MOÇAMBIQUE : Africano de Femininos Sub-20 - Estamos sempre a subir!
HÁ espectáculo na "catedral"! Só visto! Aqueles que, cepticamente, prognosticavam uma prova sem grandes pólos de atracção, guiando-se pelo facto de reunir moças abaixo dos 20 anos, enganaram-se redondamente. Mas de que maneira! É que, a cada dia que passa, vivemos noites deslumbrantes no Pavilhão do Maxaquene, com esta 2ª edição do Campeonato Africano de Basquetebol Feminino Sub-20 a conquistar mais e mais corações apaixonados pela bola-ao-cesto, e não só.
Ontem, tivemos uma noite magnífica. Verdadeiramente espectacular! A anunciada chuva, na previsão dos meteorologistas, foi muito bem substituída pela chuva de estrelas que desfilaram nas quatro linhas, ante o delírio total do público. Porque estamos sempre a subir, imparáveis e plenos de confiança no título, a perseverança das nossas jogadoras superou o presuncionismo das malianas, ganhando por 48-44 e mantendo-se invictas. Noutra partida desta terceira jornada, o Senegal, após sofrer duas derrotas de forma incrível, venceu a modesta África do Sul pela marca de 74-30, conquistando assim a maior diferença (44 pontos) verificada num jogo deste evento.
A turma moçambicana está lançada rumo ao primeiro lugar da fase inicial deste "Africano". Três desafios disputados, igual número de vitórias, numa altura em que lhe falta apenas um adversário para concluir a primeira etapa. E este adversário chama-se Angola, no duelo entre os dois eternos rivais, a acontecer esta noite, a partir das 20.45 horas. As angolanas, surpreendentemente, ganharam às senegalesas na jornada inaugural, para a seguir sucumbirem diante das malianas. Estas enfrentam hoje as sul-africanas, às 18.30 horas.
CRER E QUERER
Foi, indubitavelmente, o desafio mais espectacular até aqui verificado no certame. As moçambicanas já estavam de sobreaviso quanto ao potencial do Mali, que se apresenta como o principal candidato à conquista do ceptro. Para não variar, até porque não há tempo nem espaço para fazer experiências, Nazir Salé preferiu não abdicar das "trutas" que compõem o cinco inicial: Anabela Cossa, Vaneza Júnior, Nádia Zucule, Nádia do Rosário e Deolinda Gimo. Notou-se, no começo, uma ansiedade desmedida e que ia sendo perniciosa, pois foram-se cometendo erros às catadupas, perante adversárias melhor estruturadas do ponto de vista táctico.
Apesar de, aparentemente, os cordelinhos do jogo pertencerem às malianas, a verdade é que a nossa selecção nunca permitiu que aquelas usufruíssem de uma grande vantagem. Mais: obrigou-as a acumular muitas faltas, situação, porém, desaproveitada pelas moçambicanas, face ao baixíssimo índice de concretização de lances livres. Por outro lado - e é aqui onde terá residido a diferença entre os dois times -, enquanto o técnico do Mali, face ao elevado número de faltas das suas atletas, tinha banco suficiente para rodar a equipa à vontade, Nelito via-se amordaçado a seis/sete jogadoras, portanto, sem grandes alternativas.
Resultado: porque se estava perante um jogo bastante intenso, desgastante e de uma imprevisibilidade extraordinária quanto ao seu desfecho, pedras basilares como Deolinda, Anabela, Vaneza e Nádia do Rosário, tiveram que aguentar praticamente todo o jogo, com o agravante de Nádia Zucule ter escorregado - devido à infiltração da chuva na cobertura do pavilhão - e se lesionado, tendo no regresso ao rectângulo sido claramente cautelosa.
A alternância no marcador animava cada vez mais o espectáculo. Não se podia antever o vencedor, face à parada e resposta que caracterizava a contenda.
Fanta Touré era demolidora, mas o Mali tinha o problema das faltas - aliás, três jogadoras foram mesmo desqualificadas. A parte final foi verdadeiramente memorável. A perseverança, querer e crer das moçambicanas veio ao de cima, suplantando o adversário mais complicado que tiveram neste campeonato.
Destra vez, poucos reparos em relação à arbitragem, pois esteve à altura dos acontecimentos.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Lislie Cherubin (Maurícias) e Conville Smith (África do Sul)
MALI (44) - Nassira Traoré (0), Kadia Sacko (0), Laoudy Maiga (3), Mama Traoré (0), Ramata Goita (6), Fatoumato Bagayoco (5), Fanta Touré (17), Minata Keita (0), Fatoumato Traoré (6), Aissata Boré (3), Oulematou Coulibaly (0) e Nagnouma Coulibaly (4).
