MOÇAMBIQUE : Nacional - Ferroviário: cintilaram as estrelas mas o colectivo foi espectacular
ÀS justas e merecidas palmas para a excelente organização que foi apanágio deste Campeonato Nacional de Basquetebol de Seniores Masculinos, a cargo da Associação Provincial de Sofala, sob liderança do verdadeiramente homem forte Bernardo Wing, mais conhecido por Bica, com a Federação a ser representada por uma figura grata do Chiveve, Orlando Conde, ponta-de-lança de irrefutáveis qualidades, no futebol, e poste de eleição, na bola-ao-cesto, para o que também contribuiu sobremaneira o maravilhoso público que sempre marcou presença em massa no Pavilhão dos Desportos da Beira, haverá que tirar o chapéu à espectacular vitória do Ferroviário, que deste modo conquistou o segundo título do seu historial, no rescaldo de uma prova caracterizada por um forte equilíbrio, nomeadamente entre os representantes da cidade de Maputo, mas a registarem um crescimento assinalável com o desenrolar dos acontecimentos, sinónimo de que a mescla entre estes e aqueles teve frutos bastante proveitosos.
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Novembro de 2006:: Notícias
O emparceiramento das equipas, havido durante o sorteio, deixou deveras inquietados os dirigentes "locomotivas", reivindicando, justamente, sim, porém, em sede imprópria, a imperiosidade de serem cabeças-de-série, na sua qualidade de detentores do título, em vez da primazia conferida ao Maxaquene e Ferroviário da Beira, campeões de Maputo e de Sofala, respectivamente. À extemporânea questão, o capricho das bolas da sorte, que neste caso foram papelinhos preparados pelo dirigente federativo Arsénio Cossa, ditou como adversários os "locomotivas" locais, Costa do Sol, Pastelaria Universal de Inhambane e Académica do Songo, no chamado "grupo da morte".
SERENIDADE DE BITCHO
Se, para os dirigentes, uns ainda em Maputo e outros já na Beira, este sorteio constituía motivo de preocupação, para o jovem técnico Carlos Alberto Niquice (Bitcho) a principal palavra de ordem era a serenidade. Serenidade, primeiro dele próprio, e depois transmitida aos jogadores, que assumiram, então, a necessidade de trabalhar, trabalhar muito; ganhar, ganhar, sem contemplações e muito menos olhar para a categoria do oponente. Mais: colocar as reconhecidas qualidades individuais ao serviço do colectivo, pois só desse modo seria possível atingir-se o desiderato perseguido.
Foi desta forma que, jogo a jogo, fomos vendo as estrelas deste "deram team" a cintilar, trazendo à superfície todo o seu virtuosismo, força e determinação, particularmente os artífices Helénio "Fifi" Machanguana, com um regresso esplêndido, e os "kamikazes" Octávio Magoliço e Custódio Muchate, sem descurar os pronto-socorro Gerson Novela e Ricardo "Castelo" Alípio, o "pistoleiro" Bruno Dias e os experientes Beto Macuácua e Beto Matsolo, contudo, sublimando o espírito de grupo. Isto é, quando fosse necessário resolver certas circunstâncias da partida individualmente, lá estavam eles prontos para o efeito, umas vezes espalhafatosamente, "smaches" à mistura, para gáudio dos fãs, triplos bem conseguidos, mas actuar tendo como ponto de partida o sentido global não devia ser perdido de vista.
O Ferroviário, quis o destino, começou a prova defrontando o Costa do Sol, um adversário também candidato ao título e com quem discutiu o segundo posto na prova maputense. Sem contemplações - aliás, foi precisamente aqui onde começou o verdadeiro instinto matador - os "locomotivas" de imediato separaram as águas: nós somos o que somos e vocês os outros são figurantes. Os "canarinhos" foram triturados, não tiveram qualquer acção, limitando-se a iniciativas esporádicas de Elton Mazive, Sansão Matavele, sobretudo este, e Mijoa Jamisse, numa noite em que Octávio Magoliço, coincidentemente, ex-Costa do Sol, esteve inspiradíssimo.
