ANGOLA : Carlos Júlio, presidente da Associação de Árbitros de Angola de Basquetebol
A situação actual dos árbitros de basquetebol é aqui aflorada pelo presidente da Associação de Árbitros Angolana, Carlos Júlio. Às constantes reclamações de técnicos e dirigentes, que questionam os métodos de nomeação dos árbitros e atribuem-lhes grande parte dos resultados negativos das suas equipas foram de igual modo retratados na entrevista que segue. Carlos Júlio aproveitou também a oportunidade para abordar o actual momento da associação que dirige, bem como a relação existente entre ela e os associados.
"Faz-se pouco investimento na arbitragem do basquetebol em Angola”
Jornal dos Desportos (JD) – Quer fazer uma avaliação do momento actual da arbitragem de basquetebol em Angola? Carlos Júlio (CJ) – Bem, actualmente a arbitragem está como no ano passado (2007). Está em função do pouco investimento que se fez nela, ou seja, não vai muito bem. Antigamente a nossa arbitragem era muito boa, mas de um tempo para cá, ela tem decaído muito.
JD – Além do que acabou de dizer, a que se deve esse declínio por que passa a arbitragem de basquetebol no nosso país? CJ – Deve-se, como já disse, ao pouco investimento que se faz nela. Temos pouca formação. Os que têm mais ou menos um nível elevado são aqueles que regularmente participam em Campeonatos do Mundo ou Jogos Olímpicos, pois nesses certames se realizam seminários e workshops.
JD – Que sorte têm os restantes juízes, sem possibilidade de participar nas competições que avançou? CJ – Acho que deveria haver por parte da federação uma certa obrigatoriedade de quem participa nesta competições internacionais, em transmitir os conhecimentos adquiridos, já que as participações desses árbitros nestas competições são na sua maioria suportadas pelo Estado. Enquanto não se criar uma estratégia de desenvolvimento da arbitragem, apenas os que participam em Campeonatos do Mundo estarão actualizados às suas novas normas.
JD – Quer isso dizer que apenas Domingos Simão, Fernando Pacheco e Carlos Júlio estão habilitados, pois, ultimamente são os que participam em grandes eventos internacionais… CJ – Olha, no nosso seio há bons jovens; com um futuro bastante risonho. Aquando da azáfama do crescimento do basquetebol em Angola, víamos árbitros angolanos a participar em estágios fora do país, isso em 1987/1988, altura em que passamos a conquistar troféus. Aí também terminou a participação dos árbitros nestes estágios. A maioria dos homens do apito que está a terminar, passou por escolas portuguesas, espanholas e francesas. Foi fruto do investimento que se fez, para que durante muito tempo tivéssemos bons árbitros. Hoje, há retrocesso na arbitragem por falta de formação.
JD – Além da descontinuidade na formação, que outras dificuldades os homens do apito vivem nos dias que correm? CJ – Hoje, a principal dificuldade dos árbitros é a ausência de material didáctico. Há muito tempo deixamos de receber material de Portugal para nos actualizarmos às novas regras do basquetebol. Hoje somos obrigados a ir à Internet pesquisar este material. Aí associa-se outro problema, pois, a maioria no material é escrito em inglês, o que se torna muito difícil, face ao não domínio dessa língua estrangeira. Então, escudamo-nos naquilo que aprendemos no passado e acabamos por estar envolvidos em erros, muitas das vezes por não sabermos que ele é.
JD – Que motivo emperra a recepção do material de Portugal? CJ - Só a Federação Angolana de Basquetebol pode responder isso, pois é ela que importava este material de Portugal, derivado de um intercâmbio que havia com a Federação de Basquetebol daquele país.
“É difícil agradar a gregos e a troianos”
JD – É verdade que os árbitros têm contestado a sua liderança? CJ - É natural que num grupo de trabalho haja pessoas descontentes, pois é difícil agradar a gregos e a troianos. Mas devo aqui dizer que vou lutar até onde a minhas forças permitirem para conseguir o suporte dos meus associados. Agora, quando o grupo não colabora, então, eu como presidente, tenho de lutar para arranjar outras formas de trabalho. A grande verdade é que existe um grupo de associados que coloca muita intermitência no que a posição firme diz respeito e aí temos de bater de frente, sob pena de levar uma faca pelas costas ou pelo peito.
