ANGOLA : Soltas 2
O cenário para a vigésima sétima Taça de África dos Clubes Campeões, classe sénior masculina está montado. O pavilhão gimnodesportivo do Estádio Nacional de Lagos “Surelele”. Angola está representada na prova que amanhã, sábado, tem o o seu arranque, com as formações do Atlético Petróleos de Luanda e do Clube Desportivo 1º de Agosto, numa prova que reúne a melhor nata de atletas que o continente viu parir nas duas últimas décadas.
A prova que amanhã começa retrata, em primeira análise, o actual estado de desenvolvimento da modalidade, cuja geografia aponta para um maior investimento nos escalões de formação. E, tudo isso, porque parte da geração que desfila nesta prova está em final de carreira e a curto prazo não se encontra “à mão de semear”, um leque grande de substitutos.
O mesmo já não acontece a nível do treinamento e da arbitragem, em que a renovação é um facto, com Angola na primeira linha. No 1º de Agosto, dois jovens de reconhecida competência dirigem a nau, mormente Jaime Covilhã e Raúl Duarte, enquanto no Petro de Luanda, Ginguba & companhia dão sequência ao projecto do malogrado Wlademiro Romero. Que Deus o tenha!
Na arbitragem, o cenário é bem diferente, com o espectáculo a ser dirigido por árbitros jovens, casos do angolano David Manuel, do moçambicano Abreu Muhimua ou ainda do ghanense Idrisu Ayambyare. Fernando Pacheco “Baganha”, faz a diferença nun conjunto de bons apitos.
Dezasseis árbitros fazem parte do quadro de eleitos para esta competição, sendo quatro neutros e doze acompanhantes, dos quais dois angolanos, três ivoirienses, dois nigerianos, um guineense, um congolês, um sul-africano, um queniano e um congolês-democrata.
Os árbitros neutros nomeados pela FIBA-África são de origem moçambicana, marroquina, ghanense e beninense.
Doze equipas estão qualificadas para esta fase final, sendo que a Côte d’Ivoire é o país melhor representado, com um total de três, contra dois de Angola e da Nigéria, apontados como os principais candidatos à luta pelos três primeiros lugares do podium.
Das equipas angolanas, o Petro de Luanda foi a primeira a pisar solo nigeriano. Fê-lo na pretérita terça-feira, enquanto o 1º de Agosto só ontem ao cair da tarde chegou a Lagos, depois de uma escala de cerca de 24 horas em Addis-Abeba.
Quando restam pouco mais de vinte e quatro horas para o arranque da prova, mais de metade das formações participantes se encontra nesta cidade, nomeadamente o Petro de Luanda, 1º de Agosto (Angola), Interclube de Brazzaville (Con-go), AND 1 (África do Sul), o KBC (Quénia), e as formações locais do Plateau Peak e Dodan Warriors. Hoje são esperadas as agremiações do BC Onatra da RD Congo, Back da Guiné-Conacri e os três representantes da Côte d’Ivoire, o campeão em título Abidjan Basket Club, o África Sports e o Zénith.
O sorteio e emparceiramento das equipas realiza-se ao cair da tarde, a partir das 18H00, na sede do Union Bank de Lagos. A cerimónia de abertura, a julgar pelo calendário inicial, terá lugar às 16H00, com o habitual desfile das equipas e árbitros, da leitura do juramento, a que se seguirão as partidas inaugurais, em que serão protagonistas os representantes locais, Plateau Peak e Dodan Warriors, ante adversários ainda desconhecidos, uma vez que o sorteio acontece apenas ao anoitecer, por altura da reunião técnica.
A competição que hoje disputa a sua vigésima primeira edição, teve início em 1966. A primeira edição foi anulada, enquanto a segunda teve lugar em 1971, na cidade de Bangui, República Centro-Africana, com o Red Star local a converter-se no primeiro campeão de clubes da história.
