CABO VERDE : Seven quer ser maior clube desportivo do país
O Seven Stars ganhou um novo fulgor, trazendo um maior índicie de competitividade no basquetebol de Santiago, graças à aposta feita em jogadores de qualidade, que souberam elevar o nome do clube nas diversas competições realizadas nessa região desportiva e na participação no torneio internacional, que contou com a participação do Desportivo de Huíla. O presidente da direcção Seven Stars, Daniel Monteiro diz que é preciso garantir a sustentabilidade financeira do clube para que possa alcançar outros objectivos.
O Seven atravessou um longo período de letargia, mas hoje, com a direcção que preside nota-se um certo dinamismo no seio do clube. Esta postura é para manter ou há perigo de um retrocesso no processo de desenvolvimento do clube?
Não há perigo nenhum de retrocesso. Antes pelo contrário, o Seven é hoje um clube muito mais coeso, com projectos ambiciosos, com uma linha clara de gestão que assenta em pilares como rigor, disciplina, fair-play, mas também muita garra em vencer jogos no terreno. O nosso marketing não é só externo, procuramos e investimos no marketing interno, nos atletas e nos dirigentes, que hoje são uma família. Fomos à procura de fundadores do clube, de simpatizantes e ex-atletas que há muitos anos estavam desligados do basket. Temos por obrigação, este ano, fazer muito mais e melhor.
Mas quando entrou não havia esse índice de organização?
Sim, mas repare que só organização não chega. Ela é muito necessária mas não suficiente. Como Presidente preocupa-me neste momento a sustentabilidade financeira do Clube, para que possamos fazer voos mais altos. De nada serve uma grande organização, bem hierarquizada e funcional, se você se depara sistematicamente com problemas financeiros básicos, que não consegue dar vazão. São tantas as pressões que esse amadorismo de outrora já está ultrapassado. Portanto, a boa organização é útil se conduz o Clube no sentido de ter força financeira suficiente para levar adiante os projectos. É tempo de os clubes adoptarem uma gestão mais empresarial, e posso lhe dizer que é o que pretendo implementar no Seven Stars. O Clube vai ser uma empresa dentro de pouco tempo. Temos todas as condições para isso.
O Seven já entrou nos eixos, participando activamente nas diversas competições de Basquetebol de Santiago Sul. Quais são os próximos desafios do clube?
Esta época estamos no basquetebol e no andebol. Ainda não está excluída a nossa participação no Voleibol. Estamos em condições de ganhar o troféu máximo, nas duas modalidades. Mas, de entre muitos outros desafios desportivos, posso lhe confessar que o que me move actualmente é fazer do Seven Stars o maior clube desportivo de Cabo Verde, dentro de 3 anos.
E o investimento nos escalões de formação?
É uma das grandes apostas que temos. Sobretudo a nível dos iniciados. Estamos neste momento a ultimar alguns contactos com vista a termos um espaço nosso para os treinos. Em Janeiro, vamos ter o nosso autocarro que fará a recolha dos alunos em casa. Os pais já não precisam de se deslocar ao local de treino só para o efeito. Na nossa futura sede vamos ter um espaço de convívio e multimédia. Poderão esses aprendizes assistir a jogos internacionais, isto é muito útil quando se aprende. Como vê, estamos a criar as bases para se poder fazer algo de sério, ambicioso e útil para a Sociedade.
Essa aposta tem dado frutos?
Vai dar... a avaliar pelas solicitações que temos tido por parte dos pais, estou certo que vais ser um grande sucesso.
Mas o caminho que o basquetebol está a ter, com a "profissionalização" pode comprometer o trabalho daqueles que apostam na formação?
Não há incompatibilidade nenhuma. Temos é que parar de pensar que formação rima com voluntariado e amadorismo. Os nossos formadores são pagos para ensinar. O condutor do autocarro será remunerado pelo trabalho que faz. Aos nossos aprendizes é-lhes exigido uma comparticipação. Se queremos fazer um trabalho sério, isto tem os seus custos.
Quais são os eixos principais da sua gestão?
Antes de tudo, introduzimos mais rigor e organização na gestão. Hoje o Seven já funciona com um orçamento e um organigrama bem definidos. Por outro lado, descentralizamos o poder de decisão, que não se encontra exclusivamente no Presidente. O Seven é uma família incrivelmente unida, onde todos trabalham. A curto prazo, pretendemos que o clube se torne numa empresa no ramo desportivo, com capacidade de gerar receitas e mais valias... Por enquanto, o clube está a priorizar o reforço da campanha de angariação de sócios. Posso lhe informar que isto tem decorrido de maneira excelente, e mais, o Seven hoje entra nos seus custos fixos mensais somente graças às quotizações dos Sócios. Mas queremos mais. Pretendemos atingir até meados da próxima época cerca de 1.500 sócios. Os patrocínios servem para futuros investimentos, sobretudo na aquisição da nossa sede, que está para breve, e na assunção de despesas extraordinárias. Estamos também a aumentar o número de atletas e a participar cada vez em mais modalidades, que darão certamente maior visibilidade ao clube.
