Luanda, treinado pelo português Alberto Babo, que curiosamente defrontou na final a sua antiga equipa, sucede assim ao 1º de Agosto, vencedor da segunda edição, depois de o primeiro vencedor ter sido o Sport Lisboa e Benfica.
Numa outra partida espectacular, realizada sábado, o Recreativo do Libolo bateu o 1º de Agosto pela marca de 79-65. A raça e a excelente capacidade de crença e de recuperação dos libolenses foram a nota dominante desta contenda, se considerarmos que chegaram a ter uma desvantagem de cerca de 20 pontos, no primeiro período.
Classificação final: 1º Petro de Luanda, 2º FC Porto, 3º Libolo, 4º 1º de Agosto, 5º CAB Madeira e 6º Maxaquene.
Alexandre Zandamela, em Luanda
Caracterizado por um equilíbrio que evidenciava o mesmo nível de prontidão combativa das tropas, o desafio teve um começo primoroso para o Maxaquene, mercê da sua boa defesa e de bem sucedidas rápidas saídas para o contra-ataque. Os “tricolores” pressionavam os madeirenses à volta dos 6,25 metros, não lhes oferecendo nem espaço nem tempo para os triplos. No ataque, a turma moçambicana tinha, essencialmente, Samora Mucavele e Custódio Muchate como seus artífices, com Michael Bonaparte também em noite de grande inspiração, para além da vitalidade que Abel Assane, Pedro Mourana, Armando Baptista e Ivan Cossa emprestavam ao jogo.
Terá sido nesta fase empolgante que o Maxaquene esbanjou os seus recursos e toda a sua capacidade atacante, pois, no começo do segundo período, viu o CAB uma outra disposição táctica e o técnico João Freitas a recorrer com insistência às suas unidades nucleares e aqueles que efectivamente desequilibram em todos os aspectos. Vai daí, a acção de Austin Kenon, Shawn Jackson, Fábio Lima e Jarvis Gunter veio ao de cima e começou a fazer se sentir com mais propriedade. Os madeirenses passaram à dianteira no marcador, iniciando assim uma reviravolta de certo modo facilitada pelo adversário, nessa altura a perder muitas bolas nos ressaltos defensivos – até parecia que os jogadores tinham de manteiga nas mãos, de tanto o esférico se lhes escapulir, inexplicavelmente.
Aliás, pode parecer incrível, mas é verdade: no segundo período, os “tricolores” apenas fizeram seis pontos. Pouco! Autenticamente insignificante para quem pretende ganhar uma partida, a menos que, subsequentemente, confiasse em poderes extraordinários, o que, conforme se viu, não foi o caso do Maxaquene, uma vez que a partir daí não mais conseguiu se superiorizar ao CAB.
É verdade que a turma moçambicana – que teve o seu jogador mais valioso, Fernando Manjate, no banco durante toda a contenda, por razões que o técnico Iňak Garcia assumem serem absolutamente suas – ainda encetou uma reacção que lhe possibilitou, por exemplo, reduzir de 13 para quatro pontos de diferença, no entanto, os portugueses, nessa altura menos pressionados e já com a pontaria mais afinada, acabaram “matando” o adversário a partir de triplos.
E, quanto mais a margem se dilatava, a capacidade de resposta do Maxaquene também reduzia drasticamente, sendo então visível o atirar da toalha ao chão, até porque as tentativas de minimizar o fosso, através de lançamentos dos 6,25 metros, resultavam infrutíferas. Sílvio Letela, o prodigioso triplista, esteve praticamente ausente neste capítulo, enquanto Samora e Custódio ainda tiveram algum sucesso, mesmo assim insuficiente para travar uma equipa madeirense entusiasmada e mais afoita em função do resultado favorável.
FICHA TÉCNICA
Pavilhão da Cidadela, em Luanda
Árbitros: Fernando Rocha, Fernando Pacheco e Francisco Clésio
MAXAQUENE (57) – Fernando Manjate (0), Manuel Uamusse (2), Samora Mucavele (16), Sílvio Letela (3), Celso Manave (0), Pedro Mourana (2), Ivan Costa (0), Custódio Muchate (12), Abel Assane (4), Sérgio Macuácua (0), Armando Baptista (5) e Michael Bonaparte (13)
Treinador: Iňak Garcia
CAB MADEIRA (75) – Austin Kenon (15), Shawn Jackson (14), Jaime Silva (3), Mário Fernandes (0), João Ferreirinho (10), Fábio Lima (20), Jorge Coelho (0), Bruno Cavalcante (0), Barry Shetzer (0), Jarvis Gunter (13), José Bettencourt (0) e José Correia (0)
Treinador: João Freitas
Marcha do marcador: 20-19, 26-32, 42-59, 57-75.
Petro vencedor
O PETRO Atlético de Luanda conquistou ontem à noite, no Pavilhão da Cidadela, em Luanda, a terceira edição da Supertaça Compal em Basquetebol. O triunfo dos “petrolíferos” aconteceu na sequência da sua vitória sobre o FC Porto por 64-51, na disputadíssima final da competição e que foi vivida com muito entusiasmo pelos milhares de fervorosos adeptos presentes na “catedral” da bola-ao-cesto angolana.
O Petro de Luanda, treinado pelo português Alberto Babo, que curiosamente defrontou na final a sua antiga equipa, sucede assim ao 1º de Agosto, vencedor da segunda edição, depois de o primeiro vencedor ter sido o Sport Lisboa e Benfica.
Numa outra partida espectacular, realizada sábado, o Recreativo do Libolo bateu o 1º de Agosto pela marca de 79-65. A raça e a excelente capacidade de crença e de recuperação dos libolenses foram a nota dominante desta contenda, se considerarmos que chegaram a ter uma desvantagem de cerca de 20 pontos, no primeiro período.
Classificação final: 1º Petro de Luanda, 2º FC Porto, 3º Libolo, 4º 1º de Agosto, 5º CAB Madeira e 6º Maxaquene.
Alexandre Zandamela, em Luanda
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