No historial da competição, o Senegal é o país cujos clubes mais vezes venceram a prova, com um total de cinco, sendo três (3) do AS Forces Armées de Dakar e uma do AS Police e Jeanne d’Arc, respectivamente.
O Egipto soma quatro (4) títulos, conquistados pelo El Guezira(2), Zamalek (1) e Union Alexandria (1).
Os clubes da República Centro-Africana ocuparam o lugar cimeiro do podium em três (3) ocasiões, por intermédio do Hit Tresor (2) e Red Star (1). A Côte d’Ivoire soma três (3) medalhas de ouro - Asec Mimosas (2) e ABC (1) -, vindo depois Angola com duas (2), feito conseguido pelo 1º de Agosto, em 2002 e 2004, respectivamente. Os representantes de Moçambique e do Marrocos somam uma medalha de ouro, por intermédio do Maxaquene e Mas de Fez.
O Egipto é a Nação que mais vezes organizou a fase final da Taça de África dos Clubes Campeões, com um total de sete (7), nas cidades do Cairo (5) e Alexandria (2), tendo os clubes locais vencido quatro taças.
RCA e Côte d’Ivoire organizaram a competição em três ocasiões. Os clubes ivoirienses conquistaram as três edições disputadas em casa, enquanto os centro-africanos, em igual número de realizações conquistaram duas medalhas de ouro.
Os clubes do Senegal não alteraram o curso da história e nas duas edições em que o seu país foi sede da prova, confirmaram a regra com a conquista do ouro.
Os clubes de Angola (1º de Agosto), Moçambique (Maxaquene) e Marrocos (Mas de Fez), também não deixaram os seus créditos em mãos alheias, ao arrebatarem o ouro.
O Mali organizou a Taça Africana em 1981 e é o único país cujo representante não conseguiu manter a tradição, ao perder a medalha de ouro para AS Forces Armées do Senegal, com o Stade Malien a terminar na terceira posição.
Desorganização aborta início
da Taça Africana dos Campeões
António Ferreira e F. Bernardo
em Lagos, Nigéria
Lagos, a cidade que recebe a XXI Taça Africana dos Clubes Campeões de Basquetebol, classe sénior masculina, não mudou de visual. Continua igual a si, marcada por um conjunto de contrastes, desde o seu mercado informal ambulante ao trânsito infernal, mas que na generalidade não deixa de fugir ao que é normal nas grandes cidades africanas.
É esta urbe, com cerca de doze milhões de habitantes - a população de Angola cabe inteirinha em Lagos -, que vai testemunhar mais uma peleja pelo ceptro continental, cuja edição de 2006 abortou à nascença, por quezilas internas.
Com início previsto para esta sexta-feira, 17 de Novem-bro, a cerimónia de abertura foi transferida para amanhã, sábado, no pavilhão gimnodesportivo do Estádio Nacional de Lagos, em hora a indicar.
Tudo isso devido ao conflito interno entre a federação e os clubes locais, no que ao local de realização dizia respeito. De um lado da barricada a federação e, do outro, os dois clubes, cada um a tentar levar água para o seu moinho.
Aparentemente a discussão tinha como epicentro o local de disputa. A federação pretendia o pavilhão do estádio nacional, enquanto os clubes defendiam a disputa no campo do Union Bank. Os comissáros da FIBA-África sancionaram, confirmaram a opção da federação, mas ainda assim foi preciso fazer alguns arranjos.
No fundo, tudo isso por causa de alguns tostões. A luta pelo dinheiro, quando as receitas não serão grande coisa. O estádio tem capacidade para cerca de três mil espectadores, os ingressos estão a ser comercializados ao preço único de cinquenta nairas (cerca de trinta e dois kwanzas) para as bancadas e cem nairas (sessenta e três kwanzas), para a bancada volante. Enfim.
Mas a organização até é funcional e os constrangimentos migratórios foram debelados. As longas horas de espera são coisa do passado, uma vez que a organização acabou por dar ouvidos as reclamações dos visitantes e tem um “staff” no aeroporto a cuidar da chegada e de toda a tramitação.