Que política de patrocínios?
Neste momento o nosso clube tem 2 mil contos por ano em patrocínio, provenientes de 3 empresas, não é segredo. Temos condições para aumentar esse montante. O envolvimento de mais empresas no basquetebol é importantíssimo. Acho que os outros clubes deveriam também priorizar mais esta via. Aliás, é visão do nosso clube que se queremos ter basket espectáculo e de qualidade no Gimno terá que haver um equilíbrio de forças entre as equipas. O Seven quer que as outras equipas sejam também cada vez mais fortes. Todos temos a ganhar. Portanto, encorajo as equipas a procurar mais patrocinadores. No caso concreto do meu clube é importante que também sejamos capazes de gerar as nossas próprias receitas, que poderão eventualmente passar uma combinação de oferta, comercialização e intermediação de serviços, de bens, de poder vender a nossa marca, imprimindo prestígio ao nome do Clube.
Quais são as actividades para o encerramento do ano do XXº Aniversário?
Para o encerramento do XXXº Aniversário, vamos agendar uma cerimónia formal que servirá para homenagear alguns atletas nossos que fizeram história no clube, como Jonnhy, Fefa, Betty. Haverá o Lançamento do nosso Site, completamente refeito, a apresentação das empresas com as quais assinaremos protocolos de cooperação, que terão como fim oferecer condições especiais aos nossos Sócios está também programada para esse dia. Posso lhe avançar, desde já, que já aderiram cerca de 15 empresas, de Restaurantes a Clínicas, passando por Hotéis, Rent a Car etc. Isto significa que hoje mais do que nunca vale a pena ser sócio do Seven Stars...e por fim tencionamos lançar publicamente a Fundação Carlos Hopffer ´Caíto´ que é um projecto ambicioso e revolucionário a nível do desporto nacional, a render homenagem ao malogrado que foi um dos fundadores e atleta de referência do clube.
Que avaliação faz do basquetebol em Santiago e em Cabo Verde de uma forma geral?
Precisa de mais dinâmica, mais envolvimento. Corremos o risco de a nível técnico atingirmos a estagnação. Aliás, costumo dizer que tecnicamente o Basket não evoluiu quase nada, desde os meus tempos quando jogava, já lá vão mais de vinte anos. Isto não pode ser.
Mas existe ainda a situação relacionada com a decisão do título. Qual é o ponto de situação?
O que lhe posso dizer é que para o Seven as atenções estão todas voltadas para a próxima época.
A associação Regional de basquetebol está sem direcção. O que é que o Seven pretende fazer no sentido de viabilizar uma nova direcção?
Vamos apresentar uma lista nova, com caras novas. Os contactos estão ainda a decorrer.
E em relação à Federação, que avaliação faz da actual direcção?
Precisa de celeridade nas decisões, sobretudo as de carácter jurisdicional. Não se pode bloquear o campeonato, com todas as consequências nefastas que isto acarreta, por pequenos conflitos, dúvidas ou polémicas. A celeridade é tão importante quanto a tomada de decisão. Precisa de traçar outras estratégias no sentido de buscar meios para financiar o basket. É inútil insistir nessa política de mendigar e de tapar buracos. Não descolamos nunca mais...e o desporto continua a ser o que é.
Defende então eleições antecipadas na FCBB?
Defendo outra forma de ver e gerir o basquetebol neste país. Defendo outros paradigmas de gestão do desporto. Temos que nos consciencializarmos que o amadorismo puro e duro já não vale nada. Defendo outra dinâmica, sobretudo na procura de fundos quer no país quer fora. Chega de políticas de tapar buracos. Portanto, é um problema de projectos e de compromisso em implementá-los. O basket precisa estar urgentemente em outros patamares, até por uma questão de historial da modalidade. Se esta direcção não consegue imprimir esta mudança que se impõe, então sim, sou favorável ao aparecimento de novas listas.
Do seu ponto de vista o que é preciso fazer a curto e médio prazos no sentido de introduzir melhorias na gestão da modalidade.
Passa pelo envolvimento de mais empresas. Se formos capazes de fazer do basket uma disputa de marketing entre as empresas, poderemos facilmente melhorar o nosso nível, mas terá que também ser acompanhado de outras medidas que passarão por uma associação organizada e com credibilidade, uma Federação mais ambiciosa e célere. Com estes ingredientes poderemos atingir o basket espectáculo. Em Angola, quando o Petro defronta o 1º de Agosto, Luanda pára. Todo o mundo se desloca ao recinto desportivo para assistir ao jogo. Será impossível atingirmos esse patamar na Praia?
