MOÇAMBIQUE : Taça dos Campeões de África: Criadas as condições para
Decorrendo a prova em simultâneo, em masculinos, Moçambique será representado pelos Ferroviários de Maputo, campeão nacional, e da Beira, vencedor da Taça de Moçambique, enquanto ISPU, vice-campeão nacional, e Desportivo, terceiro classificado, fá-lo-ão em femininos. Aliás, neste último escalão, a fase final decorrerá entre nós, em Outubro, estando já apurado o Ferroviário, na qualidade de anfitrião. Em relação às equipas visitantes, de acordo com as últimas informações, de Angola apenas virá o 1º de Agosto, campeão africano, enquanto as sul-africanas preferiram desistir; em masculinos, África do Sul somente apresentará um time, mas está seguro que os angolanos Petro de Luanda, detentor do título continental, e 1º de Agosto, estarão cá.
Falando terça-feira numa Conferência de Imprensa, Ilídio Caifaz disse que a Federação, em coordenação com os clubes, designadamente Ferroviários de Maputo e da Beira, ISPU e Desportivo, está a trabalhar para que se tenha um evento que dignifique o básquete moçambicano; um básquete de alta categoria e com equipas de alta valia. Em relação à fase final, o presidente da FMB regozijou-se com o facto de se ter conseguido a sua realização em Maputo, afirmando que tal não é tarefa fácil, pois o nosso país se encontra num extremo longínquo do grande centro da modalidade, nomeadamente a região francófona, pelo que “fazêmo-lo com o interesse primeiro de desenvolver o básquete interno.
“Paralelamente a isso, sentimo-nos satisfeitos com a vinda de atletas estrangeiros de grande valia para reforçar os nossos clubes, o que naturalmente vai trazer outro tipo de referências ao básquete moçambicano. Por essa razão, gostaríamos que o público se unisse em torno dos nossos representantes, para que realmente sintam o calor do público. O Ferroviário da Beira estará longe do seu ambiente, mas devemos fazer tudo para que não se ache deslocado da realidade que lhe é habitual. Está na Taça dos Campeões por mérito próprio e tem estado a mostrar que possui um básquete sério”, referiu Caifaz.
ESTÁGIO NA EUROPA
Considerando a sua posição privilegiada no “ranking” continental – quarta, atrás da Nigéria, Senegal e RD Congo - o que lhe acresce as suas responsabilidades, a selecção feminina continuará dentro das prioridades da Federação, numa altura em que tem pela frente duas grandes competições, designadamente Jogos Africanos de Argel e Afrobásquete do Senegal, nas quais tem todas as possibilidades de ocupar os lugares do pódio, incluindo a conquista da medalha de ouro.
É nesta perspectiva que, tendo em conta os Jogos Africanos, a equipa irá efectuar um estágio de cerca de 10 dias em Lisboa, Portugal. Após Argel, considerada por Caifaz uma extraordinária ponte para Dacar, a selecção estará na Espanha, mais concretamente em Vigo, nessa altura a preparar o Afrobásquete, depois do segundo lugar na edição de 2003, em Maputo, e do terceiro em 2005, em Abuja. “Conforme se pode observar, trata-se de um esforço tendente a dotar a equipa de condições técnicas, psicológicas e competitivas para enfrentar com galhardia os dois eventos. São campanhas que pretendemos levar a bom porto”, salientou.
Questionado a respeito das nossas atletas que evoluem nos Estados Unidos, cuja participação na selecção tem enfrentado obstáculos, o presidente da FMB garantiu a presença de Deolinda Ngulela, que já se encontra em Maputo para representar o Desportivo na Taça dos Campeões, Nika Gemo, ora no Ferroviário, e Márcia Mpfumo, a chegar no dia 15 do mês em curso. Quanto às outras, Ilda Chambe, que no ano transacto defendeu com êxito as cores nacionais nos Jogos da Zona VI/SADC, na Namíbia, teve uma operação ao joelho e provavelmente estará “au point” em Setembro, enquanto a valorosíssima Clarisse Machanguana depende dos compromissos que tem na sua carreira profissional.
Ilídio Caifaz aproveitou a ocasião para esclarecer que a equipa técnica é chefiada pelo espanhol Carlos Alberto Blanco, esperado no meio deste mês, contemplando “por ordem alfabética”, Armando Meque, Carlos Aik e Nazir Salé. “Preferimos juntar esses treinadores com o interesse essencialmente pedagógico, porque temos no horizonte mudar o nosso modelo de jogo para a escola espanhola, daí a necessidade de assegurar que a mesma seja assumida pelos técnicos”, concluiu.
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