ANGOLA : Antigo capitão da selecção apela à preservação de valores
O ex-internacional Herlander Coimbra apelou hoje os clubes para maior trabalho nas camadas de formação, visando manter, a nível de selecções, a qualidade técnico-táctica que caracteriza o basquetebol angolano e o diferencie ao praticado no resto do continente.
Falando à Angop a propósito do Dia Nacional do Basquetebol, que se assinala terça-feira (18 de Maio), o ex-capitão da selecção nacional manifestou-se preocupado com o actual estado da modalidade, considerando existir alguma quebra na sua qualidade, resultante, entre outros factores, do reduzido número de atletas de valia nas posições um (base) e dois (extremo) nos últimos tempos.
Referiu que a modalidade enfrentará sérios problemas no futuro, caso os clubes não invistam mais nas camadas jovens, pois tem se dado erradamente prioridade aos seniores.
Contrariamente aos anos idos, disse, a formação dos mais novos parece ser esquecida e quase tem se ficado “desordenado” quanto à sistemas tácticos, situação que no seu entender contribui para a escassez de jogadores das posições acima referenciadas dotados de atributos que considera indispensáveis à alta competição, como capacidade de liderança e conversão, calma, inteligência, experiência e elevado espírito de colectivismo.
Perspectivando para mais algum tempo a hegemonia no continente, apesar da diminuição de tais requisitos, Herlander lamenta a perda de especialistas na linha dos seis metros e vinte e cinco centímetros e a ausência de cultura táctica que diz ter se “apossado” dos extremos nacionais.
“Os que lá estão têm pouca experiência. Hoje em dia todos querem lançar e individualizam mais o jogo, já não sendo notável aquela disciplina táctica”, afirmou aludindo ao passado em que se notabilizavam, além de si, extremos como Manuel Sousa “Necas”, José Carlos Guimarães, Aníbal Moreira, Ângelo Victoriano, Jacinto Oli “Jabila”, Eurico Júnior e Victor de Carvalho.
Quanto à posição base, apontou os atletas Miguel Lutonda e Armando Costa como referências no que concerne a capacidade de aliar os requisitos (liderança, conversão, calma, inteligência, experiência e elevado espírito de colectivismo) à técnica que possuem, mas alertou para a necessidade de se “produzir” talentos, em função da idade de ambos (39 anos o primeiro e 26 o segundo), o que na sua opinião constitui “ameaça” para os próximos tempos.
De forma a se ultrapassar tal situação, o actual treinador das equipas de cadetes e juniores masculinos do 1º de Agosto defende maior acompanhamento aos atletas, sugerindo, além de árduo trabalho a partir da base, a introdução de psicólogos quer seja nos clubes como na selecção.
Herlander Coimbra conquistou cinco títulos africanos ao serviço da selecção e participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona92 e Atlanta96, assim como nos mundiais de 1990, na Argentina, e 1994, no Canadá, tendo sido neste último o
Falando à Angop a propósito do Dia Nacional do Basquetebol, que se assinala terça-feira (18 de Maio), o ex-capitão da selecção nacional manifestou-se preocupado com o actual estado da modalidade, considerando existir alguma quebra na sua qualidade, resultante, entre outros factores, do reduzido número de atletas de valia nas posições um (base) e dois (extremo) nos últimos tempos.
Referiu que a modalidade enfrentará sérios problemas no futuro, caso os clubes não invistam mais nas camadas jovens, pois tem se dado erradamente prioridade aos seniores.
Contrariamente aos anos idos, disse, a formação dos mais novos parece ser esquecida e quase tem se ficado “desordenado” quanto à sistemas tácticos, situação que no seu entender contribui para a escassez de jogadores das posições acima referenciadas dotados de atributos que considera indispensáveis à alta competição, como capacidade de liderança e conversão, calma, inteligência, experiência e elevado espírito de colectivismo.
Perspectivando para mais algum tempo a hegemonia no continente, apesar da diminuição de tais requisitos, Herlander lamenta a perda de especialistas na linha dos seis metros e vinte e cinco centímetros e a ausência de cultura táctica que diz ter se “apossado” dos extremos nacionais.
“Os que lá estão têm pouca experiência. Hoje em dia todos querem lançar e individualizam mais o jogo, já não sendo notável aquela disciplina táctica”, afirmou aludindo ao passado em que se notabilizavam, além de si, extremos como Manuel Sousa “Necas”, José Carlos Guimarães, Aníbal Moreira, Ângelo Victoriano, Jacinto Oli “Jabila”, Eurico Júnior e Victor de Carvalho.
Quanto à posição base, apontou os atletas Miguel Lutonda e Armando Costa como referências no que concerne a capacidade de aliar os requisitos (liderança, conversão, calma, inteligência, experiência e elevado espírito de colectivismo) à técnica que possuem, mas alertou para a necessidade de se “produzir” talentos, em função da idade de ambos (39 anos o primeiro e 26 o segundo), o que na sua opinião constitui “ameaça” para os próximos tempos.
De forma a se ultrapassar tal situação, o actual treinador das equipas de cadetes e juniores masculinos do 1º de Agosto defende maior acompanhamento aos atletas, sugerindo, além de árduo trabalho a partir da base, a introdução de psicólogos quer seja nos clubes como na selecção.
Herlander Coimbra conquistou cinco títulos africanos ao serviço da selecção e participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona92 e Atlanta96, assim como nos mundiais de 1990, na Argentina, e 1994, no Canadá, tendo sido neste último o
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