SÓ PARA CONTRARIAR
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Novembro de 2006:: Notícias
A seguir, foram adversários de menor expressão, casos da Pastelaria Universal e da Académica do Songo, para concluir a primeira fase diante do seu homónimo local. Uma vez mais, a equipa de Bitcho foi irrepreensível e, só para contrariar, como aquela banda brasileira de Alexandre Pires, os SPC, reduziu completamente a pó a expectativa dos beirenses, jogadores e público, mercê de uma exibição de alto nível e bastante participativa por todos, mas desta vez com Custódio Muchate a assumir as despesas da contenda. Era, já de verdade, o Ferroviário campeão, que dessa forma anunciava na prática aos quatro ventos a sua intenção de revalidar o título.
A meia-final, sem ter sido efectivamente um passeio sobre as ondas do Chiveve, teve o desprimor de a Académica, contrariamente ao que esperava, não se ter apresentado como aquele time de um básquete-espectáculo e romântico, ficando na retranca e na dependência do jogo do adversário, isto é, inferiorizou-se claramente perante a classe "locomotiva". Resultado: um ensaio para a final que o Ferroviário teria no dia seguinte.
Aqui, no sensacionalmente aguardado duelo de gigantes e com uma tremenda mutação na marcha do marcador, situação que propiciou um acompanhar atento dos acontecimentos e sobretudo do marcador electrónico, para onde se fixavam milhares de pares de olhos, o Ferroviário, apesar de actuar diante do seu mais forte opositor, não alterou a sua estratégia: matar, matar, matar. É verdade que as circunstâncias, neste caso, foram diferentes dos anteriores, devido ao facto de a margem nunca atingir proporções grandes - aliás, o Maxaquene também lograva adiantar-se no "score" -, porém, a equipa revelou-se mais forte e unida como jamais o tinha feito, sabendo gerir as vicissitudes com determinação.
Foi a noite em que Fifi, Magoliço e Custódio se juntaram numa orquestra dourada, coadjuvados por Gerson - um grande base e estratega este "puto" - e Bruno, magnífico nos triplos, contrariando a insistência em vão de Khaimane de Deus e Cesário Chipepo, no entanto, indo este buscar outros recursos para valorizar a sua soberba actuação.
Quanto ao resto, é aquilo que o leitor já conhece: cânticos, danças, abraços, chuva de champanhe, lágrimas de emoção, festa, muita festa e orgulho justificado. Era o epílogo certo de um campeão certo, que agora irá procurar se esmerar para a frente continental. Bem haja!
Maputo, Quinta-Feira, 23 de Novembro de 2006:: Notícias
O emparceiramento das equipas, havido durante o sorteio, deixou deveras inquietados os dirigentes "locomotivas", reivindicando, justamente, sim, porém, em sede imprópria, a imperiosidade de serem cabeças-de-série, na sua qualidade de detentores do título, em vez da primazia conferida ao Maxaquene e Ferroviário da Beira, campeões de Maputo e de Sofala, respectivamente. À extemporânea questão, o capricho das bolas da sorte, que neste caso foram papelinhos preparados pelo dirigente federativo Arsénio Cossa, ditou como adversários os "locomotivas" locais, Costa do Sol, Pastelaria Universal de Inhambane e Académica do Songo, no chamado "grupo da morte".
SERENIDADE DE BITCHO
Se, para os dirigentes, uns ainda em Maputo e outros já na Beira, este sorteio constituía motivo de preocupação, para o jovem técnico Carlos Alberto Niquice (Bitcho) a principal palavra de ordem era a serenidade. Serenidade, primeiro dele próprio, e depois transmitida aos jogadores, que assumiram, então, a necessidade de trabalhar, trabalhar muito; ganhar, ganhar, sem contemplações e muito menos olhar para a categoria do oponente. Mais: colocar as reconhecidas qualidades individuais ao serviço do colectivo, pois só desse modo seria possível atingir-se o desiderato perseguido.