JD – Tem recebido algum apoio por parte da federação? CJ - Não vejo nenhum benefício. As minhas participações em campeonatos do mundo devem-se em parte ao trabalho que tenho desenvolvido ao logo destes anos que estou ligado à arbitragem.
JD - É ainda muito novo. Quanto tempo mais pensa ficar na arbitragem? CJ - Posso dizer que estou no fim. Se for indicado a apitar nos Jogos Olímpicos penso sair pela porta grande. O meu desejo é abandonar já a arbitragem. Penso continuar apenas como instrutor e ensinar os mais novos.
Valor do prémio de jogo é considerado irrisório
JD - O valor do prémio de jogo tem sido muito contestado pelos árbitros. O que dizer dessa realidade? CJ - Os preços praticados são os mesmos de há três anos. Acredito que já não se justificam, a julgar pelo nível de vida do momento. Devo dizer que existe uma vontade por parte da Associação Provincial de Árbitros em abordar o problema e tentar actualizar os mesmos.
JD – O que a associação tem feito para contornar essa situação? CJ – Há muito tempo que demos entrada na federação a nossa proposta. Vamos esperar pela resposta.
JD - Os árbitros afirmam que se não se melhorar os prémios, vão paralisar a sua actividade…CJ - Realmente os árbitros estão descontentes. Já fomos abordados inúmeras vezes pelos associados, estes que exigem uma reunião com a federação. Contudo, tenho a dizer que não é por aí. O presidente da federação é uma pessoa que está sempre disposta aos encontros. Temos agendado um encontro com ele, aonde serão tratadas estas questões. A associação Provincial não é um movimento grevista e nós não podemos aceitar que os árbitros, por qualquer motivo, entrem em greve.
JD – Você acredita haver corrupção no seio da arbitragem? CJ - Na entrevista passada falei sobre isso e a federação acabou por fazer um esclarecimento e instaurar um inquérito sobre mim, chegando à conclusão que o que tinha dito não tinha consistência. Continuo com essas ideias. A abordagem é que tem de ser de forma diferente, mas não mudei de opinião.
JD – Volto a perguntar, existe ou não corrupção na arbitragem do basquetebol nacional? CJ - Desde que me manifestei sobre a corrupção até hoje nada foi feito para mudar a situação daquilo que penso existir. Sendo que nada tem sido feito, a minhas palavras continuam a ser as mesmas.
JD - Os baixos prémios podem ser os grandes motivadores para esse estado das coisas…CJ - Imagine você arbitrar um jogo com equipas que fazem investimento de mais de 100 mil usd e receberes três mil Kwanzas de prémio. Desculpe, mas a relação directa entre custo-benefício integrante no conjunto não existe. A partir daí, o integrante do conjunto mais forte sobrepõe-se ao mais fraco. É a lei da vida! Sabendo das dificuldades que muitos enfrentam, é claro que os mais fracos podem dar o braço a torcer.
JD – O que a associação tem feito para melhorar a situação dos associados, sendo que alguns árbitros em Luanda chegam a receber 250kz como prémio? CJ - Não posso falar com tanta propriedade, mas acho que em Luanda, a nível do Campeonato Provincial em seniores, os árbitros de categoria mais baixa recebem cerca de kz 950. Um árbitro internacional, no Campeonato Provincial, recebe cerca kz 1950. A nível nacional, penso que não difere muito. Sei que o internacional recebe kz 3.016, valor que já vem desde 2002. Como pode ver, é uma quantia irrisória. Já demos entrada da nossa papelada à federação e a ver vamos se conseguimos alterar a situação. .
“Ainda estamos no amadorismo...”
JD - Como presidente da associação dos árbitros de basquetebol, como reage ante uma péssima arbitragem? CJ - Com muita tristeza. Mas é próprio. Somos humanos e temos também as nossas falhas. A verdade é que se faz muito pouco para se superarem os erros. Se houvesse um encontro onde pudéssemos resolver estas questões, acredito que na partida seguinte o árbitro iria melhorar a sua prestação. Hoje, acabas de apitar um jogo com muitos erros e ao invés de te chamarem e mostrarem os mesmos, parte-se logo para críticas em público. Penso que isto é mau. Devemos ter um lugar onde árbitros e treinadores possam falar sobre os erros cometidos.
