MOÇAMBIQUE : Taça dos Campeões de África: De novo a cartilha angolana

NOVAMENTE a cartilha angolana! A mesma que o 1º de Agosto utilizou na hora da decisão para derrotar o ISPU, segunda-feira, voltou a ser evidenciada ontem e funcionou plenamente para refrear o entusiasmo do Desportivo, que perdeu por oito pontos (46-54), no momento em que entrou em desespero, as jogadoras se complicaram e até esqueceram o básico em relação ao conceito do lançamento. A segunda jornada da fase preliminar da Taça dos Campeões de África em Basquetebol de Seniores Masculinos e Femininos trouxe uma novidade que deixou “todo o mundo” estupefacto: um Ferroviário da Beira irreverente e que, de forma sensacional, eclipsou os campeões nacionais, mesmo sobre a buzina, com um triplo de André Quimisso a colocar o resultado final, incrivelmente, em 68-65 para a turma do Chiveve. Já as “universitárias” aproveitaram o dia para um passeio vespertino, “esmagando” o Lerotholi, do Lesotho, por 127-19.

Na competição feminina, o 1º de Agosto, após dupla vitória sobre as turmas moçambicanas, já garantiu a transição para a fase final, a decorrer em Outubro próximo, em Maputo, onde procurará a renovação do título conquistado em 2006, no Gabão. O único adversário de relevo que lhe resta é o rival Inter de Luanda, que ainda lhe aguarda uma tarefa extremamente pesada, pois tem de defrontar o ISPU, esta noite, e o Desportivo, no sábado.

No embate de ontem, a presença de Deolinda Ngulela obrigou o técnico Nazir Salé a modificar o esquema táctico habitual da equipa, prescindindo de Valerdina Manhonga do cinco inicial. Até aqui, tudo bem. Só que, cedo começaram os problemas para as “alvi-negras”, pois a base Anabela Cossa não se adaptava na posição de extremo e a sua combinação com a “americana” era claramente desastrosa. É verdade que o Desportivo iniciou o jogo na posição de vencedor, contudo, quando estes problemas vieram ao de cima de forma acentuada só beneficiaram as angolanas, que pegaram nos cordelinhos da contenda, para nunca mais largá-los.

Melhor sobretudo no terceiro período, o time moçambicano ainda emprestou a sensação de poder dar a volta ao texto, mas, complicativo em questões de base, permitiu ao 1º de Agosto colher benefícios dourados, justamente, apesar da “mãozinha sem talento” dos árbitros.

FICA TÉCNICA

DESPORTIVO (46) – Andrea Hajdune (11), Deolinda Ngulela (5), Sílvia Neves (0), Valerdina Manhonga (0), Anabela Cossa (5), Cátia Halar (0), Josefina Jafar (0), Luisa Nhate (4), Elina Sigaúque (0), Nádia Rodrigues (4), Dilar Dessai (2) e Gisela Rebora (15)

Treinador: Nazir Salé

1º DE AGOSTO (54) – Maria Barbosa (3), Luisa Miguel (0), Domitília Ventura (0), Ângela Cardoso(4), Isabel Francisco (5), Bárbara Guimarães (11), Sónia Guadalupe (0), Luisa Macuto (1), Astrida Vicente (8), Nacissela Maurício (18), Ernestina Neto (0) e Jaqueline Francisco (4)

Treinador: Aníbal Moreira

Marcha do marcador: 12-16, 22-28, 33-41, 46-54.