Os transportes existem, apesar de demasiado pequenos e sem o conforto desejado. Os chefes de delegação têm viatura própria, mas a grande dor de cabeça é o alojamento. O Hotel Regency fica muito à esquerda, a qualidade é baixa e sem comodidade e conforto para albergar tanta gente, sem uma mesa de bilhar, computador, internet, piscina e outros quesitos para lazer dos atletas.
Até ao meio da manhã não havia um recinto disponível e em condições para as equipas treinarem. O Petro fez as primeiras sessões numa unidade militar, o 1º de Agosto ainda não treinou, à semelhança do Interclube do Congo e do AND da África do Sul.
O pavilhão oficial da competição não está disponível, e é pouco crível a sua utilização hoje, uma vez que as obras de melhoramento não estão concluídas. Falta iluminação e a colocação do piso só deverá terminar ao cair da noite.
QUADRO DE PARTICIPANTES
A fase final da XXI Taça de África dos Clubes Campeões de Basquetebol, classe sénior masculina, contará com a participação de doze (12) formações. O sorteio e emparceiramento da competição está marcado para esta sexta-feira, 17, na sede do Union Bank Clube, por volta das 18H00. Na sua primeira fase, as doze serão agrupadas em grupos de seis cada uma, respectivamente, apurando-se para as meias-finais, em sistema cruzado, os dois classificados.
O Abidjan Basket Club (ABC) é o primeiro cabeça-de-série, enquanto o segundo será definido, por sorteio, entre as duas equipas locais, o Dodan Warriors e o Plateau. Na ausência do segundo e terceiro classificados da edição pretérita, a organização vai apresentar durante a reunião técnica um modelo diferente de sorteio, por forma a salvaguardar que os clubes representativos do mesmo país não se defrontem na primeira fase, casos dos angolanos, nigerianos e ivoirienses.
A Côte d’Ivoire é país com mais equipas em prova, em número de três, mormente o campeão continental em título, o Abidjan Basket Club (ABC), África Sports de Abidjan e o Zénith. Angola (Petro de Luanda e1º de Agosto) e Nigéria (Plateau Peak e Dodan Warriors), estão ambos representados por duas formações. África do Sul (AND 1), Congo (Interclube), BC Onatra (RD Congo), Guiné-Conacri (Back) e KBC (Quénia), completam a lista de países, cujos clubes marcam presença na vigésima primeira edição.
Das doze equipas participantes na presente edição, apenas duas foram campeãs, nomeadamente o 1º de Agosto e o Abidjan Basket Club. O 1º de Agosto conquistou a medalha de ouro em duas ocasiões, designadamente em 2002 e 2004, respectivamente, nas provas disputadas em Luanda e no Cairo, enquanto o ABC venceu uma vez a Taça dos Campeões, em 2005, por altura da vigésima edição, que teve como cenário a cidade de Abidjan. Eis, os clubes participantes e respectivos países:
ABC (Côte d’Ivoire) Plateau Peak(Nigéria) Dodan Warriors(Nigéria)
Petro de Luanda(Angola) 1º de Agosto(Angola)Africa Sports
(Côte d’Ivoire)
Interclube (Congo)BC Onatra(RD Congo)África Zénith(Côte d’Ivoire)
Curso para treinadores
prossegue animadamente em Luanda
Melo Clemente
A acção formativa para treinadores de basquetebol de nível II promovido pela Federação Angolana de Basquetebol (FAB), no âmbito do programa “Pedbasket”, entra hoje, sexta-feira, no seu terceiro dia, depois da cerimónia de abertura efectuada na última terça-feira, no anfiteatro da Federação Angolana de Futebol. As sessões têm sido marcadas pelos acesos debates.
