MOÇAMBIQUE : Campeonato da Cidade em Seniores Masculinos: Do esplendor ao pesadelo!
Já vínhamos repetindo que a terceira volta seria verdadeiramente decisiva para as aspirações de cada um dos integrantes do certame, com particular realce no que diz respeito à discussão do título, bem como à qualificação para o Campeonato Nacional, agendado para o próximo mês de Novembro, na cidade da Beira. E os efeitos dessa face determinante começaram a ser visíveis no rescaldo da segunda e terceira jornadas da terceira volta, prenunciando um final espectacular e acima de tudo incerto, pois, apesar de o líder da prova ser agora o Ferroviário, com 31 pontos, mais um que a dupla constituída pelos vizinhos Maxaquene e Desportivo, tal não significa rigorosamente nada, uma vez que ainda temos pela frente quatro rondas susceptíveis de alterar qualquer cenário.
Mesmo sendo certo que em nenhum momento o Desportivo embandeirou em arco, isto é, fazer do estatuto de guia para antecipadamente se autoproclamar campeão, não resta a menor dúvida que esta sua abrupta queda poderá criar fissuras no seio do grupo, nomeadamente o descrédito dos atletas quanto às suas possibilidades de ainda chegarem ao título, principalmente se recuarem a cassete da sua vida e reverem uma situação igualzinha acontecida nos anos anteriores, em que, inclusive, chegaram ao cúmulo de, por exemplo, na época transacta, falharem o “Nacional”, também disputado no Chiveve.
Triste sina ou não, nos momentos capitais, a missão de grande peso cabe agora ao “mister” Carlos Ferro, em espevitar a moral dos seus pupilos para a nova realidade, conquanto as contas definitivas estão ainda longe de encerrar e até lá muitas marés por ultrapassar por parte de todos os concorrentes ao ceptro. No grupo destes, os “alvi-negros” ficaram apenas com a sensacional e “intrusa” Académica, enquanto Ferroviário e Maxaquene, para além de se defrontarem entre si, na derradeira jornada, devem contar no seu percurso com prováveis intempéries.
CERCO AOS “ALVI-NEGROS”
É evidente que “locomotivas” e “tricolores” não fizeram nenhum pacto contra os “alvi-negros”, no entanto, o facto destes jogarem em dias sucessivos com dois colossos, nesta altura em que o campeonato já desgastou tudo e todos, pode ter contribuído sobremaneira para o seu descalabro, num fim-de-semana em que o Ferroviário colheu dividendos dourados, ao ascender ao primeiro posto e com promessa de nunca abandonar o precioso lugar.
A turma de Carlos Alberto Niquice (Bitcho) foi ao pavilhão do Estrela Vermelha, sexta-feira, com a firme disposição de contrariar o favoritismo que pendia para as hostes “alvi-negras”. No final de uma partida disputadíssima, triunfou pela marca de 78-60, iniciando assim a marcha rumo à conquista do poleiro. No dia seguinte, perante a imprevisível Académica, nova vitória, desta vez por 67-42, não deixando dúvidas a ninguém quanto à sua gula e o anúncio de que a renovação do título está no seu horizonte.
Por seu turno, o Maxaquene iniciou a dupla jornada sem necessitar de se empregar a fundo, ante os novatos do Eagle, ganhando folgadamente por 98-56. No velho “derby” com o seu vizinho, foi notória a fúria que o Desportivo trazia, na tentativa de remediar a precária situação que se vislumbrava, mas a equipa de Horácio Martins cerrou os dentes e não deixou escapar o precioso triunfo por quatro pontos (66-62).
Nos outros embates destas duas rondas, Académica bateu Conseng pela marca de 80-73 e Aeroporto beneficiou da falta de comparência do Eagle para ganhar por 20-0. Costa do Sol viu mais complicadas as suas contas de tentar chegar ao “Nacional”, ao baquear perante a Conseng por 49-66.
Em femininos, a contar para o Torneio A Politécnica, destaque para a vitória do ISPU diante do rival Ferroviário por três pontos (60-57), enquanto Desportivo vencia Maxaquene pela marca de 80-44. Na jornada de sexta-feira, “universitárias” e “locomotivas” tinham ganho sem sobressaltos: 61-30 ao Desportivo e 78-27 ao Maxaquene, respectivamente.
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