MOÇAMBIQUE (48) - Filomena Micato (-), Josefina Jafar (0), Esmeralda Casimiro (0), Nádia Zucule (1), Janete Monteiro (3), Anabela Cossa (12), Vaneza Júnior (9), Sílvia Neves (0), Odélia Mafanela (5), Cláudia Chembene (0), Nádia do Rosário (5) e Deolinda Gimo (13). Treinador: Nazir Salé.
Ontem, tivemos uma noite magnífica. Verdadeiramente espectacular! A anunciada chuva, na previsão dos meteorologistas, foi muito bem substituída pela chuva de estrelas que desfilaram nas quatro linhas, ante o delírio total do público. Porque estamos sempre a subir, imparáveis e plenos de confiança no título, a perseverança das nossas jogadoras superou o presuncionismo das malianas, ganhando por 48-44 e mantendo-se invictas. Noutra partida desta terceira jornada, o Senegal, após sofrer duas derrotas de forma incrível, venceu a modesta África do Sul pela marca de 74-30, conquistando assim a maior diferença (44 pontos) verificada num jogo deste evento.
A turma moçambicana está lançada rumo ao primeiro lugar da fase inicial deste "Africano". Três desafios disputados, igual número de vitórias, numa altura em que lhe falta apenas um adversário para concluir a primeira etapa. E este adversário chama-se Angola, no duelo entre os dois eternos rivais, a acontecer esta noite, a partir das 20.45 horas. As angolanas, surpreendentemente, ganharam às senegalesas na jornada inaugural, para a seguir sucumbirem diante das malianas. Estas enfrentam hoje as sul-africanas, às 18.30 horas.
CRER E QUERER
Foi, indubitavelmente, o desafio mais espectacular até aqui verificado no certame. As moçambicanas já estavam de sobreaviso quanto ao potencial do Mali, que se apresenta como o principal candidato à conquista do ceptro. Para não variar, até porque não há tempo nem espaço para fazer experiências, Nazir Salé preferiu não abdicar das "trutas" que compõem o cinco inicial: Anabela Cossa, Vaneza Júnior, Nádia Zucule, Nádia do Rosário e Deolinda Gimo. Notou-se, no começo, uma ansiedade desmedida e que ia sendo perniciosa, pois foram-se cometendo erros às catadupas, perante adversárias melhor estruturadas do ponto de vista táctico.
Apesar de, aparentemente, os cordelinhos do jogo pertencerem às malianas, a verdade é que a nossa selecção nunca permitiu que aquelas usufruíssem de uma grande vantagem. Mais: obrigou-as a acumular muitas faltas, situação, porém, desaproveitada pelas moçambicanas, face ao baixíssimo índice de concretização de lances livres. Por outro lado - e é aqui onde terá residido a diferença entre os dois times -, enquanto o técnico do Mali, face ao elevado número de faltas das suas atletas, tinha banco suficiente para rodar a equipa à vontade, Nelito via-se amordaçado a seis/sete jogadoras, portanto, sem grandes alternativas.
Resultado: porque se estava perante um jogo bastante intenso, desgastante e de uma imprevisibilidade extraordinária quanto ao seu desfecho, pedras basilares como Deolinda, Anabela, Vaneza e Nádia do Rosário, tiveram que aguentar praticamente todo o jogo, com o agravante de Nádia Zucule ter escorregado - devido à infiltração da chuva na cobertura do pavilhão - e se lesionado, tendo no regresso ao rectângulo sido claramente cautelosa.
A alternância no marcador animava cada vez mais o espectáculo. Não se podia antever o vencedor, face à parada e resposta que caracterizava a contenda.
Fanta Touré era demolidora, mas o Mali tinha o problema das faltas - aliás, três jogadoras foram mesmo desqualificadas. A parte final foi verdadeiramente memorável. A perseverança, querer e crer das moçambicanas veio ao de cima, suplantando o adversário mais complicado que tiveram neste campeonato.
Destra vez, poucos reparos em relação à arbitragem, pois esteve à altura dos acontecimentos.
FICHA DO JOGO
Árbitros: Lislie Cherubin (Maurícias) e Conville Smith (África do Sul)
MALI (44) - Nassira Traoré (0), Kadia Sacko (0), Laoudy Maiga (3), Mama Traoré (0), Ramata Goita (6), Fatoumato Bagayoco (5), Fanta Touré (17), Minata Keita (0), Fatoumato Traoré (6), Aissata Boré (3), Oulematou Coulibaly (0) e Nagnouma Coulibaly (4).
MOÇAMBIQUE (48) - Filomena Micato (-), Josefina Jafar (0), Esmeralda Casimiro (0), Nádia Zucule (1), Janete Monteiro (3), Anabela Cossa (12), Vaneza Júnior (9), Sílvia Neves (0), Odélia Mafanela (5), Cláudia Chembene (0), Nádia do Rosário (5) e Deolinda Gimo (13). Treinador: Nazir Salé.
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