O Seven atravessou um longo período de letargia, mas hoje, com a direcção que preside nota-se um certo dinamismo no seio do clube. Esta postura é para manter ou há perigo de um retrocesso no processo de desenvolvimento do clube?
Não há perigo nenhum de retrocesso. Antes pelo contrário, o Seven é hoje um clube muito mais coeso, com projectos ambiciosos, com uma linha clara de gestão que assenta em pilares como rigor, disciplina, fair-play, mas também muita garra em vencer jogos no terreno. O nosso marketing não é só externo, procuramos e investimos no marketing interno, nos atletas e nos dirigentes, que hoje são uma família. Fomos à procura de fundadores do clube, de simpatizantes e ex-atletas que há muitos anos estavam desligados do basket. Temos por obrigação, este ano, fazer muito mais e melhor.
Mas quando entrou não havia esse índice de organização?
Sim, mas repare que só organização não chega. Ela é muito necessária mas não suficiente. Como Presidente preocupa-me neste momento a sustentabilidade financeira do Clube, para que possamos fazer voos mais altos. De nada serve uma grande organização, bem hierarquizada e funcional, se você se depara sistematicamente com problemas financeiros básicos, que não consegue dar vazão. São tantas as pressões que esse amadorismo de outrora já está ultrapassado. Portanto, a boa organização é útil se conduz o Clube no sentido de ter força financeira suficiente para levar adiante os projectos. É tempo de os clubes adoptarem uma gestão mais empresarial, e posso lhe dizer que é o que pretendo implementar no Seven Stars. O Clube vai ser uma empresa dentro de pouco tempo. Temos todas as condições para isso.
O Seven já entrou nos eixos, participando activamente nas diversas competições de Basquetebol de Santiago Sul. Quais são os próximos desafios do clube?
Esta época estamos no basquetebol e no andebol. Ainda não está excluída a nossa participação no Voleibol. Estamos em condições de ganhar o troféu máximo, nas duas modalidades. Mas, de entre muitos outros desafios desportivos, posso lhe confessar que o que me move actualmente é fazer do Seven Stars o maior clube desportivo de Cabo Verde, dentro de 3 anos.
E o investimento nos escalões de formação?
É uma das grandes apostas que temos. Sobretudo a nível dos iniciados. Estamos neste momento a ultimar alguns contactos com vista a termos um espaço nosso para os treinos. Em Janeiro, vamos ter o nosso autocarro que fará a recolha dos alunos em casa. Os pais já não precisam de se deslocar ao local de treino só para o efeito. Na nossa futura sede vamos ter um espaço de convívio e multimédia. Poderão esses aprendizes assistir a jogos internacionais, isto é muito útil quando se aprende. Como vê, estamos a criar as bases para se poder fazer algo de sério, ambicioso e útil para a Sociedade.
Essa aposta tem dado frutos?
Vai dar... a avaliar pelas solicitações que temos tido por parte dos pais, estou certo que vais ser um grande sucesso.
Mas o caminho que o basquetebol está a ter, com a "profissionalização" pode comprometer o trabalho daqueles que apostam na formação?
Não há incompatibilidade nenhuma. Temos é que parar de pensar que formação rima com voluntariado e amadorismo. Os nossos formadores são pagos para ensinar. O condutor do autocarro será remunerado pelo trabalho que faz. Aos nossos aprendizes é-lhes exigido uma comparticipação. Se queremos fazer um trabalho sério, isto tem os seus custos.
Quais são os eixos principais da sua gestão?
Antes de tudo, introduzimos mais rigor e organização na gestão. Hoje o Seven já funciona com um orçamento e um organigrama bem definidos. Por outro lado, descentralizamos o poder de decisão, que não se encontra exclusivamente no Presidente. O Seven é uma família incrivelmente unida, onde todos trabalham. A curto prazo, pretendemos que o clube se torne numa empresa no ramo desportivo, com capacidade de gerar receitas e mais valias... Por enquanto, o clube está a priorizar o reforço da campanha de angariação de sócios. Posso lhe informar que isto tem decorrido de maneira excelente, e mais, o Seven hoje entra nos seus custos fixos mensais somente graças às quotizações dos Sócios. Mas queremos mais. Pretendemos atingir até meados da próxima época cerca de 1.500 sócios. Os patrocínios servem para futuros investimentos, sobretudo na aquisição da nossa sede, que está para breve, e na assunção de despesas extraordinárias. Estamos também a aumentar o número de atletas e a participar cada vez em mais modalidades, que darão certamente maior visibilidade ao clube.
Que política de patrocínios?
