ANGOLA : Atletas do União da Catumbela reclamam atraso de três meses de salários
Os atletas da União Desportiva e Recreativa da Catumbela andam desapontados e ameaçam desistir do campeonato nacional sénior masculino de basquetebol se a direcção do clube não pagar os três meses de salário em atraso, dos atletas e equipa técnica. Segundo fontes contactadas pelo Jornal dos Desportos a situação é tão grave, que os atletas da única equipa representante da modalidade na prova, decidiram mesmo não voltar a jogar sem que, primeiro, a direcção satisfaça as suas exigências. Face esta realidade, há mesmo quem aventa a hipótese de se avançar com uma greve.“Estamos a ser vítima dos nossos esforços. Somos forçados a jogar sem pão para os nossos filhos e, como se não bastasse, exigem de nós duplo esforço para ganharmos jogos, o que não é possivel aguentar”, desabafou um atleta.“Sem o mínimo de esplendor, vêm a público e dizem tudo contra nós, quando na verdade, esquecem-se da componente essencial: o dinheiro, que nos falta há três meses. É duro, por isso estamos tristes com isso. Não dizem nada e nós não sabemos nada sobre o que se terá passado de concreto. É tudo à base de promessas falsas que vivemos nesses últimos tempos. Por isso, decidimos colocar um basta em mentiras”, comentou outro jogador.O JD tentou ouvir dirigentes ligados a União da Catumbela para se esclarecer a situação, mas não conseguiu pois as pessoas ouvidas revelaram desconhecimento do que se passa no clube, mais concretamente com o atraso dos salários de três meses e disseram que é um assunto que apenas o presidente do clube deveria responder.Verdade ou mentira, o facto é que os atletas fazem finca-pé e decidiram mesmo não mais jogar enquanto não resolverem o problema. Foi assim que não foram a Cabinda, onde deveriam jogar na passada quinta-feira frente ao Promade e não se deslocaram a Luanda onde teriam pela frente o GD Nocal e o Embondeiro de Viana. “Vontade não nos falta, tanto é que estamos a treinar todos os dias para mantermos a nossa forma desportiva do ponto de visto técnico-atlético, mas como diz o velho ditado: ‘saco vazio não fica de pé’”, desabafaram, afirmando que a solução passa pelo diálogo entre atletas e direcção da União da Catumbela. Recentemente, o presidente da União da Catumbela, Francisco Garcia Neto (Chiquinho), manifestou publicamente o seu desagrado pela exibição da sua equipa sénior no “nacional” de basquetebol, colocando em dúvida a capacidade técnica dos atletas e da equipa técnica, liderada por José Ponte (Flú). Recorde-se que caso desista da prova a União da Catumbela pode ser punida pela Federação Angolana de Basquetebol (FAB), facto que pode manchar a reputação da província, a nível da modalidade.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home