JD - É nos dias que correm o árbitro com mais participação internacional. O que pode dizer da arbitragem que se faz além fronteira? CJ - Aqui há que dividir as coisas em duas partes: a nível de África estamos no topo, tanto em qualidade, posicionamento técnica e tudo mais. Ao nível da Europa e América temos muito ainda a aprender. Por isso quando vamos às competições internacionais aprendemos sempre mais com eles. Eles estão muito acima de nós. Muitos dos árbitros na Europa e América são profissionais e nós ainda estamos no amadorismo. Isto é apenas para ver a grande diferença que existe.
JD - Muitas vezes se ouve que os árbitros africanos não acompanham o desenvolvimento da modalidade, sobretudo no que toca ao basquetebol de Angola. O que fazer para igualizar as coisas. CJ - Deveria haver mais encontros entre os árbitros africanos para estabilizarmos as diferenças. Teoricamente somos mais fortes. O nosso basquetebol é o melhor de África, então fica muito difícil um árbitro de outro país africano apitar um jogo entre angolanos.
Parceria com a federação deve ser revista
JD - Voltando para a questão do material, qual o problema com o novo equipamento dos árbitros? CJ - Não existe nenhum problema. O material está guardado para a sua posterior distribuição.
JD - Tivemos conhecimento de que os árbitros não querem usar o mesmo por trazerem publicidade e não haver a devida compensação financeira? CJ - Não se pode dizer que os árbitros negaram utilizar o material porque o mesmo ainda não foi distribuído. Desde que chegou, continua armazenado. Houve alguém que viu o material e reparou que havia publicidade das empresas patrocinadoras da federação. Se os árbitros têm uma actividade da qual são parceiros da federação, então a nossa parceria deve ser revista. Ou somos parceiros ou publicadores dos interesses da outra parte. Se existe uma parceria, deve haver vantagens para as duas partes. A federação nunca impediu os árbitros de arranjarem um patrocinador oficial. A partir do momento que os árbitros tiverem um patrocinador oficial, serão livres de usar o material que quiserem. Mas hoje, estamos na dependência da federação. Se ela foi buscar material mediante um patrocínio é lógico que o devemos usar.
JD - Que projectos pessoais e profissionais tem para o futuro? JC – Quero continuar a trabalhar para o bem da arbitragem.
"Faz-se pouco investimento na arbitragem do basquetebol em Angola”
Jornal dos Desportos (JD) – Quer fazer uma avaliação do momento actual da arbitragem de basquetebol em Angola? Carlos Júlio (CJ) – Bem, actualmente a arbitragem está como no ano passado (2007). Está em função do pouco investimento que se fez nela, ou seja, não vai muito bem. Antigamente a nossa arbitragem era muito boa, mas de um tempo para cá, ela tem decaído muito.
JD – Além do que acabou de dizer, a que se deve esse declínio por que passa a arbitragem de basquetebol no nosso país? CJ – Deve-se, como já disse, ao pouco investimento que se faz nela. Temos pouca formação. Os que têm mais ou menos um nível elevado são aqueles que regularmente participam em Campeonatos do Mundo ou Jogos Olímpicos, pois nesses certames se realizam seminários e workshops.
JD – Que sorte têm os restantes juízes, sem possibilidade de participar nas competições que avançou? CJ – Acho que deveria haver por parte da federação uma certa obrigatoriedade de quem participa nesta competições internacionais, em transmitir os conhecimentos adquiridos, já que as participações desses árbitros nestas competições são na sua maioria suportadas pelo Estado. Enquanto não se criar uma estratégia de desenvolvimento da arbitragem, apenas os que participam em Campeonatos do Mundo estarão actualizados às suas novas normas.
JD – Quer isso dizer que apenas Domingos Simão, Fernando Pacheco e Carlos Júlio estão habilitados, pois, ultimamente são os que participam em grandes eventos internacionais… CJ – Olha, no nosso seio há bons jovens; com um futuro bastante risonho. Aquando da azáfama do crescimento do basquetebol em Angola, víamos árbitros angolanos a participar em estágios fora do país, isso em 1987/1988, altura em que passamos a conquistar troféus. Aí também terminou a participação dos árbitros nestes estágios. A maioria dos homens do apito que está a terminar, passou por escolas portuguesas, espanholas e francesas. Foi fruto do investimento que se fez, para que durante muito tempo tivéssemos bons árbitros. Hoje, há retrocesso na arbitragem por falta de formação.