Neste momento o nosso clube tem 2 mil contos por ano em patrocínio, provenientes de 3 empresas, não é segredo. Temos condições para aumentar esse montante. O envolvimento de mais empresas no basquetebol é importantíssimo. Acho que os outros clubes deveriam também priorizar mais esta via. Aliás, é visão do nosso clube que se queremos ter basket espectáculo e de qualidade no Gimno terá que haver um equilíbrio de forças entre as equipas. O Seven quer que as outras equipas sejam também cada vez mais fortes. Todos temos a ganhar. Portanto, encorajo as equipas a procurar mais patrocinadores. No caso concreto do meu clube é importante que também sejamos capazes de gerar as nossas próprias receitas, que poderão eventualmente passar uma combinação de oferta, comercialização e intermediação de serviços, de bens, de poder vender a nossa marca, imprimindo prestígio ao nome do Clube.
Quais são as actividades para o encerramento do ano do XXº Aniversário?
Para o encerramento do XXXº Aniversário, vamos agendar uma cerimónia formal que servirá para homenagear alguns atletas nossos que fizeram história no clube, como Jonnhy, Fefa, Betty. Haverá o Lançamento do nosso Site, completamente refeito, a apresentação das empresas com as quais assinaremos protocolos de cooperação, que terão como fim oferecer condições especiais aos nossos Sócios está também programada para esse dia. Posso lhe avançar, desde já, que já aderiram cerca de 15 empresas, de Restaurantes a Clínicas, passando por Hotéis, Rent a Car etc. Isto significa que hoje mais do que nunca vale a pena ser sócio do Seven Stars...e por fim tencionamos lançar publicamente a Fundação Carlos Hopffer ´Caíto´ que é um projecto ambicioso e revolucionário a nível do desporto nacional, a render homenagem ao malogrado que foi um dos fundadores e atleta de referência do clube.
Que avaliação faz do basquetebol em Santiago e em Cabo Verde de uma forma geral?
Precisa de mais dinâmica, mais envolvimento. Corremos o risco de a nível técnico atingirmos a estagnação. Aliás, costumo dizer que tecnicamente o Basket não evoluiu quase nada, desde os meus tempos quando jogava, já lá vão mais de vinte anos. Isto não pode ser.
Mas existe ainda a situação relacionada com a decisão do título. Qual é o ponto de situação?
O que lhe posso dizer é que para o Seven as atenções estão todas voltadas para a próxima época.
A associação Regional de basquetebol está sem direcção. O que é que o Seven pretende fazer no sentido de viabilizar uma nova direcção?
Vamos apresentar uma lista nova, com caras novas. Os contactos estão ainda a decorrer.
E em relação à Federação, que avaliação faz da actual direcção?
Precisa de celeridade nas decisões, sobretudo as de carácter jurisdicional. Não se pode bloquear o campeonato, com todas as consequências nefastas que isto acarreta, por pequenos conflitos, dúvidas ou polémicas. A celeridade é tão importante quanto a tomada de decisão. Precisa de traçar outras estratégias no sentido de buscar meios para financiar o basket. É inútil insistir nessa política de mendigar e de tapar buracos. Não descolamos nunca mais...e o desporto continua a ser o que é.
Defende então eleições antecipadas na FCBB?
Defendo outra forma de ver e gerir o basquetebol neste país. Defendo outros paradigmas de gestão do desporto. Temos que nos consciencializarmos que o amadorismo puro e duro já não vale nada. Defendo outra dinâmica, sobretudo na procura de fundos quer no país quer fora. Chega de políticas de tapar buracos. Portanto, é um problema de projectos e de compromisso em implementá-los. O basket precisa estar urgentemente em outros patamares, até por uma questão de historial da modalidade. Se esta direcção não consegue imprimir esta mudança que se impõe, então sim, sou favorável ao aparecimento de novas listas.
Do seu ponto de vista o que é preciso fazer a curto e médio prazos no sentido de introduzir melhorias na gestão da modalidade.
Passa pelo envolvimento de mais empresas. Se formos capazes de fazer do basket uma disputa de marketing entre as empresas, poderemos facilmente melhorar o nosso nível, mas terá que também ser acompanhado de outras medidas que passarão por uma associação organizada e com credibilidade, uma Federação mais ambiciosa e célere. Com estes ingredientes poderemos atingir o basket espectáculo. Em Angola, quando o Petro defronta o 1º de Agosto, Luanda pára. Todo o mundo se desloca ao recinto desportivo para assistir ao jogo. Será impossível atingirmos esse patamar na Praia?
1 Comments:
é quase impossível em Cabo Verde encherem um campo de basquetebol como em Angola ...pois em Angola o basquetebol é o desporto rei e em CABO VERDE É O FUTEBOL.
By taag, at 19/8/09 10:38
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