Temas como metodologia de treino, metodologia didáctica (específico para o basquetebol), fundamentos, bloqueios, transições, defesa, princípio de defesa homem a homem e zona, princípio de ataque homem a homem e zona, arbitragem, regulamentos entre outros têm dominado a acção formativa que vai até ao próximo dia 24.
Entretanto, o prelector José Luís Cortez, de nacionalidade espanhola, tem como auxiliares Carlos Dinis, Nuno Teixeira, Elvíno Dias, Antoninho Balaka, Pedro Fernandes, e Domingos Simão.
Para a referida acção formativa estão inscritos trinta e um elementos, sendo quatro da província de Benguela e três da Huíla, ao passo que a capital do país, Luanda, participa com 24.
As aulas teóricas estão a decorrer no anfiteatro da Federação Angolana de Futebol, ao passo que as práticas decorreram no pavilhão anexo número dois.
Recorde-se que, esta é a quarta acção formativa promovida pela Federação Angolana de Basquetebol (FAB) dentro do programa de expansão e desenvolvimento “Pedbasket”, depois dos cursos de comissário, dirigentes desportivos e seminário de arbitragem.
Revista Basket
foi lançada ontem
A Revista Basket, publicação virada exclusivamente para matéria do basquetebol nacional e não só, foi ontem lançada, às 18 horas, numa das salas do Hotel Trópico pela empresa de prestação de serviços, Brilho Editora.
Com 64 páginas, todas a cores, a publicação ora lançada comporta na sua primeira edição, uma tiragem inicial de 2.500 exemplares e foi apresentada diante de várias figuras ligadas ao mundo do desporto, entre as quais antigos e actuais praticantes do basquetebol, dirigentes e jornalistas desportivos.
Entretanto, a publicação da Revista Basket, propriedade da empresa de prestação de serviços, Brilho Editora, é um símbolo de reconhecimento aos feitos alcançados pelo basquetebol ao longo dos 31 anos da Independência Nacional.
Matérias sobre a trajectória e engajamento das selecções nacionais e dos clubes, o contributo das antigas glórias e veteranos, vão preencher regularmente as páginas desta revista, que por sinal é a primeira no país dedicada à modalidade. A mesma terá uma periodicidade mensal.
A prova que amanhã começa retrata, em primeira análise, o actual estado de desenvolvimento da modalidade, cuja geografia aponta para um maior investimento nos escalões de formação. E, tudo isso, porque parte da geração que desfila nesta prova está em final de carreira e a curto prazo não se encontra “à mão de semear”, um leque grande de substitutos.
O mesmo já não acontece a nível do treinamento e da arbitragem, em que a renovação é um facto, com Angola na primeira linha. No 1º de Agosto, dois jovens de reconhecida competência dirigem a nau, mormente Jaime Covilhã e Raúl Duarte, enquanto no Petro de Luanda, Ginguba & companhia dão sequência ao projecto do malogrado Wlademiro Romero. Que Deus o tenha!
Na arbitragem, o cenário é bem diferente, com o espectáculo a ser dirigido por árbitros jovens, casos do angolano David Manuel, do moçambicano Abreu Muhimua ou ainda do ghanense Idrisu Ayambyare. Fernando Pacheco “Baganha”, faz a diferença nun conjunto de bons apitos.
Dezasseis árbitros fazem parte do quadro de eleitos para esta competição, sendo quatro neutros e doze acompanhantes, dos quais dois angolanos, três ivoirienses, dois nigerianos, um guineense, um congolês, um sul-africano, um queniano e um congolês-democrata.
Os árbitros neutros nomeados pela FIBA-África são de origem moçambicana, marroquina, ghanense e beninense.
Doze equipas estão qualificadas para esta fase final, sendo que a Côte d’Ivoire é o país melhor representado, com um total de três, contra dois de Angola e da Nigéria, apontados como os principais candidatos à luta pelos três primeiros lugares do podium.