Foi desta forma que, jogo a jogo, fomos vendo as estrelas deste "deram team" a cintilar, trazendo à superfície todo o seu virtuosismo, força e determinação, particularmente os artífices Helénio "Fifi" Machanguana, com um regresso esplêndido, e os "kamikazes" Octávio Magoliço e Custódio Muchate, sem descurar os pronto-socorro Gerson Novela e Ricardo "Castelo" Alípio, o "pistoleiro" Bruno Dias e os experientes Beto Macuácua e Beto Matsolo, contudo, sublimando o espírito de grupo. Isto é, quando fosse necessário resolver certas circunstâncias da partida individualmente, lá estavam eles prontos para o efeito, umas vezes espalhafatosamente, "smaches" à mistura, para gáudio dos fãs, triplos bem conseguidos, mas actuar tendo como ponto de partida o sentido global não devia ser perdido de vista.
O Ferroviário, quis o destino, começou a prova defrontando o Costa do Sol, um adversário também candidato ao título e com quem discutiu o segundo posto na prova maputense. Sem contemplações - aliás, foi precisamente aqui onde começou o verdadeiro instinto matador - os "locomotivas" de imediato separaram as águas: nós somos o que somos e vocês os outros são figurantes. Os "canarinhos" foram triturados, não tiveram qualquer acção, limitando-se a iniciativas esporádicas de Elton Mazive, Sansão Matavele, sobretudo este, e Mijoa Jamisse, numa noite em que Octávio Magoliço, coincidentemente, ex-Costa do Sol, esteve inspiradíssimo.
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Maputo, Quinta-Feira, 23 de Novembro de 2006:: Notícias
A seguir, foram adversários de menor expressão, casos da Pastelaria Universal e da Académica do Songo, para concluir a primeira fase diante do seu homónimo local. Uma vez mais, a equipa de Bitcho foi irrepreensível e, só para contrariar, como aquela banda brasileira de Alexandre Pires, os SPC, reduziu completamente a pó a expectativa dos beirenses, jogadores e público, mercê de uma exibição de alto nível e bastante participativa por todos, mas desta vez com Custódio Muchate a assumir as despesas da contenda. Era, já de verdade, o Ferroviário campeão, que dessa forma anunciava na prática aos quatro ventos a sua intenção de revalidar o título.
A meia-final, sem ter sido efectivamente um passeio sobre as ondas do Chiveve, teve o desprimor de a Académica, contrariamente ao que esperava, não se ter apresentado como aquele time de um básquete-espectáculo e romântico, ficando na retranca e na dependência do jogo do adversário, isto é, inferiorizou-se claramente perante a classe "locomotiva". Resultado: um ensaio para a final que o Ferroviário teria no dia seguinte.
Aqui, no sensacionalmente aguardado duelo de gigantes e com uma tremenda mutação na marcha do marcador, situação que propiciou um acompanhar atento dos acontecimentos e sobretudo do marcador electrónico, para onde se fixavam milhares de pares de olhos, o Ferroviário, apesar de actuar diante do seu mais forte opositor, não alterou a sua estratégia: matar, matar, matar. É verdade que as circunstâncias, neste caso, foram diferentes dos anteriores, devido ao facto de a margem nunca atingir proporções grandes - aliás, o Maxaquene também lograva adiantar-se no "score" -, porém, a equipa revelou-se mais forte e unida como jamais o tinha feito, sabendo gerir as vicissitudes com determinação.
Foi a noite em que Fifi, Magoliço e Custódio se juntaram numa orquestra dourada, coadjuvados por Gerson - um grande base e estratega este "puto" - e Bruno, magnífico nos triplos, contrariando a insistência em vão de Khaimane de Deus e Cesário Chipepo, no entanto, indo este buscar outros recursos para valorizar a sua soberba actuação.
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