Africa Basquetebol

31 outubro 2007

MOÇAMBIQUE : Senegalesas do Desportivo mantêm-se até ao “Nacional”


DOURADO ao peito, com a brilhante conquista do Afrobásquete de Clubes, no pretérito domingo, mercê da vitória sobre as angolanas do 1º de Agosto pela marca de 64-47, o Desportivo vira agora as suas baterias para o Campeonato Nacional, a decorrer entre os dias 17 e 24 de Novembro, na cidade de Nampula. Como atractivo para os amantes da “bola-ao-cesto” naquelas bandas, as “alvi-negras” irão apresentar as senegalesas Salimata Diatta e Anta Sy, duas atletas que jogaram um papel extraordinário na conquista do título continental.

Experientes e unidades-chave na selecção do seu país, que foi medalha de prata no afrobásquete de nações, por si organizado no passado mês de Setembro, de Salimata e Anta pode dizer-se que chegaram, viram e... venceram, não somente o ceptro africano como também a sua integração nas hostes “alvi-negras” e a simpatia que granjearam junto dos adeptos, dada a sua magnífica forma de jogar.

A sua contratação pelo Desportivo foi sugerida pelo próprio técnico Nazir Salé, que as viu actuar pelo Senegal, acabando por ser uma excelente opção, dado o seu inquestionável valor, expresso nas quatro linhas em cada partida disputada. Salimata, 1.81 metro, tem 26 anos e representa o KKC, da Hungria, enquanto Anta, 1.83, tem 32 anos e pertence ao DUC, do Senegal.

A sua prestação na prova concluída domingo, no pavilhão do Maxaquene, mereceu o devido reconhecimento por parte da FIBA-África, elegendo-as para os lugares do pódio nos prémios individuais. Salimata foi a melhor jogadora do campeonato (MVP) e Anta melhor ressaltadora, para além de ambas terem sido seleccionadas para o cinco-ideal.

Nesta questão de reforços, o Desportivo realmente colheu dividendos dourados, pois as duas jogadoras realmente foram uma mais-valia para a equipa. Já o mesmo não se pode afirmar em relação ao Ferroviário, uma vez que nem Mónica Naltner nem Stephanie Faulkner conseguiram trazer algo vistoso, situação que levou o treinador Carlos Aik, vezes sem conta, a optar pela “prata da casa”, mais entrosada e muitos furos acima da dupla estadunidense.

Para as novas campeãs africanas, após a excelente experiência com as senegalesas, nada melhor que as manter até ao “Nacional”, tendo como perspectiva a conquista do título. No entanto, se o Desportivo também se sentiu feliz com a integração de Diara Dessai, já em Nampula tudo indica que não poderá ser assim, porquanto ela poderá estar lá ao serviço da formação quelimanense que representará Zambézia na prova.