Das equipas angolanas, o Petro de Luanda foi a primeira a pisar solo nigeriano. Fê-lo na pretérita terça-feira, enquanto o 1º de Agosto só ontem ao cair da tarde chegou a Lagos, depois de uma escala de cerca de 24 horas em Addis-Abeba.
Quando restam pouco mais de vinte e quatro horas para o arranque da prova, mais de metade das formações participantes se encontra nesta cidade, nomeadamente o Petro de Luanda, 1º de Agosto (Angola), Interclube de Brazzaville (Con-go), AND 1 (África do Sul), o KBC (Quénia), e as formações locais do Plateau Peak e Dodan Warriors. Hoje são esperadas as agremiações do BC Onatra da RD Congo, Back da Guiné-Conacri e os três representantes da Côte d’Ivoire, o campeão em título Abidjan Basket Club, o África Sports e o Zénith.
O sorteio e emparceiramento das equipas realiza-se ao cair da tarde, a partir das 18H00, na sede do Union Bank de Lagos. A cerimónia de abertura, a julgar pelo calendário inicial, terá lugar às 16H00, com o habitual desfile das equipas e árbitros, da leitura do juramento, a que se seguirão as partidas inaugurais, em que serão protagonistas os representantes locais, Plateau Peak e Dodan Warriors, ante adversários ainda desconhecidos, uma vez que o sorteio acontece apenas ao anoitecer, por altura da reunião técnica.
A competição que hoje disputa a sua vigésima primeira edição, teve início em 1966. A primeira edição foi anulada, enquanto a segunda teve lugar em 1971, na cidade de Bangui, República Centro-Africana, com o Red Star local a converter-se no primeiro campeão de clubes da história.
No historial da competição, o Senegal é o país cujos clubes mais vezes venceram a prova, com um total de cinco, sendo três (3) do AS Forces Armées de Dakar e uma do AS Police e Jeanne d’Arc, respectivamente.
O Egipto soma quatro (4) títulos, conquistados pelo El Guezira(2), Zamalek (1) e Union Alexandria (1).
Os clubes da República Centro-Africana ocuparam o lugar cimeiro do podium em três (3) ocasiões, por intermédio do Hit Tresor (2) e Red Star (1). A Côte d’Ivoire soma três (3) medalhas de ouro - Asec Mimosas (2) e ABC (1) -, vindo depois Angola com duas (2), feito conseguido pelo 1º de Agosto, em 2002 e 2004, respectivamente. Os representantes de Moçambique e do Marrocos somam uma medalha de ouro, por intermédio do Maxaquene e Mas de Fez.
O Egipto é a Nação que mais vezes organizou a fase final da Taça de África dos Clubes Campeões, com um total de sete (7), nas cidades do Cairo (5) e Alexandria (2), tendo os clubes locais vencido quatro taças.
RCA e Côte d’Ivoire organizaram a competição em três ocasiões. Os clubes ivoirienses conquistaram as três edições disputadas em casa, enquanto os centro-africanos, em igual número de realizações conquistaram duas medalhas de ouro.
Os clubes do Senegal não alteraram o curso da história e nas duas edições em que o seu país foi sede da prova, confirmaram a regra com a conquista do ouro.
Os clubes de Angola (1º de Agosto), Moçambique (Maxaquene) e Marrocos (Mas de Fez), também não deixaram os seus créditos em mãos alheias, ao arrebatarem o ouro.
O Mali organizou a Taça Africana em 1981 e é o único país cujo representante não conseguiu manter a tradição, ao perder a medalha de ouro para AS Forces Armées do Senegal, com o Stade Malien a terminar na terceira posição.
Desorganização aborta início
da Taça Africana dos Campeões
António Ferreira e F. Bernardo
em Lagos, Nigéria
Lagos, a cidade que recebe a XXI Taça Africana dos Clubes Campeões de Basquetebol, classe sénior masculina, não mudou de visual. Continua igual a si, marcada por um conjunto de contrastes, desde o seu mercado informal ambulante ao trânsito infernal, mas que na generalidade não deixa de fugir ao que é normal nas grandes cidades africanas.