JD – Além da descontinuidade na formação, que outras dificuldades os homens do apito vivem nos dias que correm? CJ – Hoje, a principal dificuldade dos árbitros é a ausência de material didáctico. Há muito tempo deixamos de receber material de Portugal para nos actualizarmos às novas regras do basquetebol. Hoje somos obrigados a ir à Internet pesquisar este material. Aí associa-se outro problema, pois, a maioria no material é escrito em inglês, o que se torna muito difícil, face ao não domínio dessa língua estrangeira. Então, escudamo-nos naquilo que aprendemos no passado e acabamos por estar envolvidos em erros, muitas das vezes por não sabermos que ele é.
JD – Que motivo emperra a recepção do material de Portugal? CJ - Só a Federação Angolana de Basquetebol pode responder isso, pois é ela que importava este material de Portugal, derivado de um intercâmbio que havia com a Federação de Basquetebol daquele país.
“É difícil agradar a gregos e a troianos”
JD – É verdade que os árbitros têm contestado a sua liderança? CJ - É natural que num grupo de trabalho haja pessoas descontentes, pois é difícil agradar a gregos e a troianos. Mas devo aqui dizer que vou lutar até onde a minhas forças permitirem para conseguir o suporte dos meus associados. Agora, quando o grupo não colabora, então, eu como presidente, tenho de lutar para arranjar outras formas de trabalho. A grande verdade é que existe um grupo de associados que coloca muita intermitência no que a posição firme diz respeito e aí temos de bater de frente, sob pena de levar uma faca pelas costas ou pelo peito.
JD – Tem recebido algum apoio por parte da federação? CJ - Não vejo nenhum benefício. As minhas participações em campeonatos do mundo devem-se em parte ao trabalho que tenho desenvolvido ao logo destes anos que estou ligado à arbitragem.
JD - É ainda muito novo. Quanto tempo mais pensa ficar na arbitragem? CJ - Posso dizer que estou no fim. Se for indicado a apitar nos Jogos Olímpicos penso sair pela porta grande. O meu desejo é abandonar já a arbitragem. Penso continuar apenas como instrutor e ensinar os mais novos.
Valor do prémio de jogo é considerado irrisório
JD - O valor do prémio de jogo tem sido muito contestado pelos árbitros. O que dizer dessa realidade? CJ - Os preços praticados são os mesmos de há três anos. Acredito que já não se justificam, a julgar pelo nível de vida do momento. Devo dizer que existe uma vontade por parte da Associação Provincial de Árbitros em abordar o problema e tentar actualizar os mesmos.
JD – O que a associação tem feito para contornar essa situação? CJ – Há muito tempo que demos entrada na federação a nossa proposta. Vamos esperar pela resposta.
JD - Os árbitros afirmam que se não se melhorar os prémios, vão paralisar a sua actividade…CJ - Realmente os árbitros estão descontentes. Já fomos abordados inúmeras vezes pelos associados, estes que exigem uma reunião com a federação. Contudo, tenho a dizer que não é por aí. O presidente da federação é uma pessoa que está sempre disposta aos encontros. Temos agendado um encontro com ele, aonde serão tratadas estas questões. A associação Provincial não é um movimento grevista e nós não podemos aceitar que os árbitros, por qualquer motivo, entrem em greve.
JD – Você acredita haver corrupção no seio da arbitragem? CJ - Na entrevista passada falei sobre isso e a federação acabou por fazer um esclarecimento e instaurar um inquérito sobre mim, chegando à conclusão que o que tinha dito não tinha consistência. Continuo com essas ideias. A abordagem é que tem de ser de forma diferente, mas não mudei de opinião.
JD – Volto a perguntar, existe ou não corrupção na arbitragem do basquetebol nacional? CJ - Desde que me manifestei sobre a corrupção até hoje nada foi feito para mudar a situação daquilo que penso existir. Sendo que nada tem sido feito, a minhas palavras continuam a ser as mesmas.
JD - Os baixos prémios podem ser os grandes motivadores para esse estado das coisas…CJ - Imagine você arbitrar um jogo com equipas que fazem investimento de mais de 100 mil usd e receberes três mil Kwanzas de prémio. Desculpe, mas a relação directa entre custo-benefício integrante no conjunto não existe. A partir daí, o integrante do conjunto mais forte sobrepõe-se ao mais fraco. É a lei da vida! Sabendo das dificuldades que muitos enfrentam, é claro que os mais fracos podem dar o braço a torcer.
