MOÇAMBIQUE : TAÇA DOS CAMPEÕES AFRICANOS DE BASQUETEBOL SÉNIOR FEMININO - Desportivo cruza-se com congolesas

DEPOIS de uma sensacional prestação na fase de grupos, o Desportivo entra hoje numa nova etapa da Taça dos Campeões Africanos de Basquetebol Sénior Feminino defrontando o Arc-En-Ciel do RD Congo em desafio dos quartos-de-final.Maputo, Quinta-Feira, 25 de Novembro de 2010:: Notícias
A julgar por aquilo que foram as exibições das “alvi-negras” na primeira fase é legítimo afirmar-se que o passaporte para as meias-finais já está carimbado. Aliás, só uma catástrofe pode impedir que a equipa moçambicana siga em frente. É que os números apresentados na fase regular são esclarecedores da força das bicampeãs africanas. Em quatro jogos realizados somou igual número de vitórias não dando espaço de manobra até aqueles que eram vistos como um “osso” muito duro de roer. Neste aspecto é de realçar a vitória sobre o First Bank, detentor do título, por uma margem volumosa de 15 pontos (72-57).

As “águias” estiveram indomáveis tendo ganho e convencido todas as equipas que cruzaram o seu caminho no Grupo B. O ABC da Costa do Marfim, que as tinha eliminado na edição passada nas meias-finais, sentiu a mão pesada e afinada das comandadas de Nazir Salé, tendo perdido por 62-69. No último despique frente ao INJS dos Camarões voltou a mostrar todo o seu poderio vencendo, por 78-34.

Na estreia diante do Saint-Louise do Senegal, um adversário visto como de grande dimensão devido à boa estatura das suas jogadoras, no entanto as “alvi-negras” não se intimidaram e puseram a nu as lacunas das senegalesas e venceram, por 93-21, tendo ficado a sete da “chapa 100”.

O percurso do Desportivo é invejável. Fala por si e, por isso mesmo, tendo em conta que vai entrar para uma fase do “mata-mata” em que a responsabilidade é acrescida e a margem de erro não existe, não deverá sentir muitas dificuldades para superar o Arc-En-Ciel que ocupou a quarta posição no Grupo B muito graças ao triunfo na terceira jornada sobre o Basket-Ball Club Mahamasina do Madagáscar, por 84-73, facto que lhe permitiu sair em vantagem no confronto directo com a equipa malgaxe visto que as duas terminaram empatadas em cinco pontos.

Os primeiros minutos adivinham-se de conhecimento mútuo visto que pela primeira vez o Desportivo e o BBCM esgrimem forças entre si. Mas é preciso ressalvar que a turma “alvi-negra” goza de ter um plantel repleto de jogadoras com elevado grau de experiência. Muitas delas desfrutam do facto de serem bicampeãs africanas na medida em que terão pulso para serem elas a assumirem o jogo e assim partirem para uma vitória que se espera fácil.

A equipa “alvi-negra” viu reforçado o grupo com a integração da americana Yolanda Jones que deu à equipa um outro perfume próprio das terras da NBA. Outro reforço de peso é a camaronesa Alvine Mendengue. Ambas têm constituído, a par das moçambicanas Valerdina Mahonga, Diarra Dessai, Anabela Cossa, Filomena Micato, Kátia Halar e Leia Dongue, um esquadrão de morte.