É esta urbe, com cerca de doze milhões de habitantes - a população de Angola cabe inteirinha em Lagos -, que vai testemunhar mais uma peleja pelo ceptro continental, cuja edição de 2006 abortou à nascença, por quezilas internas.
Com início previsto para esta sexta-feira, 17 de Novem-bro, a cerimónia de abertura foi transferida para amanhã, sábado, no pavilhão gimnodesportivo do Estádio Nacional de Lagos, em hora a indicar.
Tudo isso devido ao conflito interno entre a federação e os clubes locais, no que ao local de realização dizia respeito. De um lado da barricada a federação e, do outro, os dois clubes, cada um a tentar levar água para o seu moinho.
Aparentemente a discussão tinha como epicentro o local de disputa. A federação pretendia o pavilhão do estádio nacional, enquanto os clubes defendiam a disputa no campo do Union Bank. Os comissáros da FIBA-África sancionaram, confirmaram a opção da federação, mas ainda assim foi preciso fazer alguns arranjos.
No fundo, tudo isso por causa de alguns tostões. A luta pelo dinheiro, quando as receitas não serão grande coisa. O estádio tem capacidade para cerca de três mil espectadores, os ingressos estão a ser comercializados ao preço único de cinquenta nairas (cerca de trinta e dois kwanzas) para as bancadas e cem nairas (sessenta e três kwanzas), para a bancada volante. Enfim.
Mas a organização até é funcional e os constrangimentos migratórios foram debelados. As longas horas de espera são coisa do passado, uma vez que a organização acabou por dar ouvidos as reclamações dos visitantes e tem um “staff” no aeroporto a cuidar da chegada e de toda a tramitação.
Os transportes existem, apesar de demasiado pequenos e sem o conforto desejado. Os chefes de delegação têm viatura própria, mas a grande dor de cabeça é o alojamento. O Hotel Regency fica muito à esquerda, a qualidade é baixa e sem comodidade e conforto para albergar tanta gente, sem uma mesa de bilhar, computador, internet, piscina e outros quesitos para lazer dos atletas.
Até ao meio da manhã não havia um recinto disponível e em condições para as equipas treinarem. O Petro fez as primeiras sessões numa unidade militar, o 1º de Agosto ainda não treinou, à semelhança do Interclube do Congo e do AND da África do Sul.
O pavilhão oficial da competição não está disponível, e é pouco crível a sua utilização hoje, uma vez que as obras de melhoramento não estão concluídas. Falta iluminação e a colocação do piso só deverá terminar ao cair da noite.
QUADRO DE PARTICIPANTES
A fase final da XXI Taça de África dos Clubes Campeões de Basquetebol, classe sénior masculina, contará com a participação de doze (12) formações. O sorteio e emparceiramento da competição está marcado para esta sexta-feira, 17, na sede do Union Bank Clube, por volta das 18H00. Na sua primeira fase, as doze serão agrupadas em grupos de seis cada uma, respectivamente, apurando-se para as meias-finais, em sistema cruzado, os dois classificados.
O Abidjan Basket Club (ABC) é o primeiro cabeça-de-série, enquanto o segundo será definido, por sorteio, entre as duas equipas locais, o Dodan Warriors e o Plateau. Na ausência do segundo e terceiro classificados da edição pretérita, a organização vai apresentar durante a reunião técnica um modelo diferente de sorteio, por forma a salvaguardar que os clubes representativos do mesmo país não se defrontem na primeira fase, casos dos angolanos, nigerianos e ivoirienses.
A Côte d’Ivoire é país com mais equipas em prova, em número de três, mormente o campeão continental em título, o Abidjan Basket Club (ABC), África Sports de Abidjan e o Zénith. Angola (Petro de Luanda e1º de Agosto) e Nigéria (Plateau Peak e Dodan Warriors), estão ambos representados por duas formações. África do Sul (AND 1), Congo (Interclube), BC Onatra (RD Congo), Guiné-Conacri (Back) e KBC (Quénia), completam a lista de países, cujos clubes marcam presença na vigésima primeira edição.