JD – O que a associação tem feito para melhorar a situação dos associados, sendo que alguns árbitros em Luanda chegam a receber 250kz como prémio? CJ - Não posso falar com tanta propriedade, mas acho que em Luanda, a nível do Campeonato Provincial em seniores, os árbitros de categoria mais baixa recebem cerca de kz 950. Um árbitro internacional, no Campeonato Provincial, recebe cerca kz 1950. A nível nacional, penso que não difere muito. Sei que o internacional recebe kz 3.016, valor que já vem desde 2002. Como pode ver, é uma quantia irrisória. Já demos entrada da nossa papelada à federação e a ver vamos se conseguimos alterar a situação. .
“Ainda estamos no amadorismo...”
JD - Como presidente da associação dos árbitros de basquetebol, como reage ante uma péssima arbitragem? CJ - Com muita tristeza. Mas é próprio. Somos humanos e temos também as nossas falhas. A verdade é que se faz muito pouco para se superarem os erros. Se houvesse um encontro onde pudéssemos resolver estas questões, acredito que na partida seguinte o árbitro iria melhorar a sua prestação. Hoje, acabas de apitar um jogo com muitos erros e ao invés de te chamarem e mostrarem os mesmos, parte-se logo para críticas em público. Penso que isto é mau. Devemos ter um lugar onde árbitros e treinadores possam falar sobre os erros cometidos.
JD - É nos dias que correm o árbitro com mais participação internacional. O que pode dizer da arbitragem que se faz além fronteira? CJ - Aqui há que dividir as coisas em duas partes: a nível de África estamos no topo, tanto em qualidade, posicionamento técnica e tudo mais. Ao nível da Europa e América temos muito ainda a aprender. Por isso quando vamos às competições internacionais aprendemos sempre mais com eles. Eles estão muito acima de nós. Muitos dos árbitros na Europa e América são profissionais e nós ainda estamos no amadorismo. Isto é apenas para ver a grande diferença que existe.
JD - Muitas vezes se ouve que os árbitros africanos não acompanham o desenvolvimento da modalidade, sobretudo no que toca ao basquetebol de Angola. O que fazer para igualizar as coisas. CJ - Deveria haver mais encontros entre os árbitros africanos para estabilizarmos as diferenças. Teoricamente somos mais fortes. O nosso basquetebol é o melhor de África, então fica muito difícil um árbitro de outro país africano apitar um jogo entre angolanos.
Parceria com a federação deve ser revista
JD - Voltando para a questão do material, qual o problema com o novo equipamento dos árbitros? CJ - Não existe nenhum problema. O material está guardado para a sua posterior distribuição.
JD - Tivemos conhecimento de que os árbitros não querem usar o mesmo por trazerem publicidade e não haver a devida compensação financeira? CJ - Não se pode dizer que os árbitros negaram utilizar o material porque o mesmo ainda não foi distribuído. Desde que chegou, continua armazenado. Houve alguém que viu o material e reparou que havia publicidade das empresas patrocinadoras da federação. Se os árbitros têm uma actividade da qual são parceiros da federação, então a nossa parceria deve ser revista. Ou somos parceiros ou publicadores dos interesses da outra parte. Se existe uma parceria, deve haver vantagens para as duas partes. A federação nunca impediu os árbitros de arranjarem um patrocinador oficial. A partir do momento que os árbitros tiverem um patrocinador oficial, serão livres de usar o material que quiserem. Mas hoje, estamos na dependência da federação. Se ela foi buscar material mediante um patrocínio é lógico que o devemos usar.
JD - Que projectos pessoais e profissionais tem para o futuro? JC – Quero continuar a trabalhar para o bem da arbitragem.
1 Comments:
jordan shoes, michael kors outlet, air max, oakley sunglasses cheap, prada outlet, louis vuitton outlet stores, michael kors outlet, cheap uggs, rolex watches, ugg outlet, nike shoes, louboutin, air max, tiffany and co, longchamp handbags, michael kors outlet, uggs, ray ban sunglasses, louboutin shoes, christian louboutin, michael kors outlet, tiffany and co, burberry outlet, oakley sunglasses, longchamp outlet, tory burch outlet, louboutin outlet, ugg boots clearance, louis vuitton outlet, burberry outlet, replica watches, michael kors outlet, ray ban sunglasses, uggs outlet, louis vuitton, michael kors outlet online sale, oakley sunglasses, nike free, louis vuitton outlet, gucci outlet, polo ralph lauren, louis vuitton handbags, polo ralph lauren outlet, longchamp handbags, prada handbags
By oakleyses, at 17/9/15 03:44
Enviar um comentário
<< Home