ANGOLA : Fracasso no Mundial da Turquia marcou ano da Selecção Nacional
Na sua sexta presença em fases finais de um Campeonato do Mundo de Basquetebol em seniores masculinos, a Selecção Nacional não foi além do 15º lugar na edição número 16 do Campeonato do Mundo, disputada na Turquia, o que foi considerado um autêntico fracasso, a julgar pelo valor do conjunto nacional. Aliás, depois do brilharete de 2006, no Mundial do Japão, onde os decacampeões africanos conseguiram o honroso nono lugar, num universo de 24 selecções, posição que encheu de orgulho a Nação angolana, em particular, e o continente, no geral, esperava-se uma melhor campanha do cinco nacional no Mundial da Turquia. Com presença constante em competições do género, depois da sua estreia em 1986, em Espanha, tendo falhado apenas a edição de 1998, os angolanos deixaram uma imagem negativa no certame, ganho pelos Estados Unidos da América.
Competindo ao lado das selecções da Alemanha, Argentina, Austrália, Sérvia e Jordânia, no Grupo A, o combinado nacional conseguiu apenas dois triunfos, frente à Alemanha (92-88 após prolongamento-78-78 no tempo regulamentar), um resultado histórico, e outra diante da Jordânia (79-65). Além da má classificação (15º lugar num universo de 24 selecções), o cinco nacional, orientado pelo técnico português Luís Magalhães, perdeu por 44-94 frente à Sérvia que, diga-se, é superior ao combinado angolano. Desde que começou a competir ao mais alto nível, nunca o cinco nacional havia perdido por uma margem de 49 pontos. Ainda na primeira fase, os Decacampeões Africanos perderam frente a Argentina, por 70-91, um triunfo natural em face do poderio do adversário. Frentes a Austrália, os angolanos perderem por 55-76. E nos oitavos-de-final, o cinco nacional foi copiosamente batido por 121-66. Apesar de terem transitado para a segunda fase da referida competição, os decacampeões africanos não conseguiram manter o nono lugar da edição de 2006.
Desorganização da Federação
concorreu para a má campanha
Ao contrário de anos anteriores, em que se verificou uma aposta séria na criação das melhores condições de trabalho para a Selecção Nacional de sénior masculina de basquetebol, no ano que anteontem disse adeus, a preparação dos decacampeões africanos teve muito a desejar. Sem as habituais ajudas de custos, a Selecção Nacional segiu para os Estados Unidos, onde supostamente estavam agendados jogos de controlo. Ali chegado, o cinco nacional foi obrigado a jogar com um grupo de jogadores de rua. Depois, o combinado nacional embarcou para o Brasil, onde participou num torneio internacional. Já na Itália, a Selecção voltou a debater-se com a ausência de jogos de controlo. Com dois jogos realizados em Itália, o cinco nacional partiu para o palco da competição, com o propósito de melhor a classificação de 2006, ou, na pior da hipóteses, manter o nono lugar. Depois da preparação atribulada, era quase que previsível o descalabro do cinco nacional no Campeonato do Mundo da Turquia. MC
A promessa
de Gustavo da Conceição
Ainda no calor da preparação atribulada do cinco nacional, Gustavo da Conceição, presidente da Federação Angolana de Basquetebol, chamou a imprensa para contrariar as informações que os órgãos de comunicação social difundiam, na altura, sobre às peripécias que os decacampeões africanos estavam a passar no estágio pré-competitivo. Na ocasião, Gustavo da Conceição assumiu que não havia qualquer descontentamento no seio do grupo, tendo reiterado que o conjunto angolano estava preparado para melhorar a classificação da edição de 2006. O número um da FAB prometeu, então, que logo após o termo do Mundial, a sua direcção iria chamar a imprensa para balancear a participação do combinado nacional no XVI Campeonato do Mundo. Passados seis meses, o prometido balanço está por se fazer. Daí, a pergunta será que o balanço será feito no ano que hoje começa?
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