Das doze equipas participantes na presente edição, apenas duas foram campeãs, nomeadamente o 1º de Agosto e o Abidjan Basket Club. O 1º de Agosto conquistou a medalha de ouro em duas ocasiões, designadamente em 2002 e 2004, respectivamente, nas provas disputadas em Luanda e no Cairo, enquanto o ABC venceu uma vez a Taça dos Campeões, em 2005, por altura da vigésima edição, que teve como cenário a cidade de Abidjan. Eis, os clubes participantes e respectivos países:
ABC (Côte d’Ivoire) Plateau Peak(Nigéria) Dodan Warriors(Nigéria)
Petro de Luanda(Angola) 1º de Agosto(Angola)Africa Sports
(Côte d’Ivoire)
Interclube (Congo)BC Onatra(RD Congo)África Zénith(Côte d’Ivoire)
Curso para treinadores
prossegue animadamente em Luanda
Melo Clemente
A acção formativa para treinadores de basquetebol de nível II promovido pela Federação Angolana de Basquetebol (FAB), no âmbito do programa “Pedbasket”, entra hoje, sexta-feira, no seu terceiro dia, depois da cerimónia de abertura efectuada na última terça-feira, no anfiteatro da Federação Angolana de Futebol. As sessões têm sido marcadas pelos acesos debates.
Temas como metodologia de treino, metodologia didáctica (específico para o basquetebol), fundamentos, bloqueios, transições, defesa, princípio de defesa homem a homem e zona, princípio de ataque homem a homem e zona, arbitragem, regulamentos entre outros têm dominado a acção formativa que vai até ao próximo dia 24.
Entretanto, o prelector José Luís Cortez, de nacionalidade espanhola, tem como auxiliares Carlos Dinis, Nuno Teixeira, Elvíno Dias, Antoninho Balaka, Pedro Fernandes, e Domingos Simão.
Para a referida acção formativa estão inscritos trinta e um elementos, sendo quatro da província de Benguela e três da Huíla, ao passo que a capital do país, Luanda, participa com 24.
As aulas teóricas estão a decorrer no anfiteatro da Federação Angolana de Futebol, ao passo que as práticas decorreram no pavilhão anexo número dois.
Recorde-se que, esta é a quarta acção formativa promovida pela Federação Angolana de Basquetebol (FAB) dentro do programa de expansão e desenvolvimento “Pedbasket”, depois dos cursos de comissário, dirigentes desportivos e seminário de arbitragem.
Revista Basket
foi lançada ontem
A Revista Basket, publicação virada exclusivamente para matéria do basquetebol nacional e não só, foi ontem lançada, às 18 horas, numa das salas do Hotel Trópico pela empresa de prestação de serviços, Brilho Editora.
Com 64 páginas, todas a cores, a publicação ora lançada comporta na sua primeira edição, uma tiragem inicial de 2.500 exemplares e foi apresentada diante de várias figuras ligadas ao mundo do desporto, entre as quais antigos e actuais praticantes do basquetebol, dirigentes e jornalistas desportivos.
Entretanto, a publicação da Revista Basket, propriedade da empresa de prestação de serviços, Brilho Editora, é um símbolo de reconhecimento aos feitos alcançados pelo basquetebol ao longo dos 31 anos da Independência Nacional.
Matérias sobre a trajectória e engajamento das selecções nacionais e dos clubes, o contributo das antigas glórias e veteranos, vão preencher regularmente as páginas desta revista, que por sinal é a primeira no país dedicada à modalidade. A mesma terá uma periodicidade mensal.
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By oakleyses, at 16/9/15 07:02
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By oakleyses, at 16/9/15 07:10
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